A sinopse nos conta que Mirco é orientado a procurar uma escola especial para Jason, seu filho autista. O garoto promete que irá se esforçar para permanecer na escola se seu pai ajudá-lo a escolher um time de futebol. No entanto, antes de tomar sua decisão final, Jason gostaria de conhecer os 56 clubes das três primeiras divisões de futebol do país.
O cinema alemão por si só já é diferente do normal que estamos acostumados a ver, então falar que conheço muitos filmes deles é algo completamente mentiroso, de forma que analisei hoje somente pelo que o diretor Marc Rothemund me entregou, que nada mais é que uma trama bonita, simples e simpática, aonde conhecemos mais do mundo dos autistas, vemos seus conflitos internos e até mesmo os conflitos para com seus familiares que acabam por vezes até os mimando demais. Claro que é algo subjetivo de entrega, e que mesmo sendo baseado em uma história real (a qual vemos os verdadeiros na tela durante os créditos) conseguiram transpor para a tela algo bacana de estrutura, aonde nada cansa, e mais do que isso, nos conecta na tela, o que é funcional e diferenciado. Ou seja, é o famoso filme que explicita o bullying que muitos jovens sofrem pela deficiência, mas que também mostra que incorporando eles nas atitudes comuns podem sair grandes gênios pela mente que não se desliga facilmente, e assim sendo o longa emociona e agrada bastante.
Quanto das atuações, é claro que tenho de falar logo de cara do jovem Cecilio Andresen que conseguiu fazer com que seu Jason fosse bem explosivo e cheio das nuances, trabalhando talvez um estilo que alguns jovens irão se conectar, mas que ao segurar o protagonismo para si, mostrou algo que vai muito além da personalidade, de tal forma que se ele realmente não tem o espectro, conseguiu representar muito na tela, agradando do começo ao fim. Florian David Fitz conseguiu trabalhar seu Mirco com uma intensidade bem colocada daqueles pais que até tentam entender a vida do filho, mas que trabalhando mais fora do que dentro, deixando as funções principais para a mãe, acaba vivenciando tudo com muita força quando passa a viver todo o caos, e o ator soube segurar bem a dramaticidade na tela, emocionando também em alguns bons atos. Ainda tivemos Aylin Tezel mostrando uma Fatime múltipla para cuidar dos filhos com as mil regras do garoto, enquanto o pai trabalha viajando, sabendo passar um bom ar de cansaço na tela, e sendo a mãe guerreira que muitos conhecemos, e também tivemos boas cenas com Joachim Król como o avô do garoto tendo boas dinâmicas e sínteses com o garoto.
Visualmente a equipe trabalhou bastante para levar os protagonistas para os vários estádios que aparecem no longa, com muitos jogos importantes que lotaram as arquibancadas do país, mostrando o fanatismo das torcidas, e claro todas as dinâmicas caóticas que alguém com autismo sofre nesses lugares, ainda tivemos a casa da família e também muitas cenas em trens levando eles de ponta a ponta do país. Ou seja, é quase um road-movie, mas numa formatação diferenciada.
Enfim, é um filme simples, mas quem gosta de tramas familiares, ensinamentos bem encaixados sobre pessoas diferentes, e claro de como o esporte pode mudar a vida das famílias, irão gostar bastante, então indico com certeza o play na plataforma. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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