A sinopse nos conta que cercada por um marido encostado, um enteado pedante, um chefe machista, uma amiga autocentrada e uma vizinha que usurpa suas noites de sono com festas frequentes, Bia precisa empenhar muita energia para manter o controle. Mas a chegada de uma jovem influencer que assume uma posição superior à sua na revista onde trabalha é a gota d'água. À beira de um colapso, Bia acaba sendo atendida por Deusa Xana em uma espécie de sessão esotérica. Como resultado, ela se libera de todos os filtros e passa a praticar tolerância zero para todos os absurdos que afetam o seu cotidiano.
Não cheguei assistir o longa argentino de 2018, aonde os roteiristas adaptaram para o cinema nacional, porém como o tema é universal, diria que o diretor Arthur Fontes soube brincar com todas as facetas que a trama pedia, e sem precisar florear ou inventar a roda, acabou colocando algo acertado de ver com as devidas simbologias do estilo. Ou seja, é o famoso filme que não sentimos em momentos algum a mão do diretor, aonde tudo se desenvolve bem e funciona, ou melhor falando, a trama honesta que qualquer um com uma câmera e o roteiro faria igual.
Quanto das atuações, posso afirmar que a escolha de Fabiula Nascimento como protagonista foi acertadíssima, pois sua Bia entrega bem na tela em ambos momentos, trazendo um estilo fácil de se assimilar, e principalmente sabendo dosar as devidas dinâmicas, de forma que acabou trabalhando a personagem sem forçar a barra, e olha que dava para o personagem ser insuportável, mas a atriz trouxe a comicidade na medida para que ficasse boba, mas também sem ficar falsa, e como sempre digo, isso é atuar. O mais bacana de tudo é que o longa é da atriz principal, pois todos os demais são apenas encaixes e estouros para o desenvolvimento dela, de forma que cada um a incomodou de uma maneira, valendo os destaques para Emilio Dantas com seu Antônio, Samuel de Assis com seu Gabriel, Caito Mainier com seu Pedro Paulo, Camila Queiroz com sua Paloma e Júlia Rabello com sua Barbara, não tendo grandes chamarizes, mas também não ficando apagados, e até mesmo o personagem mais estranho de Polly Marinho com sua Deusa Xana funcionou para que a essência diferente da trama agradasse sem forçar.
Visualmente a trama foi simples, porém bem elaborada para mostrar os vários perrengues que a protagonista irá passar desde o simples latido assustando na rua, passando pelo escritório da revista que trabalha sendo colocada uma supervisora que eu nunca teve, é claro um apartamento bagunçado pelos seus marido e enteado acessórios, entre outros momentos na rua, em parques ou até mesmo no apartamento da irmã com seu gato filho, ou então no consultório todo ornamentado da Deusa. Ou seja, o básico bem feito.
Um ponto que achei bem interessante foi o grande número de canções atuais bem colocadas, afinal sabemos a trabalheira que é conseguir direitos musicais para um filme, e contando baixo o longa tem umas 15 músicas diferentes, mas que deram bom tom para a trama.
Enfim, não é nenhum filme que vamos sair falando aos quatro cantos para conferirem, mas que quem curtir a ideologia conseguirá curtir bem toda a entrega, e talvez até se enxergar na protagonista. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas vou aproveitar que já estou no shopping e vou conferir mais um longa hoje, então abraços e até daqui a pouco.
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