O longa acompanha o herdeiro do cômico e lendário Tenente Frank Drebin. Seguindo os mesmos passos de seu falecido pai, Frank Drebin Jr. entra para a corporação e, com seu jeito também bastante peculiar, tem a missão de comandar a divisão de elite da polícia de Los Angeles. Ao lado de seu parceiro Capitão Ed Hocken Jr., Debrin Jr.é sugado por uma trama de conspiração sem sentido envolvendo um assalto a banco comandado pelo criminoso Sig Gustafson, um cadáver de um aparente suicídio e um bilionário sinistro dono de uma empresa de carros elétricos. No meio da investigação, Debrin Jr. acaba mergulhando num complô que parece ameaçar toda a cidade com bombas. Preparado para causar mais problemas e destruição do que o próprio plano maléfico dos bandidos, o desajeitado policial não medirá esforços para provar seu valor e tentar salvar o dia. Afinal, apenas Frank Debrin Jr. tem as habilidades necessárias para lidar o Esquema de Polícia.
Já tinha falado sobre o currículo do diretor e roteirista Akiva Schaffer lá em "Tico e Teco: Defensores da Lei", que a maior parte de sua vida dedicou para o programa Saturday Night Live, e só isso já lhe qualificaria ao máximo para trabalhar com um besteirol do nível desse que estamos falando, afinal as esquetes soltas no programa são sempre bem engraçadas e dinâmicas, e aqui ele usou essa experiência para que seu filme tivesse o lado de homenagens e referências ao original, mas que principalmente ficasse com a sua identidade, e isso ele conseguiu meio que sacaneando também os filmes mais "sérios" que o protagonista já desenvolveu, juntando com o escracho em cima de tecnologia, carros elétricos e claro o que importa dentro da lei, se ela funciona ou não. E assim sendo o diretor pode brincar demais em cena, ao ponto de não imaginarmos o quão divertido deve ter sido para o protagonista encarar cada momento mais bizarro que o outro, sendo sério na medida, mas pastelão total para que a trama funcionasse, e o resultado fluiu fácil na tela, e quem não der pelo menos uma risada com toda certeza já morreu, mas com toda certeza irá gargalhar fácil com muitos atos, e isso é lindo de ver acontecer.
Quanto das atuações, já falei algumas vezes o quão difícil é achar falhas nas atuações de Liam Neeson, pois o ator literalmente se joga em seus personagens e brinca com as facetas dos roteiros, de modo que já estava até ficando chato que todo filme que entrava era a mesma coisa sempre, e isso ele mesmo já havia falado que o incomodava já que só lhe chamavam para filmes desse estilo e papel, e aqui com seu Frank Drebin Jr. ele voltou a ser o ator cheio de dinâmicas e entregas que conhecemos, literalmente se divertindo de forma séria e bem centrada, o que acaba sendo muito gostoso de ver, e claro de sentir sua alegria em cena. É interessante observar que Pamela Anderson voltou a atuar mesmo agora depois de muitos anos, e tem se saído muito bem, tanto que vem sendo indicada a vários prêmios (já botei na minha lista seu último filme que acabei pulando!), e aqui a atriz entrou na onda e fez boas dinâmicas junto do protagonista, foi sensual e trabalhou bem para que sua Beth Davenport tivesse imponência, fosse ingênua nas brincadeiras, mas não ficasse jogada, e acabou dando bem certo. Um ator que tem um tremendo talento, mas anda pegando papeis tão secundários que acaba não sendo desenvolvido é Paul Walter Hauser, que aqui com seu Ed Hocken Jr. ficou apenas como um parceiro acessório do protagonista, fazendo alguns atos bobos, mas sem ir adiante, e isso é uma pena, pois ele tem bons traquejos e dava para ter brincado mais com ele. O vilão que Danny Huston faz é daqueles que você fica com mais dó das suas ideias mirabolantes do que incomodado, e o ator trabalhou seu Richard Cane com trejeitos tão simples que dava para irritar mais em algumas dinâmicas, mas até não errou pelo menos. Ainda tivemos CCH Pounder fazendo uma Chefe Davis meio que escandalosa demais e Kevin Durand trabalhando um criminoso com estilo meio russo, mas sem tanta imponência na tela, de modo que fizeram o que podia para chamar atenção na tela.
Visualmente o longa é completamente cheio de facetas divertidas, com muitos copos de café de todos os tamanhos possíveis, sendo entregues até mesmo com carros em movimento, e falando em carros, o filme passa muitos atos dentro de carros, normais ou elétricos, passando por cima do que estiver na sua frente, tivemos o apartamento do protagonista gerando uma cena clássica do original aqui muito bem trabalhada também com o óculos de visão térmica do vilão, ainda tivemos um bar clube de jazz bem arrumado com câmeras cheias de informações, e até uma sala de homens "malvados" aonde o vilão mostra seu plano maligno, além de um estádio lotado acompanhando um evento de lutas, tudo cheio de muitos detalhes e dinâmicas para divertir com o que tivesse ao alcance dos personagens. Detalhe para a cena logo no começo aonde vão pegar o carro que capotou com um guindaste, que quem visita lojas de máquinas de bichinhos de pelúcia irá rolar de tanto rir.
Enfim, como disse era um longa que estava com muito medo do que encontraria, mas que fui conferir com uma expectativa até alta de também ser surpreendido, e felizmente ri até ficar com dor de cabeça, ou seja, funcionou demais dentro do estilo cômico que gosto, e mesmo sendo um besteirol forçado não tentou ser sério em momento algum, o que deu um tom ainda mais vibrante para tudo. Recomendo ele com toda certeza para todos que gostem do estilo, sendo fã ou não do original, e não saiam da sala até o final, pois tem cenas entre os créditos, facetas escritas nos créditos brincando com tudo, e até uma cena bem divertida no final de tudo, então só vá e se divirta, pois vale a pena e é curtinho (85 minutos). E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
PS: Até pensei em dar uma nota máxima pelo nível cômico, mas seria exagerado demais, e também pensei em dar uma nota 8 por algumas cenas excessivas, porém o filme pedia isso, então vamos no meio termo.
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