A sinopse que agora, Elphaba e Glinda estão separadas e devem enfrentar as consequências das ações e decisões que tomaram. Enquanto Elphaba segue demonizada como a Bruxa Má do Oeste, exilando-se na floresta de Oz, Glinda vive as glórias de ter se tornado o símbolo da Bondade no reino, morando no palácio da Cidade das Esmeraldas e desfrutando da fama e do glamour de ser amada por toda a população. Quando Glinda tenta intermediar uma reconciliação entre Elphaba e O Mágico, as coisas parecem piorar, afastando ainda mais as duas amigas. A visita de uma garota do Kansas vira tudo de cabeça para baixo, enquanto uma multidão se coloca contra a Bruxa Má, o que obrigará a dupla a se unir novamente.
Posso dizer facilmente que o diretor Jon M. Chu vai ser o terror dos produtores nos próximos anos, afinal aqui ele mostrou que não estava para brincadeira, criando ambientes gigantescos e fazendo com que qualquer editor ficasse com muita dó de cortar qualquer parte, tanto que inicialmente os planos do longa nunca foi ser feito em duas partes, mas precisaram, porém para a segunda parte inteira tivemos muitos atos que acabou faltando dinâmicas imponentes, sendo tudo muito arrastado para valorizar realmente a cenografia e os personagens. Sendo produtor, eu adoro ver cada detalhe, e posso afirmar que dá quase para ver o estagiário anotando rapidamente cada centavo de dólar usado em cada cena, para depois prestar as contas para os investidores, mas para o público normal (não estou me referindo aos fãs) o longa vai ser uma tortura, o que é uma pena, pois a parte um volto a frisar que é incrível. Ou seja, costumo falar que diretores grandiosos demais precisam de um produtor de cena que lhe pode, que fique ao seu redor e fale para ele que já deu, pois depois de gravado você vai querer usar algo que ficou bonito de ver, e nesse sentido colocaria que essa parte dois é um deleite feito para os fãs do musical verem partes que talvez no musical da Broadway foram eliminadas, e eles desejavam ver na telona, então nesse sentido, tudo funciona e emociona os fãs, e você que é uma pessoa normal vai ficar se perguntando o que rolou.
Quanto das atuações, chega a ser repetitivo, mas se jogar em um musical é algo para poucos, pois ter de cantar interpretando exige um algo a mais, e tanto Cynthia Erivo quanto Ariana Grande se jogaram por demais para suas Elphaba e Glinda, ao ponto que aqui já bem empossadas de seus papeis, vemos uma Cynthia mais imponente, mais determinada e sem erros para que suas cenas ficassem bem marcantes, enquanto Ariana já trabalhou algo mais sensível, mais delicado, que até soa engraçado em alguns momentos, porém funciona bem para a proposta, mostrando que foram escolhidas a dedo, e se na primeira parte já tinham mostrado técnica vocal combinada com boas entregas corporais, aqui foram ainda mais além. É engraçado que no primeiro filme Michelle Yeoh ficou menos explosiva com sua Madame Morrible, porém aqui ela quase desbanca como realmente uma bruxa má, sendo firme nas entregas mais fortes e chamando muita atenção no que fez. Ainda tivemos bons momentos de Jeff Goldblum com seu Mágico de Oz, sempre com trejeitos carismáticos bem trabalhados, e Jonathan Bailey precisando até botar o corpo para jogo para chamar atenção com seu Fiyero, mas não desapontaram com o que precisavam fazer. Algo que gostei muito e não vou citar os personagens e atores, foi como cada um virou os famosos personagens que acompanham Dorothy no famoso filme de Oz, mas o resultado tanto visual quanto de entrega dos atores foi bem bacana de ver.
Visualmente não tem como não se impressionar com a quantidade de detalhes em cada ambiente, desde as cenas dentro do castelo do mágico, com um porão detalhado de jaulas, passando pelo esconderijo de Elphaba na floresta e depois seu grandioso castelo com todos os macacos voadores, vemos muitos animais perfeitos de texturas, até a maravilhosa entrada do casamento com as borboletas voando para todos os cantos da sala do cinema em 3D, ainda tivemos todo o aparato da bolha, e ver a pequena Galinda desejando ter sua magia, e claro os diversos figurinos um mais bonito que o outro, com muitos figurantes perfeitamente bem vestidos também tudo dando diversas composições para o cenário. Quanto do 3D do longa, para os amantes da tecnologia o diretor brincou bastante com muitos elementos saindo para fora da tela, tendo claro uma funcionalidade visual de composição, mas também tem muitas cenas que praticamente se desliga por total não tendo nem profundidade de campo, o que não deveria acontecer, já que o longa foi gravado com a tecnologia, mas o mais importante é que funciona na tela.
Esse segundo capítulo do filme tem músicas mais densas, e por isso não são tão emocionais para quem não é tão envolvido na trama, de modo que parece faltar algo que puxe mais nossa atenção, ao ponto que facilmente poderiam entregar tudo sem cantar uma nota só que fosse, diferente do primeiro capítulo aonde somos imersos nas canções, ou seja, acaba sendo bonito de ver elas cantando e interpretando, o bom tom da orquestra, mas não encaixa tão bem.
Enfim, volto a frisar que não é um filme que cansa, mesmo sendo bem alongado, mas que dava para ser mais enxuto para agradar mais a todos, e não só os fãs do musical, de modo que se o primeiro levou várias indicações e prêmios, aqui acredito que deva aparecer somente no conceito visual das premiações, então fica a dica para os fãs irem se emocionar e envolver, e os demais apenas irem para fechar a história, mas sem esperar nada que vá realmente fazer valer como era imaginado. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
PS: pensei em até dar uma nota menor para o longa, mas meu lado produtor ainda está floreando com todo o visual da tela, então vai ser essa a nota mesmo.







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