Netflix - Dupla Jornada (Day Shift)

8/14/2022 06:04:00 PM |

Costumo dizer que alguns filmes da Netflix são apenas tramas para passar o tempo, pois não entregam muito o que pensar ou sentir, apenas vemos, curtimos, rimos de algumas piadas, vemos algumas ações e só, e isso não é ruim, pois tem momentos em que vale a pena dar uma pausa e respirar antes de ver filmões impactantes, e o longa "Dupla Jornada" tem bem essa pegada de filmes feitos para um respiro no dia, e mesmo tendo tiros para todos os lados, algumas perseguições gigantescas, cabeças cortadas, sangue e gosma espirrando para os cantos, o resultado do filme de caça a vampiros que botaram Jamie Foxx até empolga de certa maneira. Claro que tem inúmeros defeitos, o principal de ser algo meio que jogado, parecendo ser a continuação de algo que não é bem explicado, pois já vemos a vilã enterrando um personagem talvez importante para algo, na sequência já temos o protagonista caçando uma velhinha em sua casa, e assim nem descobrimos direito como ele virou isso, tendo no miolo apenas algumas explicações de que já participou do tal Sindicato (algo meio estilo MIB, mas de caça a vampiros), e que agora age por conta vendendo as presas para agiotas ou até mesmo no tal Sindicato para levantar uma grana. Ou seja, se você queria algumas explicações fique apenas com isso, pois de resto é tiro, porrada e dentadas, e nada mais, sendo bem rápido e direto ao ponto, que quem gosta vai curtir, quem não gosta, em casa provavelmente vai dormir, mas é bonzinho.

O longa nos mostra que um pai de família que só quer proporcionar uma boa vida para sua filha. Mas seu trabalho como limpador de piscinas em San Fernando Valley é apenas uma fachada para sua verdadeira fonte de renda: caçar vampiros para uma organização internacional.

A explicação de termos pouca história e muita ação e pancadaria é bem fácil, pois esse é a primeira direção de J.J. Perry após anos de sucesso como diretor de dublês de praticamente todos os filmes imponentes que você já viu nos cinemas e no streaming, ou seja, ele é o cara que pula, que se joga, que contorce, que voa, que até explode, mas não diz uma palavra na tela, e é isso o que ele sabe fazer bem, tanto que pegou o roteiro de Shay Hatten que também só escreveu filmes de pancadaria junto com o estreante Tyler Tice, e o resultado é o que vemos na tela: o famoso filme de impacto, que quem gosta vai vibrar, vai rir e vai até se descontrair com tudo, e essa é a proposta, já quem não faz o estilo nem deve dar play, então é funcional para os fãs, e digo que agrada bastante nesse sentido, pois vemos ele com muita imposição, cenas recheadas de produção, e claro muitos gastos para a Netflix, afinal é efeitos a rodo, explosivos e quebradeiras que não acabam mais, e que claro eles gostam também, então como um primeiro trabalho até foi bem feitinho, agora é alguém mais experiente pegar a trama e trabalhar numa continuação mais condizente, que aí quem sabe vire uma franquia, pois tem espaço para isso.

Sobre as atuações, dá ao menos para ver que Jamie Foxx se divertiu bastante com seu Bud, ao ponto que vemos ele com caras fechadas, trejeitos fortes, mas o que faz valer é a arma na sua mão e o tiro no peito do vampiro, e isso ele faz com boas coreografias, e muito envolvimento, entregando uma boa síntese de personagem, que até poderia ter algo a mais para incorporar por completo o papel, mas aí a culpa não é do ator, e sim do restante, então fez bem seu papel. Dave Franco já foi o famoso piadinha colocada para ganhar público, pois seu Seth entrega graça em qualquer ato que faça, desde se mijar com medo do que ocorre, até ter sua cabeça pulando para todos os lados, mas como era sua função fazer rir, fez bem ao menos, e talvez caso haja continuação entregue algo a mais. Agora foi bacana ver Snoop Dogg fazendo trejeitos canastrões de cowboy meio pilantra, e com uma metralhadora sequencial na mão detonou tudo, mostrando muita imponência em seu Big John, e até trabalhou alguns diálogos bem marcados, o que talvez não seja tanto a sua, mas coube bem no papel. Quanto da vilã, Karla Souza, diria que foi bem direta nos atos mais expressivos de sua Audrey, e fez bons carões, mas talvez pudesse ter feito algumas maldades mais fortes, para aí sim ser uma vilã de respeito, pois ficou parecendo aqueles de animações que apenas ficam falando, eu vou fazer, eu vou fazer, e acaba não fazendo, pois leva um tiro na testa, ou seja, faltou ser má realmente. Quanto aos demais, a maioria fez conexões, aparecendo um pouco a mais, tendo alguns textos a mais, mas nada que surpreendesse, ao ponto que a vizinha do protagonista Natasha Liu Bordizzo só entra em cena mesmo nos últimos atos, Eric Lange e Peter Stormare apenas gritam com seus Ralph e Troy, e a dupla de caçadores só brinca em um ato, mas brincam bem com muita luta, ou seja, ninguém acabou sendo efetivamente usado, mas a filha do protagonista ao menos fez boas carinhas enquanto jogava Mario Kart.

Visualmente o longa tem boas locações, com casas sendo destruídas com tiros, socos e pessoas voando para todos os lados, muitas armas, facões, apetrechos diferentes para caçar os vampiros, e esses com maquiagens estranhas, mas bem trabalhadas junto das coreografias e contorcionismos, além das cenas finais num templo aparentemente bem trabalhado embaixo da cidade, mas que praticamente nem chegou a aparecer, afinal a cena ali foi mais rápida que o filme inteiro. Ou seja, faltou mostrar muita coisa, mas vimos a agência bem trabalhada, os diversos atos mostrando toda a gentrificação que a vilã deseja de colocar mais vampiros na cidade, e o resultado acaba sendo funcional ao menos.

Enfim, é um filme razoável, que poderia ser bem melhor talvez nas mãos de um diretor mais imponente, que trabalhasse toda a história primeiro e depois partisse para a pancadaria, mas quiseram que fosse dessa forma para ter mais ação e boas lutas, então o resultado solicitado foi bem entregue ao menos. Indico ele como um bom passatempo apenas, pois quem quiser filmes com mais histórias vai ter de procurar melhor. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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X - A Marca da Morte (X)

8/13/2022 10:20:00 PM |

Um dos estilos do terror que cativa muitos fãs, mas que é extremamente específico é o tal do slasher, ou como costumo chamar matança gratuita, daqueles que no final da sessão você pode até pegar um paninho para secar embaixo da tela, que é certeza de ter vazado muito sangue, e se tem algo que combina muito com esse gênero é a sexualização no meio do filme, aonde geralmente os personagens assassinos adoram acabar com as transas da galera que entra no meio do mato. Dito isso, o lançamento da semana "X - A Marca da Morte" entrega algo bem interessante de um grupo de jovens nos anos 70 que estão fazendo um filme pornô diferenciado (ou seja, tendo uma história de fundo!) e que acabaram caindo na fazenda de uma família de dois senhores meio estranhos, e aí o estilo de filme que estavam gravando mudou bem para um outro estilo, o de terror, com todos eles sendo personagens picadinhos. Ou seja, é um filme tradicionalíssimo do gênero, cheio de violência e bons atos intensos de mortes, mas que ou você é muito fã do estilo, ou então nem tem como entrar no clima, pois não descobrimos nada sobre os senhores (talvez levem mais pessoas para lá apenas pelo gosto de matar ou abusar), nem vamos muito além com os demais protagonistas, tendo apenas um fechamento bem bacana com a conexão do pastor com tudo ali, e nada mais. Não é um filme ruim, muito pelo contrário, mas quem não for fã, não vai curtir de forma alguma.

O longa acompanha um grupo de cineastas pornográficos em sua gravação de um novo longa. Em 1979, Maxine, uma atriz pornô, Wayne seu namorado e produtor e mais um grupo de atores e pessoas vão para o Texas em uma fazenda, propriedade de Howard e Pearl, um casal idoso, para gravar o novo filme pornográfico The Farmer's Daughters. Quando o grupo chega na propriedade, são recebidos pelo casal - que apresenta estranhas características. Howard é temperamental com o grupo, sempre falando sobre sua espingarda, enquanto Pearl começa a perseguir Maxine silenciosamente. Com as gravações iniciando sem o conhecimento do proprietário do local, Pearl começa a agir estranhamente e pessoas passam a desaparecer. Howard acaba descobrindo o real motivo do filme e o elenco passa a ter que começar a lutar por suas vidas. No entanto, o idoso casal tem mais a esconder do que apenas não querer que sua pequena fazenda seja um cenário de filme adulto.

Diria que o diretor e roteirista Ti West foi bem tradicional para com o gênero, de tal forma que entramos completamente no mundinho dos slasher dos anos 70, aonde os jovens iam fazer suas gravações em locais remotos, e acabavam caindo nas mãos de personagens malucos e sanguinários, de tal maneira que o que vemos na tela é básico e diria sem grandiosas reviravoltas, pois ficamos esperando acontecer algo a mais, esperamos alguma história a mais, e o que vemos apenas é o velho e a velha botando as crianças para dormirem (eternamente), claro que de formas bem fortes e marcantes, mas sem grandes desenvolturas ou situações que fizessem o público assustar ou se chocar com algo. Ou seja, volto a frisar que não é algo ruim, afinal quem gosta desse estilo ama ver pessoas sendo picadas, estouradas por armas, ou até mesmo jogadas para os jacarés, curtem o ar da libido sendo trabalhada nas cenas, mas ficou parecendo faltar um algo a mais que marcasse realmente o longa, e assim diria apenas que o diretor fez algo de homenagem para o estilo.

Sobre as atuações, diria que todos fizeram trejeitos bem clássicos do gênero, aonde vemos sensualidade, olhares quentes e interações fortes, mas na hora do medo mesmo apenas alguns gritos, não vemos espanto, temor, e nada que faça o público ver as pessoas da trama sentindo a morte de perto, ao ponto que não nos conectamos com eles, nem entramos no clima por completo, o que é ruim. Uma das principais sacadas bem interessantes de ver é a conexão entre a jovem Maxine e a velha Pearl, de uma se enxergar tanto na outra, e agora ao escrever que vi a pegadinha do diretor, pois é a mesma atriz Mia Goth que faz ambos os papeis, ou seja, a equipe de maquiagem brincou também bastante para descaracterizar a jovem, e o resultado expressivo é algo bem marcante dela ao menos, tendo um ar meio de sonhos para a jovem enquanto a velha apenas quer sua libido ativa novamente, e isso foi bem feito ao menos. Jenna Ortega que vive nos mundos dos filmes de terror fez de sua Lorraine uma personagem bem sem sal, que não mostra muito a que veio, Britanny Snow também fez apenas o ar sedutor com sua Bobby-Lynne, então faltou aquele algo a mais para chamar atenção. Martin Henderson fez seu Wayne parecendo um empresário meio caipira, mas bem disposto com o estrelato de suas garotas, mas também não se impondo como deveria. Achei que o personagem do RJ fosse outro ator mais conhecido pelos trejeitos, mas não conhecia Owen Campbell não, ao ponto que até fez bem um diretor de filmes ousado, querendo explodir com algo diferente, mas faltou atitude para ele quando sua namorada quis brincar também. E quem se mostrou um astro do gênero pornô foi o rapper Kid Cudi que botou o corpo pra jogo e fez bem as diversas cenas pornô, mas também no conceito do filme não foi muito além. E por fim, Stephen Ure também caiu nas mãos da maquiagem para criar um Howard bem feio e estranho, que fez ao menos um tom de voz mais marcante e chamativo.

Um dos pontos que mais costumam agradar nesse estilo é o visual, afinal escolhem sempre boas locações para que os picadinhos chamem atenção, voe sangue para todo lado (aliás ainda acho que gastaram pouco sangue aqui, nem parecendo ser a mesma cena que os policiais acham com o que rola antes no filme), tendo duas casas bem abandonadas no campo, um deque num lago com crocodilos bem imponentes, e claro boas cenas eróticas marcantes, que couberam bem dentro da essência campal da história, além disso, a casa dos velhinhos mostrando o passado deles, e sendo bem chamativo, além claro da pregação na TV sendo imponente e que no final acaba tendo algo a mais para o filme. Ou seja, a equipe foi simples, porém efetiva no que desejava mostrar.

Enfim, é um filme mediano que quem gosta do estilo até pode conseguir ver algo a mais, mas que pra impactar realmente faltou muito, e sendo assim não sei se recomendaria ele para muitas pessoas. Então se você curte slasher, pode dar play, senão fuja para outro longa que vai ser muito melhor, e é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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O Lendário Cão Guerreiro (Paws Of Fury: The Legend Of Hank)

8/13/2022 03:45:00 PM |

Sempre é bem interessante animações envolvendo artes marciais, pois passam mensagens que vão muito mais além do que apenas sensações visuais, e felizmente o longa "O Lendário Cão Guerreiro" entrega uma proposta tão gostosa e funcional, cheia de sacadas bem encaixadas e envolvimento de momentos conflituosa entre gatos e cachorros, muito treinamento, boas lutas, e claro personagens carismáticos e fofinhos, que vão entregando momentos bem diretos e com motes bem colocados para divertir desde os menorzinhos até os pais que forem conferir. Ou seja, mesmo não sendo uma animação das famosas produtoras podem ir conferir tranquilamente que é diversão para toda a família, além de uma ótima dublagem de um dos melhores humoristas do país na atualização: Paulo Vieira.

A sinopse nos conta que o perverso vilão felino Ika Chu e seu capanga Ohga se preparam para pôr um plano terrível em prática que pode acabar com a cidade de Kakamucho. A tarefa de combater esse perigo é tomada por Hank, um cachorro que sonha em ser um grande samurai. Ele acaba convencendo Jimbo, um gato que outrora fora um grande guerreiro, a se tornar seu mentor, o que faz com que comece uma incrível amizade entre os dois.

Diria que os diretores que só fizeram pequenos filminhos básicos como "O Rei Leão", Rob Minkoff, Mark Koetsier e Chris Bailey, souberam ser certeiros no desenvolvimento de uma trama que pegasse o público e cativasse com boas sacadas, pois uma animação sem grandes motes emocionais acaba falhando, e aqui o resultado além de bonito tem uma pegada técnica recheada de momentos que ironizam desde a rixa entre cães e gatos, como a formatação dos longas do gênero, brincando com a forma de inserção de flashbacks, o uso de dobraduras e personagens em stop motion, com a forma de aparecer dos créditos, ou seja, com tudo o que estivesse a disposição para funcionar e envolver, sendo uma trama bem completa, divertida e que vai agradar desde os menorzinhos com muitas cores, até os pais que forem levar eles, e claro os fãs de filmes de artes marciais e animações.

Sobre os personagens e suas dublagens, o resultado foi muito bem encaixado, pois num primeiro momento até parecia que o cachorro Hank não ia entrar bem no clima da trama, parecendo algo meio bobo que não iria dar certo, mas a construção do personagem que Paulo Vieira fez foi tão boa que praticamente se apoderou do personagem e agradou demais com as piadas e sacadas, fazendo atos inteligentes e bem agradáveis de ver, que envolvem e acaba acertando demais. Ainda tivemos claro o mentor Jimbo que Márcio Simões acertou bastante a voz dando a mesma personalidade que foi pensada para Samuel L. Jackson, e criando um ótimo treinamento para o protagonista. Tivemos um vilão bem imponente e maluco Ika Chu, que não desistiu nenhum minuto de seu plano, e claro os pequeninos e bem colocados ajudantes de samurai com destaque para Emiko, além do Shogun que a voz de Ari Fontoura encaixou muito bem. Ou seja, um filme recheado de bons personagens que divertem até com os figurantes da cidade, e assim faz valer por completo.

Visualmente a trama foi muito bem desenhada, com boas texturas nas cidades, no palácio, e até mesmo nas dinâmicas de lutas e treinamentos, usando tudo o que estivesse à disposição da equipe para envolver e dar resultado cênico, usando de letreiros, de objetos e tudo mais, desenvolvendo os ambientes com cores bem trabalhadas em tons marrons para colocar a cidade como algo meio western, o palácio com toda a grandeza de um líder imponente, e claro muitas sutilezas nós símbolos para dar uma funcionalidade a mais, ou seja, algo bonito de ver que acaba agradando bastante, e chamando atenção.

Enfim, é uma animação que certamente fui conferir esperando nada dela, achando que seria mais uma produção bobinha da Nickelodeon jogada nos cinemas, mas que no final acabou agradando demais em toda a montagem, e claro na história, que possivelmente deve gerar continuações, afinal foi bem trabalhada, e não usaram alguns elementos que poderiam ter ido além. Então fica a dica, pois o longa estreia oficialmente nas próximas semanas, então pegue a garotada e boa sessão, pois recomendo ele com certeza, e quem gosta de piadinhas, no final tem uma cena pós-créditos. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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Papai é Pop

8/13/2022 02:26:00 AM |

Muitos fantasiam a paternidade, outros lidam de forma tranquila com essa loucura, muitos dão certo, outros fogem e abandonam, mas uma coisa que sabemos bem é que ninguém nasce preparado para o momento em que você precisa de cuidar de alguém que chora, grita e tudo mais e você não sabe lidar com aquilo, mas se tem uma coisa que Lázaro Ramos e Paolla Oliveira sabem fazer é atuar, e aqui em "Papai é Pop", que foi um dos maiores fenômenos literários nacionais, a entrega de ambos e uma direção impecável com um estilo bem próprio acabou funcionando tão bem, que acabamos envolvidos por tudo, e mesmo que você não seja pai, ou não deseje ser, irá gostar de toda a sensibilidade e estilo entregue pela trama. Ou seja, são bem raros os filmes nacionais, principalmente que possuem ares dramáticos ou cômicos, que não recaem para o lado novelesco, e esse pode ser o maior trunfo da trama, de seguir uma linha bem gostosa e agradável para muitos se enxergarem e até irem além na paternidade, e assim vemos algo leve, descontraído, com momentos tensos e até fortes, que funcionam dentro da proposta, e que sem forçar para lado algum acerta e certamente pode até gerar continuações ou seriados, pois estilo tem pra isso, basta o autor desejar.

O longa nos mostra que depois do nascimento de sua filha, Tom se vê em situações inusitadas, divertidas e intensas por não estar pronto para cuidar do bebê. Fazer filhos é fácil, ser pai é outra história. A nova rotina, os gastos e as cólicas da filha chegam num combo que abala também a relação com a esposa Elisa. Com a vida de ponta-cabeça e a filhota para educar, Tom inicia uma jornada com alguns perrengues, mas muito amor. Elisa e a mãe de Tom, Gladys não facilitam as coisas pra ele, mas Tom está disposto a tentar se transformar.

É engraçado que já tinha dito no filme anterior de Caíto Ortiz, "O Roubo da Taça", que ele era um diretor diferenciado, que gostava de planos de filmagens bem diferentes, e aqui novamente ele soube usar os artifícios da internet para mostrar como o livro, o canal da internet e até mesmo a vida do verdadeiro papai pop Marcos Piangers revolucionou o mundo da paternidade, e mais do que isso, uma grande sacada foi dar um tom mais impactante em alguns atos para que a vida dos personagens fossem ainda mais dura do que a do jovem pai, brincando com um ar amplo, com sacadas abertas duras, e também mostrando ambos os lados emotivos bons e ruins dessa nova vida para muitos. Ou seja, o diretor praticamente abriu o livro e deu para os personagens uma vida a mais, deu liberdade para Lázaro Ramos colocar também um pouco de suas experiências, e acabou criando algo emotivo e muito gostoso de ver, que vai acabar certamente indo muito mais além do que apenas um filme nos cinemas, então foi muito bem feito e é aguardar os demais louros.

Sobre as atuações, já falei e repito, Lázaro Ramos é um tremendo ator, daqueles que sabem pegar uma história e transformar em algo próprio dele, de tal maneira que é até difícil imaginar Tom com outro ator no papel, pois ele se doou, trabalhou trejeitos, foi emotivo, carinhoso, confuso, atrevido, entre vários outros papeis, mostrando o quanto um pai se desenvolve ao cair de paraquedas nessa função, e o resultado de seu personagem é único e muito bem feito, ou seja, deu show. Da mesma forma, estamos acostumados a ver Paolla Oliveira produzida, cheia de charme e envolvimento, mas aqui veio toda trabalhada nas olheiras, com ares de cansaço de nível máximo, dores e tudo mais que uma mãe sofre no pós-parto, além claro dos conflitos com o pai da criança, ou seja, fez uma Elisa perfeita, cheia de nuances, e que acerta também demais em todas as cenas. Outra que acertou demais nos conselhos e nos atos bem encaixados foi Elisa Lucinda com sua Gladys, criando momentos bem íntegros e marcantes para a vida do filho, não passando a mão e acertando muito com isso, valendo a representação por completo. Quanto aos demais, os amigos dos protagonistas fizeram bons encaixes com Leandro Ramos e Dadá Coelho tendo participações maiores nas conexões do filme, mas vale o destaque claro do verdadeiro papai pop aparecendo na pelada do protagonista, com Marcos Piangers sendo um jogador que fala que nem quer ter filhos, e a sacada foi bem trabalhada.

Visualmente a trama mostra a tradicional bagunça que vira uma casa com crianças, os momentos iniciais com muitas fraldas sujas, pomadas, lenços, as primeiras doenças, a mudança de vida dos pais de saídas, futebol e tudo mais para mais tempo dentro da casa, além disso mostrou bem a casa da avó (mãe do pai) aonde teve todo o desenvolvimento familiar com uma mulher forte que criou o filho sozinha, e assim vemos os passeios em pracinhas, e tudo mais, ou seja, a equipe foi simples, porém bem simbólica nas situações, e o resultado funcionou, mesmo usando de imagens de internet e todo o diferencial que o estilo pede.

Enfim, é um filme que imaginava que iria por outros rumos, mas que foi bem sacado, emociona bem, principalmente no ato do porteiro do prédio, e que acaba sendo bem funcional por completo, então deixo ele como dica tanto para os jovens pais de primeira viagem, aqueles que ainda desejam ser pais, e claro para todos que gostam de uma boa trama nacional bem feita, pois costumo bater muito quando erram, mas valorizo demais quando acertam, e esse é um dos casos bem acertados. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas ainda tenho muitos filmes nesse final de semana, então abraços e até logo mais.


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Gêmeo Maligno (The Twin)

8/12/2022 09:19:00 PM |

O mais bacana de alguns filmes de terror é tentar pegar a ideia toda por trás da trama antes dela ocorrer realmente, e com o longa finlandês "Gêmeo Maligno" eu já estava montando completamente toda a ideia em cima de seitas pagãs, de envolvimentos em cultos e tudo mais, mas eis que na penúltima cena o longa muda inteiro para algo completamente diferente, e o melhor é que muda para melhor, e mesmo sendo algo maluco de se conectar acabamos surpreendidos e precisamos até de uma parada para pensar se funcionou. Ou seja, abra sua mente e se deixe levar, tente observar mais detalhes, e verá realmente se você é bom de enigmas, pois mesmo o longa dando alguns sustinhos bem leves, toda a jogada é diferenciada, e embora não seja algo impactante, o resultado agrada pela loucura toda.

A sinopse nos conta que após um trágico acidente que matou seu filho, Rachel e Anthony decidem se mudar e se concentrar em seu filho gêmeo sobrevivente, Elliot. O que começa como um tempo de cura e isolamento no campo escandinavo se transforma em uma batalha desesperada pela alma de seu filho, quando uma entidade que afirma ser seu irmão gêmeo morto assume Elliot.

Diria que o diretor Taneli Mustonen trabalhou muito bem a história criada, pois ele conseguiu nos enganar bastante dentro da ideia toda ao ponto de seguirmos os protagonista de uma forma diferente de tudo, e estarmos completamente crentes da ideia que a protagonista nos envolve, de tal forma que em momento algum pensamos no verdadeiro acontecimento. Ou seja, embora seja uma história simples, sem grandiosas reviravoltas no miolo, o resultado é de certa forma surpreendente e funcional, pois e treva muita personalidade, e as dinâmicas funcionam como devem ser, trabalhando tudo com muita segurança na ideia, e principalmente causando algumas sensações, sejam elas estranhas ou não, e isso é bom para um filme de terror.

Quanto das atuações, o que posso adiantar sem dar spoilers é que Teresa Palmer soube brincar bastante com sua Rachel, de tal forma que passa bem o ar de luto, a tristeza no semblante, e principalmente o desespero frente a tudo o que está acontecendo com seu filho, e dessa forma nós convence demais, sensibilizando e passando carisma com tudo o que vai ocorrendo com ela, ou seja, acertou bem. Steven Cree passou um ar meio estranho demais com tudo o que faz com seu Anthony, ao ponto que não desconfiamos de nada, mas certamente se assistirmos o longa uma segunda vez iremos notar totalmente, ou seja, foi estranho, mas acertivo demais. O garotinho Tristan Ruggeri fez seus Elliot/Nathan bem introspectivos, porém no final o jovem chega a ser explosivo e chama bem para tudo o que faz, mas poderia ter mais dele no filme para assustar mais. Agora quanto aos demais, a maioria é praticamente muda, só expressando ares e olhares para a família, não impactando de certa forma, valendo o destaque para os floreios e trejeitos que Barbara Margem faz com sua Helen, porém com o final escolhido acabou sendo bobagem e loucura mesmo suas falas, então ficou uma personagem meio que desconexa demais.

Visualmente a equipe de arte brincou com névoas, com uma casa meio isolada, barulhenta, cheia de degraus e cômodos ocultos, e claro incorporando bastante alguns atos com os rituais dentro de sonhos e abstrações da protagonista, sempre nos levando para a ideia dos cultos pagãos, ou seja, enganaram bem, e foram bem criativos.

Enfim, é um filme razoável, que até a penúltima cena estava de mediano para ruim, mas virou completamente para algo muito melhor e bem encaixado, agradando quem gosta de filmes que não assustam tanto, e assim sendo fica a dica para o resultado final mesmo. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas vou conferir mais um longa hoje, então abraços e até logo mais.


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A Fera (Beast)

8/12/2022 12:50:00 AM |

Desde quando vi o trailer do filme "A Fera" tinha uma certeza quase que absoluta que seria ao mesmo tempo um bom filme e também algo exagerado demais, e essa certeza caía sempre na dúvida de se iria ser convencido de estar vendo um leão real atacando tudo e todos à sua frente. Pois bem, hoje ao conferir posso dizer que a computação gráfica foi perfeita ao ponto de realmente vermos um leão com sangue nos olhos em busca de defesa de si próprio após ter todo o seu bando morto por caçadores, mas também ficou algo meio que estranho e forçado de ver um animal que não está atacando uma presa, mas sim tudo o que tiver em sua frente, e embora não seja biólogo ou algo do tipo, acabou parecendo um exagero gigantesco em toda a situação. Claro que assim como o pôster diz de lutar pela família, o que vemos na tela é os dois lados lutando, um pai para sobreviver com as filhas, e um leão vingando a morte de sua família sem fazer distinção de quem vai morrer, afinal são da mesma espécie humana, então vai pra cova! Ou seja, não é um filme ruim, pelo contrário tem boas cenas tensas e muitas cenas de susto gratuito com o leão vindo do nada, mas beirou mais um filme de terror ficcional do que algo realista que poderia acontecer na natureza, e acredito que não era essa a intenção do roteirista.

A sinopse nos conta que Dr. Nate é um homem que perdeu a mulher recentemente. Para viver o luto, ele decide retornar à África do Sul, local onde conheceu sua falecida esposa, para passar férias há muito planejadas com suas duas filhas em uma reserva natural administrada pelo velho amigo da família Martin, um biólogo da vida selvagem. Mas esse descanso há muito tempo esperado e tranquilo se transformará em um teste de sobrevivência quando um leão sedento de vingança, o único sobrevivente da caça sanguinária de caçadores furtivos, que mataram toda sua manada, começa a devorar qualquer humano em seu caminho, já que considera todos os humanos como um inimigo e persegue o médico e sua família por toda a savana. Agora, o único jeito de escapar das garras da fera é lutando e sobrevivendo, ou matar o leão de uma vez por todas.

Diria que diretor Baltasar Kormákur deu o seu máximo para que seu filme ficasse intenso e bem trabalhado no conceito de defesa e contra-ataque, usando artifícios bem detalhados e marcantes, com ares bem dosados e toda uma interação bem bacana dos protagonistas com o leão, em um ambiente até que bem interessante e fechado se formos olhar a fundo, porém diria que os roteiristas Ryan Engle e Jaime Primak Sullivan exageraram demais ao colocar toda a forma de ataque do felino, pois sabemos que leões são territorialistas para defender o seu espaço, mas no filme o bicho sai literalmente a caça sem rumo algum, meio como se fosse realmente uma vingança e não uma defesa de território, então soou um pouco estranho tudo o que faz. Claro que fizeram isso para que tivesse um ar mais ficcional interessante e forte, e até funciona por pegar o público com muitas cenas de susto, mas poderiam ter desenvolvido melhor todo o resultado, isso sem falar na luta final que forçaram a barra num nível que não tem defesa. Ou seja, é um filme que quem curte levar uns sustos sendo pego de surpresa vale muito a indicação, mas o diretor já fez longas bem mais trabalhados e poderia ter reduzido os exageros para que o filme ficasse mais convincente.

Sobre as atuações, gosto muito do Idris Elba, mas mesmo sendo um bom conhecedor de atuações com elementos gráficos, ele acabou dando para seu Nate um ar meio que desesperado em algumas situações e jogado em outros, parecendo não estar muito bem ambientado com tudo o que estava acontecendo na tela, mas ao menos trabalhou semblantes fortes, e malucos em alguns atos, o que acabou dando um tom forte para o filme. Sharlto Copley até mostrou uma certa habilidade inicial com seu Martin, se mostrando um bom comandante da reserva, brincou bem com os leões que convivia, mas no primeiro ato com o leão fodão já ficou destroçado, mas fez bons atos depois com caras e bocas de dor, e ainda uma cena bem impactante na sequência fazendo um estilo bem trabalhado ao menos. As garotas Iyana Halley com sua Meredith e Leah Jeffries com sua Norah até fizeram alguns trejeitos bem colocados, mas não chamaram tanta atenção na trama, parecendo que as garotas estavam no filme por estar, o que é bem estranho de ver, sendo que alguns momentos só fazem gritos desesperados e chorosos (tenho até medo de ver como ficou isso na dublagem nacional!), ou seja, poderiam ter se imposto mais nas cenas e criado algumas desenvolturas maiores. Sendo assim, o verdadeiro ator mesmo que impactou foi quem viveu o leão vestido de roupa verde para que todas as cenas depois fossem bem tratadas com muita ação. 

Visualmente o ambiente todo é bem interessante, com uma floresta cheia de animais, mas que parecem desaparecer com o leão ao redor, mostrando bem os caçadores fazendo os diversos abates, e também sendo abatidos, com um leão bem imponente atacando de todas as formas, e ainda alguns atos interessantes com uma vila, uma escola abandonada, e todo o restante dentro do jipe e no meio do nada, mostrando que a equipe de arte economizou bem, para que a equipe de computação pudesse brincar bastante depois, tanto que o filme é recheado de cenas improváveis, as principais na beira do lago, pois mostra jacarés imensos entrando na água, e na sequência o cara entra todo ensanguentado e nada como se não tivesse nada ali, uma cobra ataca e pronto cato ela no ar, ou seja, difícil mesmo acreditar no que vemos.

Enfim, não é um filme ruim, mas tem muitos absurdos e mais sustos do que história realmente, parecendo ser daqueles de terror que ficamos inconformados de jogarem tanta coisa sem sentido acontecendo. Ou seja, se você gosta do estilo, pode ir conferir e rir dos demais na sala que vão pular com o leão vindo do nada, mas do contrário tem filmes melhores por aí. E é isso meus amigos, acho que esperei um pouco demais da trama, e me desapontei, então fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos.


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Netflix - Carter (카터)

8/09/2022 12:43:00 AM |

Se você tem labirintite ou qualquer tontura com cenas exageradas em movimento fuja de dar o play no lançamento da semana da Netflix, o sul-coreano "Carter", pois o longa tenta enganar o público como se fosse inteiramente filmado em plano-sequência, com uma câmera completamente desesperada em modo drone se movimentando de um lado para o outro, dando looping, virando com quebras completas de eixo e tudo mais para que a ação frenética não se desligasse de forma alguma, mas como disse "tenta enganar", pois é notável vários pedacinhos de mudanças e pausas, e claro que também ninguém acreditaria completamente que um filme de ação tão insano quanto esse teria sido filmado diretão, que nem em sonho uma equipe de filmagens conseguiria acompanhar tamanhas desenvolturas. Digo isso, e já peço uma proibição que diretores de filmes americanos de ação assistam a trama, pois virá mil loucuras na mente desses malucos, e o resultado poderá ser algo ainda com mais vertigem, pois sempre querem aumentar um pouco mais. Brincadeiras à parte, o longa tem uma trama maluca, mas interessante, de um vírus que está se alastrando e a única vacina está numa garotinha que precisa ser levada da Coréia do Sul para a Coréia do Norte aonde está seu pai o criador da vacina e a filha de um agente que acorda desmemoriado, e precisará levar a garota no meio do conflito entre os dois países e os EUA, ou seja, algo que facilmente poderia ocorrer no mundo aonde estamos, mas sem tantas explosões, tiros e brigas com tudo em movimento (ao menos acredito nisso, que seria algo mais diplomático ou com bombas mais diretas!). Ou seja, se você gosta do estilo, tome um remedinho para tontura e boa sessão, senão fuja!

O longa nos mostra que Carter desperta em uma pandemia mortal originária da DMZ que já devastou os EUA e a Coreia do Norte. Não tendo lembranças de seu passado ele encontra um dispositivo misterioso em sua cabeça e uma bomba letal em sua boca. Uma voz em seus ouvidos lhe dá ordens para evitar ser morto e ele é jogado em uma operação misteriosa enquanto a CIA e o golpe norte-coreano o perseguem.

O diretor e roteirista Byung-gil Jung gosta de filmes amplos de ação, e gosta de revolucionar em técnicas com coisas que não tenham sido usadas, e aqui ele aproveitou um ator bem disposto, muito dinheiro para criar tudo de forma prática bem combinada com a computação gráfica, e soltou toda sua loucura na tela, ao ponto que a maioria que leu o roteiro certamente ficou pensando até minutos antes das filmagens como aquilo poderia ser possível de filmar, e o resultado é claro que impressiona até os mais céticos de como foi criado, então a Netflix postou um pouco de como foram as filmagens nesse link, e assim é possível ter um pouco da noção completa, que funcionou quase como um jogo de videogame, aonde vamos acompanhando o protagonista na missão, com suas desenvolturas, e tudo acontecendo sem que a câmera lhe perca de visão, o que é muito interessante no estilo de ação. Ou seja, é um filme que tem uma história maluca que muitos nem vão comprar, embora no mundo em guerra, com alguns vírus aparecendo do nada dá para se pensar nas possibilidades, mas que certamente não será lembrado pela história em si, mas sim como o filme doido que não para um segundo, e assim a vontade do diretor será feita com gosto.

Sobre as atuações, basicamente tenho de falar e muito de Jon Woo que entregou um Carter com tanto primor que até chega a parecer que já conhecíamos o personagem de outros filmes, não necessitando aprender nada dele, e ao mesmo tempo sendo misterioso para que conheçamos enquanto se descobre no meio de lutas e tudo mais, ou seja, ele se jogou literalmente (pelo que foi falado nem usou dublê!!) e conseguiu trazer o personagem para si, agradando e fazendo tudo de forma muito coerente e convincente, embora maluca demais. O vilão dos atos finais, vivido por Sung-Jae Lee foi também bem imponente, no melhor estilo daqueles generais dissimulados que vemos em vários filmes, e se portando de uma maneira bem insana saiu atirando tanto com frases quanto com armas, o que ficou bem bacana de ver. Ainda tivemos a pobre garotinha Kim Bo-Min que literalmente foi jogada para todos os lados nas cenas de ação com sua Ha-Na Jung, que se realmente ficou presa a cabos para ficar "voando" pelos carros, motos e cenários, a jovem também saiu do filme quase que vomitando, mas fez boas carinhas, e agradou como a personagem necessitava, só poderia ter tido um pouco mais de carisma e frases com o protagonista, mas essa não era a intenção.

Visualmente o longa é um verdadeiro show de ação com elementos cênicos sendo usados como armas, facas, ganchos, vidros, o que tiver na frente do protagonista vira algo cortante de gargantas, além de muitas armas para dar tiros, saltos e tudo mais, com ambientes prontos para serem explodidos ou quebrados como janelas e paredes, muitos saltos de trem, helicópteros, aviões (aliás um avião com enfermaria, mesa de negócios e tudo mais), passeatas bem marcantes debaixo de chuva, cenas com motos voando e saltando para tudo quanto é lugar, perseguições nas ruas, nas florestas, pontes desabando e o que mais você imaginar, o diretor colocou na trama, e a equipe de arte teve de se virar para reproduzir e estar preparada para destruir, além claro de muito fundo verde para recriar tudo nos computadores, e o melhor, com qualidade, pois na maioria das cenas o realismo surpreende. Detalhe para os amigos que amam 3D, o longa foi filmado e convertido na tecnologia, então fica a dica para arrumar o material que certamente é de muita qualidade.

Enfim, é um bom filme de ação, que quem gosta do estilo vai curtir bastante, principalmente pelo desenvolvimento rápido, mas certamente poderiam ter trabalhado um pouco mais os diálogos e a trama, para que fosse um pouco mais convincente e chamativa, mas isso mudaria completamente os planos, então vamos seguir assim, que ficou bacana ao menos de ver algo diferenciado na proposta, e veremos o que vai rolar na segunda parte, afinal deixaram brecha com a cena de encerramento para uma continuação, então é aguardar para falarem mais sobre isso. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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O Palestrante

8/08/2022 01:17:00 AM |

O que mais gosto do estilo de Fábio Porchat é que ele brinca com assuntos que muitos teriam medo de jogar na tela, e ele mesmo acaba não se levando tanto a sério, deixando seus personagens sempre de um modo amplo para que o público se enxergue mais do que veja ele propriamente na tela, e aqui em seu novo filme "O Palestrante", ele entra no assunto do momento que são os coaches ou treinadores profissionais, ou motivadores com alguns se denominam, alguns mais renomados se colocam como mentores, ou até mesmo o básico palestrantes como é o nome da trama, e mostra que basicamente o que eles fazem que é notar o que a pessoa precisa e a enganar com frases bonitas que eles desejam a fundo receber, mas mais do que isso, o filme brinca com a ideia também de não conseguir sair de uma mentira muito grande e estar apaixonado por alguém que está recebendo essa mentira que é você, ou seja, algo bem complexo, cheio de desenvolturas e que o filme trabalha bem também. Porém, aí é que está o grandioso problema, o filme tenta se levar a sério, sem se levar a sério realmente, e se perde em alguns atos de junção, sendo então um grande conglomerado de boas esquetes, que funcionam e divertem, mas que com alguns ajustes daria para ficar um filme completamente melhor, que volto a frisar, não é ruim de forma alguma, mas faltou detalhes para ficar muito melhor.

O longa nos conta que Guilherme, um contador sem perspectivas que acaba de ser demitido e abandonado pela noiva, viaja para o Rio de Janeiro com o objetivo de resolver pendências da empresa que o demitiu. Sem encontrar um rumo na vida, ele é confundido com um famoso palestrante motivacional. Em um impulso de quem não tem nada a perder, assume o lugar do tal Marcelo, sem saber que se trata de um palestrante motivacional contratado para animar os funcionários da empresa de Denise. Guilherme tem que colocar todos pra cima, mas talvez ele também precise desse novo Marcelo para mudar de vida, e ao tomar seu lugar, ele vai tentar achar uma razão própria para viver.

O diretor Marcelo Antunez soube trabalhar até que bem o texto de Fábio Porchat e Cláudia Jouvin, criando todo o ambiente, dominando as ânsias mais expressivas e explosivas por parte de cada um, mas faltou um pouco mais de concisão para que seu filme fluísse melhor, pois tudo é amplo e muito fácil de acontecer, e mostra bem muitas dinâmicas que conhecemos e vemos os maiores coaches brasileiros fazendo com seus contratantes, além de boas dinâmicas nos bastidores das palestras, mas ele parece que sempre que o filme vai ir além, ele pega e abre a possibilidade para uma nova vertente e não deslancha a que começou, o que acaba irritando um pouco. Ou seja, é um filme com uma comicidade bem colocada, com vários tipos de piadas, desde as mais bobinhas até as mais pesadas, e que tem uma boa desenvoltura completa, porém que faltou uma melhor fluidez para que tudo fosse uma história só, e não várias sequências ora com um tema, ora com outro, que até se conectam de certa forma, mas que não tem um grande projeto maior. 

Sobre as atuações, já falei e volto a repetir que gosto demais do estilo de Fábio Porchat, e aqui ele entrega para seu Guilherme/Marcelo uma desenvoltura leve e bem direta, com um ar desesperado por estar fazendo algo errado (que é assumir a personalidade de outra pessoa e estar enganando até quem ele está gostando), mas também se entregando e desenvolvendo bem um alguém novo e que possa ser sua nova personalidade realmente, de forma que conseguimos nos conectar e até acreditar em seu personagem, o que acaba sendo bem legal e interessante de ver. Dani Calabresa foi muito bem encaixada com sua Denise, pois ela conseguiu criar algumas piadas em cima de sua personagem e sem forçar demais deu um bom tom para que a empresária se colocasse em segundo plano, de uma maneira bem trabalhada e engraçada, ou seja, não apelou para seu tradicional ar cômico, nem deixou de divertir, o que era exatamente o necessário na produção, e sendo a melhor amiga de Porchat, ambos conseguiram ter uma boa química nas cenas mais envolventes, embora tenham dito que foi bem difícil fazer elas. Agora quem foi responsável pelas piadas mais sujas e acabou sendo bem trabalhado foi Antonio Tabet com seu Josué, e a química da dupla dele com Maria Clara Gueiros, com sua Márcia, foi bem incorporada, cheia de nuances e sacadas bem colocadas, e acabaram tendo até mais participação do que provavelmente teriam originalmente, mas deram um bom tom que funcionou, e seus atos agradaram para ir além. No grupo dos funcionários da empresa, tivemos bons momentos com Otávio Muller, Paulo Vieira e Miá Mello, cada um trazendo seus ares tradicionais de comicidade, e jogando a bola para que os protagonistas rebatessem da melhor forma, e assim o resultado acabou sendo bem bacana, mas poderiam ter dado mais tempo de tela para que eles fossem além, o que não aconteceu. E quem acabou ficando com esse tempo de tela foi Rodrigo Pandolfo com seu Flávio, que até tem alguns atos bacanas, mas ficou meio que birrento demais para um papel que necessitaria um algo menos infantil.

Visualmente o longa foi bem simples, tendo inicialmente um escritório bem tradicional, com as várias baias e salas, tudo bem certinho e comum para representar a entediante vida do contador, com um chefe meio exagerado e piadista demais, temos também o apartamento que vive com a esposa dentista que lhe força a viver com mil regras dentárias para poder ter um relacionamento com ela, então vamos para um hotel no campo, com piscina, quadra e claro um salão de eventos aonde ocorrem as palestras e um refeitório também bem tradicional, sem grandes chamarizes, e claro com as tradicionais apresentações de powerpoint, ou seja, tudo bem básico, mas feito na medida para o resultado do filme.

Enfim, é um filme bacana, que dá para rir e se divertir com algumas boas sacadas, mas que certamente poderia ter ido mais além para funcionar melhor e ser realmente algo completo dentro do que propuseram inicialmente, não ficando um filme no meio do caminho que é algo que incomoda um pouco, de modo que diria que quem for buscando um passatempo divertido até vai gostar do resultado geral, mas quem exigir um pouquinho a mais irá reclamar bastante, e não é isso o que esperamos acontecer em um filme. Sendo assim recomendo ele, mas com algumas ressalvas, e fico por aqui hoje, voltando em breve com mais textos, então abraços e até lá.


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Star+ - O Predador: A Caçada (Prey)

8/06/2022 06:24:00 PM |

Costumo dizer que alguns filmes são feitos apenas para os fãs, e os longas do alien caçador são com toda certeza esse estilo, pois mesmo o novo longa da Star+, "O Predador: A Caça", ter voltado bem as origens do bichão, de muita violência, lutas, pedaços de corpos, as preparações realmente feitas para uma caça, e mais do que isso, apenas um protagonista sem precisar ficar contando diversas histórias, o resultado para quem nunca foi fã da série como esse que vos digita acabou sendo apenas interessante pelas cenas de ação nas lutas finais, ficando algo que não chega a empolgar realmente, mas que como crítico tenho de valorizar, afinal é a cara dos primeiros filmes, tem intensidade e chama a atenção. Ou seja, se você gostou dos primeiros filmes, pode conferir tranquilamente que vai valer o play, limpando completamente tudo de estranho que tiveram nos últimos filmes, mas do contrário, esse não será um filme que vai fazer você querer dar play nos outros da saga, o que acredito que talvez tenha faltado para ficar melhor ainda.

Neste prelúdio à história de Predador, o longa nos conta a história não contada de Naru, uma jovem guerreira altamente qualificada, desesperada para proteger seu povo do perigo iminente. Criada entre os maiores caçadores que vagavam pelas Grandes Planícies e confiante de que é tão capaz quanto os outros jovens caçadores, ela se propõe a proteger seu povo quando seu acampamento Comanche é ameaçado por uma criatura misteriosa. Ambientado no mundo da Nação Comanche no início de 1700, munida com armas primitivas, Naru persegue e finalmente confronta seu inimigo, que acaba sendo um predador alienígena altamente evoluído, com um arsenal tecnologicamente avançado, resultando em um confronto brutal e aterrorizante entre os adversários. Protegendo seu povo do predador que caça humanos por esporte, lutando contra a natureza, colonizadores perigosos, entre outros desafios, a jovem corajosa possui a força para enfrentar o que for necessário para manter seu povo seguro.

Confesso que fui um dos que riram quando viu o trailer mostrando uma índia com um arco e flecha enfrentando um ser completamente evoluído e cheio de armas tecnológicas, mas a sacada do diretor e roteirista Dan Trachtenberg foi mostrar que a jovem enxerga muito mais que os demais ao seu redor, vendo como se camuflar do bichão, usando técnicas de luta bem dispostas, e claro num primeiro momento não sendo vista como um perigo para ele, se preparar para ir em suas fraquezas, ou seja, tudo bem armado para um bom filme. E mais do que isso, o diretor não economizou nos atos fortes e violentos que seus antecessores ficaram com tanto medo de entregar, ao ponto que o filme facilmente para passar nos cinemas sofreria grandes sanções, mas como no streaming praticamente tudo é permitido, botou cortes de corpos, decepações bem mostradas, cabeças rolando, e claro sangue voando para todos os lados, de tal forma que o filme todo acaba chamando muita atenção pela desenvoltura completa, e assim chamando atenção tanto dos fãs quanto dos críticos mundiais que estão amando tudo o que foi entregue. Ou seja, sem dúvida alguma é um bom filme, que funciona completamente dentro da proposta, mas que segue o tradicional do estilo que é matança e caça versus caçador, sem algo que vá realmente além disso, e assim sendo como disse no começo é um filme para os fãs da franquia, que estavam bem tristes depois dos últimos filmes do bichão.

Sobre as atuações, diria que a jovem Amber Midthunder entendeu demais o que o diretor queria de sua Naru, pois vemos uma mulher de personalidade forte, mas com fraquezas e simplicidades, ao ponto que não leva desaforo para casa, luta como qualquer homem, e mais do que isso é esperta e pronta para a ação, de tal forma que conseguiu chamar atenção, fazer bons trejeitos expressivos com as devidas nuances e lutar muito bem com tudo, demonstrando um bom conhecimento de técnicas de luta dela ou sua dublê, ou seja, foi bem no que fez e se inventarem de continuar a proposta a partir dali vai ficar bacana de usá-la com os desenhinhos mostrados nos créditos. Dakota Beavers fez um bom Taabe, mas seu personagem embora imponente não pareceu tão forte, ficando o jovem sempre com as mesmas expressões secas e não tão impactantes, ao ponto que pareceu faltar vontade na maioria dos momentos. Quanto aos demais, nem posso dizer que fizeram grandes atos chamativos para dar algum destaque, pois os demais índios apenas fizeram a base tradicional, os colonizadores fizeram algumas caras e bocas exageradas, então sobra para destacar realmente apenas Dane DiLiegro apenas pelas suas movimentações com a roupa imensa do Predador, mas a expressividade coube claro à equipe de computação, então apenas lutou bem.

O visual da trama foi muito bacana de ver, pois colocando as grandes planícies americanas nos anos 1700, mostrando um pouco da vida dos comanches com os colonizadores na espreita, todo o ar bacana do acampamento, um pouco das festividades, dando uso para o pântano, para a floresta em si, e claro muitos elementos medicinais interessantes, que acabam sendo usados até para algo a mais, o aprender de armas, e claro toda a camuflagem e a carapaça interessante e cheia de apetrechos do protagonista alienígena que foram bem marcantes, com o seu sangue verde gosmento e clássico da série.

Enfim, é um filme com um bom envolvimento, com boas lutas e tiros, que funciona bem dentro da proposta da série completa, sendo um bom primeiro contato do alien com os humanos, mas que não sei se irão dar muito seguimento por ali, ou o que farão para frente, pois como disse é um filme feito por e para fãs, e assim sendo esperaremos envolvimentos futuros. E é isso meus amigos, indico ele para quem gosta do gênero terror com aliens, e que curta o personagem, pois do contrário será apenas um filme que não vai fazer você ser fã dele, então fica a dica, e eu fico por aqui hoje, então abraços e até logo mais.


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Amazon Prime Video - Treze Vidas: O Resgate (Thirteen Lives)

8/06/2022 02:17:00 AM |

Sou uma pessoa que tem uma memória bem ruim, e já disse várias vezes que fiz o site justamente para me lembrar do que achei de cada filme, então é claro que não lembrava exatamente de nada do que aconteceu na Tailândia nos meses de Junho e Julho de 2018, afinal metade do mundo estava de olho na Copa do Mundo de Futebol, enquanto a outra metade estava conectada vendo o desenrolar de um dos resgates mais complexos de pessoas presas em uma caverna, de um time de futebol inteiro incluindo o técnico! Ou seja, "Treze Vidas - O Resgate" era um dos filmes que tinha colocado na minha listinha de filmes para ver desde o começo do ano quando vi um pouco sobre as filmagens, e reforcei a lista quando vi o primeiro trailer, estando desesperado pelo dia do meu aniversário quando seria a estreia que parecia nunca chegar, e eis que chegou, e após conferir os 150 minutos mais desesperadores passados em um único filme, posso facilmente colocar ele como um dos melhores desse ano 2022, mostrando um grupo de mergulhadores voluntários malucos, que viraram heróis sofrendo demais para conseguir pensar e tirar cada uma das crianças presas que nunca sequer pensaram em precisar nadar, a batalha de outro grupo para desviar a água da chuva da montanha para as plantações, e toda a dramaticidade que só um mestre como o diretor premiadíssimo Ron Howard conseguiria imaginar em como fazer. E já adianto antes mesmo de falar qualquer coisa abaixo, se você se emociona fácil se prepare para lavar o lugar aonde for conferir o filme, pois é forte, envolvente e cheio de situações que não tem como não chorar, aplaudir, e tudo mais, sendo realmente perfeito na totalidade.

O longa narra a história real do esforço global para resgatar um time de futebol tailandês que ficou preso na caverna Tham Luang durante uma tempestade. Enfrentando um ambiente hostil, uma equipe composta pelos mergulhadores mais habilidosos e experientes do mundo se junta às forças tailandesas e voluntários para tentar resgatar os doze meninos e seu treinador. Com poucas chances e um mundo inteiro assistindo, o grupo vivencia o maior desafio de suas vidas.

O diretor Ron Howard é daqueles que ou acerta perfeitamente ou entrega algo que desaponta demais, mas quando escolhe um bom roteiro para trabalhar, dificilmente desaponta, como é o caso aqui, que espero sinceramente que as premiações enxerguem por demais a trama, e se a Amazon não fizer campanha para o filme merece apanhar, pois é um filme tão cheio de envolvimento, com tantas nuances emotivas bem trabalhadas, com cenas de tirar o fôlego de qualquer um debaixo d'água com muita precisão de filmagens, uma tormenta monstruosa do lado de fora jogando água para todos os lados, muitos figurantes, equipes e tudo mais, em um ambiente não muito fácil de controlar, afinal mesmo que tenham filmado algumas cenas em estúdio, e algumas poucas realmente na locação original aonde aconteceu tudo, foram para cavernas na Austrália e souberam ser bem representativos nos movimentos para parecer o mais real possível. Ou seja, o diretor conseguiu ser criativo e brilhar em cima de uma história real, que muitos podem ter conferido o desenvolvimento na época pelos telejornais, outros pesquisado bastante sobre tudo na internet, mas dificilmente alguém vai conseguir fazer uma representação tão real quanto a que Howard entregou aqui, pois tudo é muito forte, e me vi chorando em vários atos, e aplaudindo no final, coisas que dificilmente ocorrem em longas de streaming, e aqui funcionou demais.

Sobre as atuações, embora o elenco tailandês tenha entregue atos bem emotivos e desesperados para as principais cenas, os destaques realmente ficou com o grupo de mergulhadores que contou com grandes astros do cinema, e assim sendo além de darem visibilidade para a trama, entregaram nuances fortes, emoções bem dosadas e acertaram em cheio no que o filme precisava. Viggo Mortensen é um ator que consegue trabalhar de forma bem ampla os seus papeis, e aqui seu Rick é imponente, direto e marcante, que se mostra como um dos melhores mergulhadores, mas o bombeiro não se segura na forma literal de falar, e já manda a real que todos vão morrer, e foi muito forte em tudo, acertando demais cada momento. Colin Farrell foi muito marcante com seu John, praticamente liderando toda a equipe de mergulhadores profissionais, e fazendo os trejeitos mais humanos possíveis em suas cenas, o que faz o público se conectar demais com ele, ou seja, um grande acerto para o ator já que o verdadeiro John queria Rowan Atinkson no papel, e não sei se daria muito certo. Joel Edgerton entrou muito bem na personalidade do médico anestesista Harry Harris, sendo bem direto em suas entonações e muito emotivo na hora de fazer a situação pegar fogo, agradando bastante. Ainda tivemos Tom Bateman em situações desesperadoras e bem encaixadas com seu Chris e Paul Gleeson dando bons envolvimentos com seu Jason, o que mostrou um bom preparo para todas as cenas e marcaram um tremendo time. Além dos cinco protagonistas tivemos boas cenas com Peter Knight fazendo um policial bem encaixado e Lewis Fitz-Gerald como um dos líderes das buscas, ou seja, só escolhas fortes e bem marcantes.

Visualmente a equipe de arte trabalhou de forma monstruosa para recriar o ambiente caótico no pé da montanha, com muitas barracas de comida para alimentar as equipes de resgate, imprensa, familiares, governo e tudo mais que acabou se alojando por ali virando algo maior até do que a cidade por várias semanas durante o resgate, muitas bombas d'água para tentar tirar a água da caverna, muitas tubulações sendo construídas no topo para tentar não deixar entrar mais água no complexo de cavernas, ou seja, tudo muito realista e gigante, pois não foi usado imagens da época sem ser as reportagens de TV, então todo o processo foi filmado embaixo d'água por mergulhadores experientes, e todo a parte de terra, ou melhor de lama foi criada com muita força e imponência, de tal forma que merecem várias citações nas premiações sem dúvida alguma.

Enfim, é um tremendo filmaço, que volto a falar que é sem dúvida um dos melhores desse ano, pois tem uma boa história, mesmo sendo gigante com 150 minutos amarra completamente o espectador (acho até difícil quem pause ele sem ser para ver desesperadoramente quanto tempo falta para saber o que mais de pior pode acontecer!), e entrega tantas sensações no público que faz valer completamente tudo, ou seja, é perfeito e se eu tirasse qualquer ponto por qualquer coisa do filme eu estaria indo contra tudo o que senti vendo o longa, então recomendo demais para todos, dou a dica de se você for muito emotivo já sentar com o lencinho, e assim vou torcer por ele nas premiações, pois vale ao menos muitas indicações como direção, roteiro, filme, design de produção e efeitos visuais. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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Trem-Bala (Bullet Train)

8/05/2022 12:51:00 AM |

Muitos vão falar que o longa "Trem-Bala" é uma verdadeira bagunça violenta, e ele é isso realmente, mas tudo é tão genial e bem encaixado no final, que cada assassino presente dentro do trem tem seus motivos para estar ali, foi contratado também por um motivo bem específico explicado no final, e principalmente toda a violência não é gratuita, afinal eles são assassinos e estão ali para cumprir sua missão, então é um deleite visual da melhor qualidade para quem gosta do estilo, tem muitas sacadas e desenvolturas, e mais do que isso, ele não é jogado na tela, pois vemos as diversas missões anteriores de cada um, mostrando praticamente sua genealogia bem explicada para que tudo funcione. Ou seja, o diretor fez as devidas apresentações com literalmente o trem andando, colocou os nomes na tela, fez picadinho, tiros, mordidas de animais, venenos, espadadas, bombas, ligações com o desenho bizarro de trem "Thomas e Seus Amigos" usando para explicar as personalidades humanas, codinomes e tudo mais que se possa pensar em apenas um filme, e o pior é que funcionou, sendo algo que pouquíssimas vezes veremos uma bagunça tão bem feita na telona, e que se não fizerem outras missões para o Joaninha em pelo menos outros filmes iremos ficar bem bravos, pois é genial ver tudo acontecendo, e a cena do meio dos créditos é apenas um bom complemento explicativo da última cena, mas que vale esperar 3 minutinhos e ver! O que posso adiantar é que ri demais do começo ao fim, e mesmo sendo um pouco alongado para explicar tudo, funciona demais.

A sinopse nos conta que Joaninha é um assassino azarado determinado a fazer seu trabalho pacificamente depois de muitas missões saírem dos trilhos. O destino, no entanto, pode ter outros planos, pois a última missão de Joaninha o coloca em rota de colisão com adversários letais de todo o mundo - todos com objetivos conectados, mas conflitantes - no trem mais rápido do mundo. O fim da linha é apenas o começo nesta emocionante viagem sem parar pelo Japão moderno.

Poderia dizer facilmente que o diretor David Leitch se divertiu demais fazendo o longa baseado no livro de Kôtarô Isaka, pois a trama é exatamente o estilo de filme que ele gosta de fazer, tendo muita ação, muita coreografia de lutas envolvida, muitas dinâmicas para encaixar, e principalmente por ter quebras temporais bem interessantes para se explicar a origem dos assassinos, ou suas missões principais antes de estar ali, e tudo é muito funcional, ao ponto que é quase um filme 100% explicativo, e assim o resultado não fica preso, não cria gargalos, mas sim se desenvolve mais, fazendo com que o público se conecte e envolva com os personagens, ou seja, é daquelas tramas que vai parecer que você passou muito mais tempo dentro da sessão do que realmente passou, pois os 126 minutos parecem ter quase umas 4 horas no mínimo, e isso pode até cansar alguns, mas dá muito funcionamento para o longa, e o resultado acaba sendo incrível, principalmente nos atos finais. Ou seja, o diretor fez algo que gosta e já mostrou em "Deadpool 2" e "Atômica", e até mesmo em seu primeiro filme como diretor que lançou John Wick para o topo em "De Volta Ao Jogo", colocando claro muitos dublês para trabalhar que é sua grandiosa especialidade, e assim o resultado impacta e que contando com muitos efeitos cênicos resulta em algo surpreendente pelas conexões da história, que é hilária num contexto completo da brincadeira de sorte/azar, destino e tudo mais desse estilo. 

Sobre as atuações, Brad Pitt anunciou que esse pode ser seu último filme como ator para iniciar sua aposentadoria curtindo a vida apenas como produtor, mas diria que queremos muito mais dele, principalmente nesse papel de Joaninha que lhe caiu como uma luva, deixando ele livre para mais piadas, para sacadas bem trabalhadas, e claro para movimentos de ação bem encaixados que tanto gosta de fazer, de tal forma que vemos o personagem e conectamos nele, não vendo outro ali, e isso é algo que chamamos de dar a personalidade para o papel, e o acerto é nítido e certamente valeria pelo menos mais uma missão para o papel. Não dá para falar separado de Aaron Taylor-Johnson e Bryan Tyree Henry no filme, pois seus Tangerina e Limão não são gêmeos como alguns falam, mas se conectam demais como irmãos que são, um complementa o outro em suas cenas, e mesmo nos atos soltos deles, cada um entrega tanta desenvoltura, com Aaron sendo mais centrado e neurótico, e Bryan mais infantil, porém violento, e suas sacadas com o desenho do trenzinho é algo brilhante demais de ser jogado fora, ou seja, deram show em todas as cenas. Joey King num primeiro momento faz parecer seu Príncipe (sim, o nome dela está no masculino e no final dá para entender a jogada) apenas mais um no trem, mas a atriz se entrega com ironias, faz intenções fortes e bem sacadas, e vai num crescente bem marcante de expressões e estilos, ao ponto que chama bem a atenção em um filme de ação depois de tantos romances na carreira, ou seja, a jovem acabou agradando bastante no que fez. Ainda tivemos Andrew Koji e Hiroyuki Sanada fazendo seus Kimura e "O Velho" com boas doses expressivas e reflexivas, criando atos mais marcantes e bem encaixados que acabam chamando bem a atenção na história, valendo claro suas lutas finais, então no meio quase que nem aparecem, e isso foi bom, pois valeu toda a intensidade colocada, e o melhor, Hiroyuki pode fazer sua versão jovem também, afinal apenas está bem maquiado para fazer o senhorzinho. Além desses tivemos ainda dois assassinos que fizeram participações bem rápidas dentro do trem, já que dando um spoiler morrem bem rapidamente, mas que felizmente tiveram suas origens bem contadas, e funcionaram com muitas caras e bocas no caso Zazie Beetz com sua Vespa venenosíssima e o cantor Bad Bunny fazendo um Lobo bem vingativo e imponente. E para finalizar, ainda tivemos as participações de Logan Lerman como "O Filho" apenas parado na maioria das cenas do longa, Channing Tatum como um passageiro que ajuda o protagonista no trem, e até Ryan Reynolds como Carvalho nas cenas finais do longa, ou seja, um elenco de peso realmente, mesmo que apenas para aparições rápidas, e já estava esquecendo da já aposentada (ou não) Sandra Bulock com sua Maria emprestando mais a voz para falar com o protagonista ao telefone com boas sacadas, e aparecendo claro no final para um resgate do protagonista.

Visualmente o longa tem muita intensidade, e dá para sabermos bem que o filme não foi gravado dentro de um trem, mas montaram tão bem os vagões executivos e de primeira classe, com vários elementos bem encaixados para serem usados no meio das lutas e ações, que tudo tem seu estilo, tudo é funcional, e acaba virando uma arma na mão do protagonista, além disso tivemos muitos elementos cênicos para cada um desde fantasias, bombas, armas, espadas, bem detalhados tanto nas cenas internas quanto nas externas que tiveram ainda passagens por outros países, festas, e ações. Ou seja, a equipe de arte brincou bastante com as alegorias, e claro tacou a bomba completa para a equipe de maquiagem e de efeitos para as cenas com alta quantidade de sangue, afinal dá até para enxugar a sala após a sessão com o tanto de sangue que escorre, e isso é um luxo imenso em filmes desse estilo.

O longa conta com muitas boas canções para dar muita intensidade nas cenas de ação, e cada uma encaixada na medida certa fez com que o filme deslanchasse e envolvesse demais, valendo claro ouvir durante a exibição da trama, e depois dela, então deixo aqui o link para isso.

Enfim, é um tremendo filmaço, mas que não darei nota máxima pelo simples motivo de parecer alongado, embora já tenha falado que isso é um bom feitio para mostrar um pouco mais das missões anteriores dos assassinos, mas que vai pegar um pouco para quem não curtir o estilo, e assim sendo daria um 9,5 se tivesse notas quebradas, mas vou rebaixar para 9 então, porém não tira o mérito de um ótimo filme de ação, que quem for fã do gênero vai vibrar e rir na maioria das cenas, e assim sendo recomendo demais para todos. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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Amazon Prime Video - Viveiro (Vivarium)

8/03/2022 12:50:00 AM |

Quando lá em meandros de 2019 que nem se pensava em pandemia vi o pôster de "Viveiro" no Cinemark e fiquei curioso pela ideia, cheguei em casa, dei play no trailer e fiquei com muitas dúvidas de aonde tudo iria chegar, veio a pandemia, não foi lançado nos cinemas, e outro dia vi ele no Telecine Play, coloquei na lista, mas não dei play, eis que o Telecine Play também morreu, virando Globoplay, mas hoje eis que a Amazon Prime me sugeriu ele, então resolvi dar finalmente a chance para o longa, e descobri o motivo de ter pulado ele na playlist e ido para muitos outros filmes, pois é bizarra toda a ideia, sendo um filme que embora seja bem monótono acaba nos prendendo a atenção, pois ficamos esperando que algo realmente aconteça, que vá para algum rumo, mas não, a base está toda ali, tem um mote digamos envolvendo o lance de maternidade ou então inferno/morte, mas muitos vão se irritar com menos da metade do filme, então sequer vão esperar os 97 minutos totais, então deixo a dica como não muito recomendável, mas que pode ser que alguns filosofem mais e cheguem num consenso melhor sobre ele.

O longa nos conta que enquanto procuram pela casa ideal para que possam morar juntos, um casal se vê preso em um complicado labirinto feito de moradas idênticas entre si. Quando eles percebem que o local não é nada do que imaginavam, pode ser tarde demais.

Diria que o diretor e roteirista Lorcan Finnegan quis brincar com inúmeras possibilidades para que nossas mentes entrem em conflitos, então se você vasculhar a internet atrás de algum significado sobre a trama irá encontrar tantas abstrações, tantas loucuras e ideias que vão chegar sempre no mesmo lugar ou a nenhum lugar como é o "bairro" aonde os protagonistas estão vivendo, e isso é algo até que legal de entrar no clima, pois muitos filmes são bem óbvios e as pessoas acabam odiando, enquanto outros são tão filosóficos que acabam cansando demais, mas aqui conseguiu ser um bom misto que não incomoda, mas também não entrega, segurando bem a bola até o fim, e ainda assim não entregando nada. Ou seja, é um filme bem abstrato, mas que não chega a cansar, que muitos vão filosofar, muitos vão achar que sabem tudo sobre a trama, mas diria que ninguém vai acertar nada, aliás nem o diretor falou mais nada sobre o longa, então fica a brincadeira e a reflexão.

Sobre as atuações, como sempre Jesse Eisenberg e Imogen Poots sabem criar personagens e amarrar o público, de tal maneira que seus Gemma e Tom tem personalidades fortes, tem essências reflexivas e explosivas no caso do rapaz, e ficamos muito próximos deles com tudo o que acabam fazendo, de tal forma que em determinado momento você fica na dúvida do que faria com o garoto (eu confesso que a picareta já teria descido no primeiro grito exagerado ali), e ambos vão se entregando para um resultado que era esperado, mas que não gostaria tanto, pois acreditava em algo a mais, mas foram muito bem em tudo. Agora quanto do garoto Senan Jennings só dá para sentir raiva, pois é daqueles que irritam com imitações dos adultos, com gritos, com exageros, com tudo, mas é perfeito para o papel, então se quiserem colocar ele em mais papeis do estilo, ele vai detonar, já sua versão adulta interpretada por Éanna Hardwicke dá mais medo do ar psicótico dele do que esperar algo a mais, mas foi bem também em cena, e o fechamento é quase que robótico, ou seja, certeiro no que se esperava.

Visualmente a equipe provavelmente brincou muito com maquetes, pois fazer aquela quantidade de casas seria algo completamente fora de eixo, mas ficou muito interessante tudo igualzinho, uma casa minuciosa de detalhes, a comida vindo em caixas com as mesmas coisas sempre, todo o processo da rotina, o jovem cavando um buraco sem fim, tudo bem marcante e perfeito, com cores não fortes, mas também não muito calmas, resultando num processo completo e bem feito.

Enfim, é um filme complexo, completamente fora da caixa, para aqueles que gostam de pensar muito sobre tudo e criar mil e uma teorias, mas que para o gosto pessoal desse Coelho que vos escreve irrita mais do que agrada, e assim sendo recomendo ele com uma ressalva imensa, que se você gosta de filmes mais diretos é melhor passar bem longe. E é só meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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Globoplay - A Felicidade Das Pequenas Coisas (Lunana: A Yak In The Classroom)

8/01/2022 01:01:00 AM |

Costumo dizer que alguns filmes simples são tão bem trabalhados na essência emocional que acabamos sentindo a necessidade de até ver mais exemplares deles para dar valor as coisas que temos, e quando a trama é bem feita, não tem como não se envolver com os personagens e sentir tudo o que passam na mensagem completa. Um ótimo exemplar que está rodando vários festivais ainda, e que muito brevemente deve ficar em tempo integral nos streamings é o longa butanês, "A Felicidade Das Pequenas Coisas", que além de trabalhar a simplicidade do campo numa aldeia no meio do nada do país, de conscientizar a valorização do simples, também coloca em cheque a profissão de professor, que para eles é algo quase que sagrado e extremamente importante por poder dar futuro para uma pessoa, ensinando ela as coisas úteis e necessárias para mudar de vida. Ou seja, é tão leve, tão gostoso e bem trabalhado nas nuances simples que vemos o filme com um calor gostoso no peito, e até emocionaria mais ver algo diferente no final, mas serviu de lição e o resultado agrada demais por ser bem simbólico também, mas sem exigir altos pensamentos e reflexões para entender a lição, e assim sendo vale muito a dica.

A sinopse nos conta que um jovem professor no Butão, Ugyen, foge de seu trabalho enquanto planeja ir para a Austrália para se tornar um cantor. Como castigo, seus superiores o mandam para a escola mais remota do mundo, uma vila glacial do Himalaia chamada Lunana. Ele se vê exilado de seus confortos ocidentalizados após uma árdua jornada de 8 dias apenas para chegar lá. Lá ele não encontra eletricidade, nem livros, nem mesmo um quadro-negro. Embora pobres, os aldeões dão as boas-vindas ao novo professor, mas ele enfrenta a difícil tarefa de ensinar as crianças da aldeia sem nenhum material. Ele quer desistir e ir para casa, mas começa a aprender sobre as dificuldades na vida das belas crianças que ele ensina e começa a ser transformado pela incrível força espiritual dos aldeões.

O mais bacana de tudo que esse é o primeiro longa do diretor e roteirista Pawo Choyning Dorji, ou seja, falo isso quase que todas as vezes que se vai iniciar na função o melhor estilo é o drama leve, e aqui ele acertou com tanta fluidez, com tanta representatividade nas situações, colocando emoções nas personificações e basicamente conseguiu criar um filme com um realismo quase que documental, pois entrou no meio das pessoas, deu as nuances da vila e soube trabalhar os diversos elementos com ares puros e certeiros, o que acabou sendo ficcional mesmo foi a vida do professor, seu sonho de ser cantor no exterior, pois os demais se duvidar são pessoas reais, que vivem ali, que se doaram para o filme e entregaram bons momentos, criando desenvolturas próprias e bem colocadas, que acabam emocionando e funcionando na ideia completa do diretor. Ou seja, é daquelas tramas que poucos imaginam criando, mas que passam sentimento e agradam demais, tanto pelo ar emotivo, quanto pelo ar representativo, e assim se tornam simples e completos.

Sobre as atuações, diria que Sherab Dorji entregou um Ugyen bem tradicional da juventude atual, desses que fazem um serviço já pensando em outro, com trejeitos meio que jogados num primeiro momento, com todos fazendo de tudo para ele, e ele nem aí, mas soube dimensionar tudo muito bem e ir se desenvolvendo com o decorrer da trama, chamando as cenas para si e agradando bastante com seus atos mais sutis, ao ponto que acabou mais interessante do que parecia num primeiro momento, e isso é muito bom de ver. Ugyen Norbu Lhendup foi quem mais se destacou na trama com seu Michen, e demonstrou um conhecimento gigantesco em cima de tudo, e talvez possa ser até sua a história real da trama, e sendo bem direto e chamativo conseguiu ser marcante em diversas cenas do longa, desde o começo da caminhada, até vários atos na aldeia, agradando bastante com o que fez. Ainda tivemos bons atos com Kunzang Wangdi com seu Asha bem simbólico como um grande líder e exemplo, com Kelden Lhamo Gurung com sua Saldon bem envolvente no canto, e claro pela ótima garotinha líder da turma Pem Zam, pois foi direta e certeira em todos os atos.

Visualmente a trama é bem interessante, mostra um lugar completamente remoto, com uma simplicidade bem trabalhada, mostrando desde as casas simples de cada um até uma escola praticamente sem nenhum recurso, aonde o jovem traz algo a mais para as crianças tão necessitadas de conhecimento, e isso acaba sendo bonito de ver na forma que ele pegou a escola e na forma que deixou, que acaba sendo agradável e muito chamativo por parte da equipe de arte, mostrando elementos simples desde o comparativo das botas e suas serventias, da cultura de beber e aceitar a bebida, e até mesmo de cada elemento ser funcional na forma toda da arte para ser bem representativo em tudo, ou seja, um grande acerto na simplicidade.

Enfim, é um filme que certamente ficará marcado na mente de quem conferir, pois entrega algo muito bonito e sensível, com um envolvimento gostoso e que por mais que não seja uma trama explosiva, cheia de conflitos e reviravoltas, consegue ter a dose certa de tudo que uma boa trama do gênero necessita, e assim sendo um grande acerto por parte de toda a equipe. Então fica a dica para todos conferirem quando puder, seja em algum cinema que esteja exibindo como parte de algum festival ou nos streamings que certamente devem colocar logo ele na programação, e eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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