O longa nos conta que em 1981, uma passageira sobreviveu a uma colisão entre um avião comercial e um bombardeiro soviético a mais de 5 km de altitude. Ao acordar sozinha na floresta, ela precisa criar seu próprio milagre para se manter viva.
Diria que o diretor Dmitriy Suvorov se perdeu um pouco com um roteiro escrito a uma tonelada de mãos, e quem já leu outros textos meus sabe o pavor que tenho de longas com mais de três roteiristas, pois é dito e feito para que o diretor se perca, e vou contar um detalhe que notei no longa, por em um primeiro momento pareceu que a jovem após voltar do seu resgate estava imaginando ela lá, vendo inclusive seu filme e tudo mais, em outro fez parecer que o agente do governo estava maquiando tudo e havia prendido a garota em uma cidade isolada, e somente num terceiro momento que dá para imaginar que era ela apenas pensando nas nuances suas enquanto tentava ser salva, ou seja, uma bagunça que dá para flertar com muitas sínteses, e que desejo que vocês que forem conferir o longa falem nos comentários, para que eu não me sinta maluco sozinho. E dito isso, faltou um roteiro melhor montado para que tudo ficasse mais interessante na tela, que claro não é ruim, mas com tanta bagunça assim, precisa ser visto com calma.
Quanto das atuações,
Nadezhda Kaleganova trabalhou sua Larisa com personalidade, mesmo tendo que sobreviver ao roteiro bagunçado, porém se não usou dublês, sofreu a beça ficando presa em pântanos, tendo de escalar na terra e tudo mais com muita maquiagem, porém falseou demais o corte imenso na perna, pois teve algumas cenas que mancou, enquanto em outras corria como se nada tivesse ocorrido. Maksim Ivanov-Marenin trabalhou seu Volodya, ou Vladimir como ficou na tradução, só com cenas bonitas e amorosas, sem precisar realmente sofrer os perrengues da protagonista, tirando claro a cena do acidente em si, mas dava para ser um pouco menos meloso para envolver mais. Agora sabemos bem como era o regime do país nos anos 80, mas a personalidade que Viktor Dobronravov teve de trabalhar com seu Knyazev ficou muito seca e estranha, principalmente pelo papel em si que não foi aproveitado como poderia, e assim pareceu apenas alguém disposto a achar culpados, e isso ficou estranho dentro da trama. Dentre os demais, vale um leve destaque para Anna Dubrovskaya como a mãe da garota que ficou desesperada e saiu correndo para descobrir tudo assim que recebeu a carta falsa do governo, mas sem grandes chamarizes expressivos.
Visualmente o longa foi muito bem construído para passar o conceito da época, e com bons efeitos para a explosão do avião, ao ponto que chega a ser meio exagerado tudo o que a garota se debateu por estar sem sinto e ainda conseguir sair andando de boa, tivemos uma maquiagem de sangue e de corte interessante, e uma floresta densa, o pântano ficou bem feito, mas a garota sair sem nenhuma lama, com a perna limpinha foi um erro gravíssimo, mas tudo somado funciona, mesmo com as falhas, mostrando que o cinema russo tem evoluído bastante nesse conceito.
Enfim, é um filme que passa longe de ser ruim, mas que tem tantas falhas que também acaba passando longe de ser algo extremamente recomendável, de forma que vale como um passatempo interessante pela história que poderia ser melhor contada, de uma maneira mais realista, então fica a dica para conferir se não ligar para os errinhos. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da AtômicaLab Assessoria e do Canal Adrenalina Pura pela cabine, e volto em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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