O longa retrata uma realidade sombria, nos Estados Unidos, onde a economia está em colapso e a violência global se intensifica. Nesse cenário caótico, Ben Richards (Glen Powell) encontra sua única chance de salvar a família ao se voluntariar para participar do violento game show "O Sobrevivente". No programa, os participantes precisam escapar de uma equipe de assassinos profissionais enviados para matá-los durante 30 dias, com a promessa de ganhar um prêmio em dinheiro. Se sobreviver, Ben conseguirá ajudar sua filha doente e tirar sua família da pobreza. O Sobrevivente explora temas como controle estatal, manipulação da mídia e a luta desesperada pela sobrevivência em um mundo cada vez mais brutal e desumanizado, refletindo preocupações sociais e políticas que ainda ressoam fortemente.
Diria que o diretor Edgar Wright soube trabalhar bem a essência de um mundo caótico um pouco além do que estamos vivendo, pois não está muito longe de vermos programas de TV do estilo para que as pessoas tentem sobreviver a caçadas, aliás se estudarmos alguns livros veríamos que alguns países já fizeram desse estilo no passado, e também já vimos outros longas com a pegada de sobrevivência, mas a grande sacada do diretor e roteirista foi a de brincar com seu estilão de ação sem limites, o que deu um tom intenso, forte e cheio de nuances bem encaixadas, além claro de juntar alguma comicidade sem forçar a barra, mas principalmente sendo político na medida para que as críticas num mundo fictício fossem bem reais com as atuais que andamos vendo. Ou seja, ele fez um filmão com sua cara, e já tinha mostrado potencial para isso antes.
Quanto das atuações, tem alguns atores que já estão virando figurinha repetida nas nossas telas, e Glen Powell é um deles, mas sempre trabalhando boas facetas, ele consegue prender a atenção em todos seus longas, e aqui seu Ben Richards tem a desenvoltura necessária para as cenas de ação e também um temperamento forte para seus atos de fúria, ou seja, deu tudo que o personagem precisava e mais um pouco, convencendo da entrega que fez. Josh Brolin trabalhou bem demais como o produtor do programa Dan Killian, sendo daqueles chefões que sabem trabalhar com seus líderes para que não precise sujar suas mãos de sangue, e o ator tem bem essa faceta de vilão, conseguindo impressionar na medida certa com a entrega que fez. Colman Domingo fez bem o apresentador do programa Bobby T, tendo personalidade para conduzir o público à loucura conforme as coisas iam ficando mais quentes na caçada, sendo imprudente e bem chamativo na pegada escolhida. Ainda tivemos outros bons personagens, mas sem grandes nuances que impactassem na tela, valendo citar Emilia Jones com sua Amelia bem usada nos atos de fechamento e Lee Pace ficando a maior parte do filme coberto com uma máscara para que seu McCone fosse imponente, mas quem entregou muito entre os secundários e deu show com sua loucura foi Michael Cera com seu Elton cheio de nuances e Daniel Ezra com seu Bradley explicando bem toda a insanidade dos realities do estilo.
Visualmente a trama teve uma boa entrega bem explosiva, mostrando locações mais fechadas na comunidade aonde o personagem vai se escondendo, tendo casas, hotéis e pousadas de todos os estilos, vemos bastante do palco com um auditório insano, muitos tanques e carros fortes pelas ruas, um avião bem moderno e antes de tudo todo um centro de treinamentos insanos por onde os personagens fazem seus testes para chegar ao programa realmente, ou seja, tudo bem grandioso com muitos tiros, mortes fortes e armadilhas bem trabalhadas no melhor estilo que gostamos de ver.
Enfim, é um longa que fui assistir com uma expectativa até que alta pelo trailer ter chamado minha atenção, mas como sabia que era uma refilmagem fui sem esperar que me impressionasse realmente, porém o resultado final é insano e vale a conferida para pensar em tudo desse meio televisivo e claro de como o mundo anda sendo maquiado. Então fica a dica para conferirem, e eu fico por aqui hoje, então abraços e até amanhã com mais dicas.







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