O longa mostra a vida de Elliot e sua filha Ridley toma um rumo inesperado e bizarro durante uma viagem para uma cúpula de gerenciamento de crise. Ao dirigir com pressa, eles atropelam um unicórnio mágico e, sem saber o que fazer, decidem levar o cadáver com eles para o retiro selvagem onde se encontra o chefe de Elliot, Odell Leopold, um CEO da indústria farmacêutica com a fortuna de um outro rico. A surpresa se transforma em caos quando Odell e sua família descobrem o unicórnio morto e, aproveitando-se da situação, começam a conduzir experimentos científicos no corpo do animal. Rapidamente, eles descobrem que a carne, o sangue e o chifre do unicórnio possuem propriedades curativas sobrenaturais que poderiam revolucionar a medicina. No entanto, a ganância e a curiosidade científica da família Leopold acabam os levando a consequências sombrias. À medida que tentam explorar e monetizar os poderes do unicórnio, eles se veem enfrentando uma série de eventos sobrenaturais e perigosos. A busca por lucro e fama se transforma em um pesadelo quando as repercussões de suas ações começam a se manifestar de forma mortal.
Por incrível que pareça essa loucura toda é de um diretor e roteirista estreante, ou seja, Alex Scharfman botou a cara para jogo em algo completamente maluco que certamente ao cair na mesa do produtor maluco também Ari Aster ("Hereditário", "Midsommar", entre outros) não teve a menor dúvida de abrir seu cofre e falar, "pega a câmera, esses cogumelos aqui, e vamos filmar". Brincadeiras a parte, o longa é algo muito insano, que o jovem produtor certamente teve uma viagem mental e saiu escrevendo, e o melhor é que deu certo, pois tudo é tão fora da caixinha que funciona, pois se qualquer ato bizarro ali for levado a sério, o cidadão sai da sala do cinema e pede ressarcimento, mas do contrário vão pirar junto a cabeça e no final vão querer mais. Ou seja, é raro eu aplaudir diretores estreantes, mas esse aqui mostrou ter coragem para arriscar tudo e fez seu nome.
Quanto das atuações, ainda estou pensando se algum dia darão um papel normalzinho para Jenna Ortega, pois a jovem só faz filmes aonde ela faz alguém estranho, e aqui sua Ridley tem pegada, mas tem trejeitos depressivos, que junto de atos aonde ela surta com uma certa piedade pelo animal sem ser ouvida por ninguém, acaba ficando mais estranha ainda, o que no caso de um filme desse estilo foi algo muito bom de ser visto. Paul Rudd faz sempre papeis meio que abobalhados, e aqui seu Elliot não é diferente, de modo que até trouxe dinâmicas bem colocadas junto da outra protagonista, mas exagerou um pouco nas dinâmicas mais afoitas, e isso pegou um pouco. Um ator que me irrita muito o estilo de atuação é Will Poulter, e não consigo gostar de suas entregas, de modo que aqui seu Shepard até entrega atos icônicos que beiram uma loucura de ideias ainda maior do que o filme todo, mas sempre parece forçado, e isso me incomoda. Ainda tivemos outros bons personagens com Richard E. Grant como o multimilionário Odell, sua esposa vivida por Téa Leoni, mas sem dúvida entre os secundários quem dá literalmente um show é Anthony Carrigan como o mordomo e faz tudo da mansão Griff, que se jogou em tudo quanto é possibilidade que foram lhe pedindo, e encantou divertindo.
Visualmente o chalé humilde da família está num ambiente lindíssimo de se ver, conseguindo chamar muita atenção na tela tanto pelos detalhes externos quanto mais dos internos aonde se tem de tudo, tivemos também um laboratório montado em questão de segundos, e claro os unicórnios gigantescos com seu sangue, brilhos e chifres com muitos efeitos visuais, mostrando que a equipe não ficou com medo de errar na computação gráfica, e que usando também referências à tapeçaria antiga, puderam brincar com a essência, fora tudo o que o filho maluco do dono da mansão fez com o que tinha em mãos, transformando em drogas e drinques, enquanto o pai comia a carne e tomava soro direto na veia. Ou seja, o pacote de insanidades foi bem usado pela equipe de arte também.
Enfim, é um filme que volto a frisar que é necessário entrar completamente na onda entregue para gostar do que verá na tela, e se for esperando qualquer outra coisa sem ser uma maluquice completa irá detestar cada minuto do filme, então essa é a minha principal recomendação para quem for conferir: de ir com a mente aberta para muita loucura. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...