No longa vemos que os quatro cavaleiros retornam para mais uma aventura alucinante. Dessa vez, os ilusionistas serão desafiados em uma jornada que envolve a joia mais valiosa do mundo. Ao lado de uma nova geração de ilusionistas, o quarteto se envolve numa trama repleta de reviravoltas e mágicas. Diante de uma empresa corrupta, que lava dinheiro para diferentes criminosos, os dois grupos se reúnem para derrubar a família que controla a companhia.
O mais interessante é que nenhum dos três filmes foi dirigido pela mesma pessoa, e nem a base do roteiro, ou seja, cada vez reinventaram mais e mais para que a entrega seguisse apenas os personagens e seus estilos, e o restante fosse criado quase que do zero, de modo que aqui Ruben Fleischer soube usar o que já fez em outros filmes seus, mas sem ser criativo o bastante como outrora, se mostrando mais seguro do que pertinente para uma trama envolvendo mágica que poderia ser abusada ao máximo. Claro que o filme tem alguns bons momentos, o bom uso da câmera em alguns ângulos e entregas que chegam a chamar atenção, mas como falei no começo ficou faltando aquele impacto que você quisesse aplaudir ou ao menos buscar seu queixo no chão, o que é uma pena, pois sabemos que o diretor tem estilo, e facilmente poderia ter ido bem longe com o orçamento em suas mãos.
Quanto das atuações me incomodou um pouco o fato de que muitos pareciam estar no automático, inclusive os novos personagens, de modo que os antigos mostraram suas personalidades com convicção máxima parecendo que gravaram o último filme algumas semanas atrás, mas faltou uma junção de os cavaleiros mesmo, para que todos fossem um só como a proposta pedia, e não cada um por si só. Jesse Eisenberg entregou seu J. Daniel Atlas ainda mais egocêntrico, aparecendo quase sempre em primeiríssimo plano, mas sabendo ter a responsabilidade cênica que isso pedia, de modo que até incomoda um pouco, mas nada que fosse diferente do que aconteceu nos outros filmes. Woody Harrelson já vem entregando esse Merritt até em outros filmes, de modo que precisa urgente de uma repaginada total para não soar o mesmo ator de sempre, afinal ele sabe ir além, mas aqui diverte ao menos. Dave Franco mostra que não envelheceu praticamente nada desde o primeiro filme, parecendo que seu Jack dormiu no formol e estando sempre pronto para jogar suas cartas à la Gambit entrega bons atos de correria, mas sem ir muito além. Isla Fisher fez falta no segundo filme por estar grávida, e isso foi bem inserido na trama de sua Henley Reeves, porém pareceu muito deslocada na trama, perdida com os truques, servindo apenas para o desenrolar da armadilha final, mas ficou meio sem eixo. E falando sem eixo, jogaram Lizzy Caplan com sua Lula apenas para não dizer que não a convidaram para aparecer aqui, pois foi mero enfeite cênico. Dito tudo isso dos antigos cavaleiros, vamos aos novos, e Justice Smith tem seu jeitão meio desengonçado, porém seu Charlie acaba sendo bacana e importante na trama, fazendo claro muitas explicações para tudo, mas serviu entretenimento. Já Dominic Sessa tentou ser um "líder" com seu Bosco, chegando a ter até uma leve "briguinha de galo" com Atlas, mas não conseguiu ir muito além, sobrando para Ariana Greenblatt com sua June dar as nuances mais dinâmicas, e chamar atenção na tela com uma boa entrega. Quanto da vilã Veronika Vanderberg que Rosamund Pike entregou, tivemos bons traquejos expressivos, e foi até bem entregue em suas cenas mais densas, mas ainda queria ver ela mais maldosa e imponente na tela. Por fim Morgan Freeman e Mark Ruffalo foram apenas participações, então nem vale falar nada deles, e se Ruffalo recebeu cachê trate de devolver.
Visualmente, embora eu sempre brigue com a Paris Filmes pelo excesso de longas dublados que coloca no mercado, ela é responsável por pegar filmes que incorporem bem os escritos no idioma dos seus devidos países, e aqui as aparições com os nomes dos países aonde os personagens vão se complementando nas imagens foi algo muito bonito de ver, tendo momentos de deserto, de leilões caros, de shows de mágica em pequenos e grandes ambientes, e uma Abu Dhabi mostrada cada vez mais rica e chamativa, aonde tivemos corrida de carros, tanques de areia, elevadores no meio do nada, e muito mais, além de uma mansão riquíssima de elos mágicos para chamar e brincar com o espectador.
Enfim, fui esperando ver uma nova Ferrari e me entregaram um novo Ônix, que cumpre a proposta de andar pelas ruas, mas não impõe o respeito que deveria, e sendo assim volto a frisar que se você não é fã da proposta nem arrisque a ir, pois não tem nada que vai fazer você saltar os olhos, recomendando mais ver o primeiro e o segundo do que esse para talvez se apaixonar mais, já os fãs da franquia ao menos poderão matar o saudosismo de ver novamente esse mundo nas telonas. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até lá.







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