Gêmeo Maligno (The Twin)

8/12/2022 09:19:00 PM |

O mais bacana de alguns filmes de terror é tentar pegar a ideia toda por trás da trama antes dela ocorrer realmente, e com o longa finlandês "Gêmeo Maligno" eu já estava montando completamente toda a ideia em cima de seitas pagãs, de envolvimentos em cultos e tudo mais, mas eis que na penúltima cena o longa muda inteiro para algo completamente diferente, e o melhor é que muda para melhor, e mesmo sendo algo maluco de se conectar acabamos surpreendidos e precisamos até de uma parada para pensar se funcionou. Ou seja, abra sua mente e se deixe levar, tente observar mais detalhes, e verá realmente se você é bom de enigmas, pois mesmo o longa dando alguns sustinhos bem leves, toda a jogada é diferenciada, e embora não seja algo impactante, o resultado agrada pela loucura toda.

A sinopse nos conta que após um trágico acidente que matou seu filho, Rachel e Anthony decidem se mudar e se concentrar em seu filho gêmeo sobrevivente, Elliot. O que começa como um tempo de cura e isolamento no campo escandinavo se transforma em uma batalha desesperada pela alma de seu filho, quando uma entidade que afirma ser seu irmão gêmeo morto assume Elliot.

Diria que o diretor Taneli Mustonen trabalhou muito bem a história criada, pois ele conseguiu nos enganar bastante dentro da ideia toda ao ponto de seguirmos os protagonista de uma forma diferente de tudo, e estarmos completamente crentes da ideia que a protagonista nos envolve, de tal forma que em momento algum pensamos no verdadeiro acontecimento. Ou seja, embora seja uma história simples, sem grandiosas reviravoltas no miolo, o resultado é de certa forma surpreendente e funcional, pois e treva muita personalidade, e as dinâmicas funcionam como devem ser, trabalhando tudo com muita segurança na ideia, e principalmente causando algumas sensações, sejam elas estranhas ou não, e isso é bom para um filme de terror.

Quanto das atuações, o que posso adiantar sem dar spoilers é que Teresa Palmer soube brincar bastante com sua Rachel, de tal forma que passa bem o ar de luto, a tristeza no semblante, e principalmente o desespero frente a tudo o que está acontecendo com seu filho, e dessa forma nós convence demais, sensibilizando e passando carisma com tudo o que vai ocorrendo com ela, ou seja, acertou bem. Steven Cree passou um ar meio estranho demais com tudo o que faz com seu Anthony, ao ponto que não desconfiamos de nada, mas certamente se assistirmos o longa uma segunda vez iremos notar totalmente, ou seja, foi estranho, mas acertivo demais. O garotinho Tristan Ruggeri fez seus Elliot/Nathan bem introspectivos, porém no final o jovem chega a ser explosivo e chama bem para tudo o que faz, mas poderia ter mais dele no filme para assustar mais. Agora quanto aos demais, a maioria é praticamente muda, só expressando ares e olhares para a família, não impactando de certa forma, valendo o destaque para os floreios e trejeitos que Barbara Margem faz com sua Helen, porém com o final escolhido acabou sendo bobagem e loucura mesmo suas falas, então ficou uma personagem meio que desconexa demais.

Visualmente a equipe de arte brincou com névoas, com uma casa meio isolada, barulhenta, cheia de degraus e cômodos ocultos, e claro incorporando bastante alguns atos com os rituais dentro de sonhos e abstrações da protagonista, sempre nos levando para a ideia dos cultos pagãos, ou seja, enganaram bem, e foram bem criativos.

Enfim, é um filme razoável, que até a penúltima cena estava de mediano para ruim, mas virou completamente para algo muito melhor e bem encaixado, agradando quem gosta de filmes que não assustam tanto, e assim sendo fica a dica para o resultado final mesmo. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas vou conferir mais um longa hoje, então abraços e até logo mais.


0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...