O longa acompanha um apostador inglês que vê seu passado aterrorizante nos jogos voltar a lhe assombrar e, por isso, ele precisa se esconder em Macau. Vivendo de forma simples e como um desconhecido, o homem desaparece nas ruas no lugar. No entanto, ao longo de sua nova trajetória, uma mulher aparece para mudar o seu destino, como uma alma gêmea, ela vira a chave para a sua salvação.
O diretor Edward Berger foi extremamente injustiçado no Oscar desse ano que merecia ter levado a premiação por "Conclave", mas infelizmente não aconteceu, e aqui acredito que ele fez tudo simples e corrido demais, sem grandes nuances que chamassem atenção, e brincando principalmente com o protagonista, pois o tanto que ele comeu, bebeu e jogou com toda certeza saiu das gravações explodindo e bem cansado, mas a grande sacada do diretor foi fazer uma trama lenta que não cansasse o espectador, pois seu filme tem um vértice de perdas e ganhos muito seletiva, então quem não entrar de cabeça na ideia é capaz de mais se incomodar do que gostar do que verá, e assim sendo ficou bem abaixo dos últimos trabalhos do diretor.
Quanto das atuações, Colin Farrell trabalhou do seu jeitão tradicional que já até acostumamos a ver, meio que jogado, mas cheio de caras e bocas, de modo que seu Lorde Doyle até tem boas sacadas e dinâmicas, e entrega personalidade do começo ao fim, sendo que sua história mesmo não é tão contada, mas consegue suprir esse detalhe com tudo o que faz. Fala Chen trabalhou sua Dao Ming com uma presença tão grandiosa no cassino, que seus momentos fora dali pareceram simples e nem sendo a mesma pessoa, o que é interessante para a proposta da trama, ao ponto que a jovem soube ser intensa e sutil com a mesma personagem. Sinceramente achei uma pena utilizarem tão pouco Tilda Swinton com sua Blithe, pois sabemos do potencial da atriz, e ela foi meio que um enfeite rápido para alguns momentos da trama, que claro foram bem bons, mas dava para ousar mais com ela.
Visualmente a trama inteira filmada em Macau mostrou vários cassinos, um apartamento de luxo, algumas casas simples na beira do mar, e algumas dinâmicas em restaurantes requintados, não sendo um filme com tantas criações de ambientes, mas mostrando bem do jogo e do vício do protagonista, entregando momentos interessantes e cheios de dinâmicas dentro das locações escolhidas.
Enfim, é um longa simples, um pouco lento, que serve como passatempo sem esperar muito dele, aonde o diretor não mostrou seu potencial, e os atores acabaram mal aproveitados, o que acaba sendo um pouco decepcionante para falar a verdade. Então fica sendo assim a dica, e volto amanhã com mais outros filmes, então abraços e até logo mais.







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