O longa nos conta que Alma Imhoff é uma professora universitária apaixonada pela sua profissão. No entanto, ao receber uma notícia surpreendente, a sua vida é completamente transformada. Maggie Price, a sua aluna prodígio, realiza uma denúncia extremamente grave contra um de seus colegas de profissão. Enfrentando um grande desafio, além de precisar lidar com a acusação feita com Hank Gibson, Alma precisa tomar cuidado para que um segredo obscuro de seu próprio passado não venha à tona.
Ainda acredito que o diretor Luca Guadagnino deveria ter sido indicado a mais premiações por "Rivais" do que por "Me Chame Pelo Seu Nome", mas isso é uma opinião sobre o estilo e a desenvoltura que me convenceram bem mais na pegada do que por algo da narrativa em si, e aqui nesse longa em mais de um momento se fala em plágio, porém ainda acredito que a atriz e roteirista estreante Nora Garrett se baseou (ou plagiou) outra história que já vi bem recentemente ("O Bom Professor"). Porém, deixando isso de lado, o estilo do diretor de criar tensão ficou por conta da trilha sonora incomoda entremeada com o tema, afinal sabemos que essa dinâmica de certo ou errado nas relações, do "não" servir como uma boa desculpa do consensual ou não, e assim essas aberturas que o diretor acabou brincando foram bem floreadas na tela, de forma que até convence, mas volto a frisar que faltou seu diferencial, e aqui cairia como uma luva dar uma apimentada em tudo.
Quanto das atuações, é até engraçado ver Julia Roberts em um papel que não precisou ir além na tela, parecendo estar com muita segurança para que sua Alma não fosse insegura quanto de suas atitudes, e mesmo que isso seja algo bacana de ver com sua experiência monumental, ficou em alguns momentos parecendo até soar arrogante demais, o que não era do papel, até claro antes do ato final, ou seja, a atriz poderia ter passado alguns atos menos fechada para que tudo ficasse aberto para algo mais inseguro. Agora falando no quesito arrogância, faltou para Ayo Edebiri uma perspectiva menos imponente, afinal era a sua palavra contra outros muito maiores que ela, e sua personagem Maggie ficou como algo muito fora dos padrões, embora seja alguém muito rica, não poderia ter tanta suntuosidade na tela, então acredito que a atriz se jogou muito além da proposta, o que nesse filme não era algo que necessitasse tanto. O personagem Hank que Andrew Garfield entregou tinha mais para impactar e causar, de modo que o ator não foi tão usado quanto poderia, ou melhor, pagaram um cachê caro para um ator tão famoso, em um papel que qualquer ator jovem entregaria da mesma forma, ou seja, ficou devendo ele e o personagem. Quanto os demais, diria que tivemos algumas cenas bem colocadas de Michael Stuhlbarg com seu Frederik e Chlöe Sevigny com sua Dra. Kim, mas nada que fosse impactante o suficiente para dar grandes destaques para eles.
Visualmente posso dizer que estou muito feliz de ter visto o longa em casa, pois ele tem muitas cenas escuras que na maioria das salas de cinemas atuais nem veríamos nada na tela, mas diria que alguns ambientes bem ricos, mostrando a casa da professora como algo de altíssimo nível intelectual, tivemos alguns atos em salas de aula e salas de discussões, uma reitoria bem trabalhada, mostrando claro o nível da universidade, e também alguns atos em bares e lanchonetes, além claro do antigo apartamento da protagonista no cais, bem simples e praticamente sem nenhum móvel, quase como algo abandonado.
Enfim, é um filme que tinha mais potencial, afinal com um diretor renomado e um elenco de peso dava para ir muito mais além na tela, e discutir muito mais sobre tudo, ficando bem em segundo plano para causar como deveria, e nesse sentido talvez tenha sido o problema do roteiro ser de uma estreante no cargo. E é isso meus amigos, deixo essa recomendação como algo mediano, mas quem gosta de estudar um pouco das relações filosóficas pode ser que sirva de material, mas não vá esperando muito dele, senão irá se desapontar. Fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.







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