No centro da trama está Padre Park, um médico que abandonou o jaleco pela batina, mas foi excomungado após enfrentar aquilo que sua antiga igreja se recusava a reconhecer: forças sobrenaturais reais e perigosas. Quando um antigo amigo, um monge guardião de um templo secreto repleto de magia ancestral, reaparece com um pedido urgente, Park é lançado de volta ao mundo que tentou abandonar. Sua missão é proteger um jovem ingênuo, mas dotado de poderes extraordinários, que se tornou alvo de seu próprio mestre corrompido pelas trevas. Para salvar o menino e enfrentar o mal em sua forma mais pura, o padre terá de encarar seus próprios demônios e redescobrir onde sua fé realmente habita.
É interessante observar que essa é a estreia do diretor Kim Dong-Chul, mas pelo primor entregue de traços tão marcantes, aonde a história foi bem desenvolvida e com nuances tão chamativas, certamente será encarregado das continuações, pois certamente a trama tem muito mais para contar com o que virá pela frente. Claro que muitos vão reclamar de não termos tanto desenvolvimento de personagens, aonde tudo vai se desenrolando e você meio que tem de descobrir quem é quem, mas isso já é algo bem tradicional no estilo de animação oriental, afinal na maioria das vezes o público-alvo são os fãs dos livros, porém aqui vamos pegando bem a essência de cada personagem, e o resultado acaba acontecendo e funcionando, mas ainda assim dava para o diretor ter trabalhado um pouco mais cada um para que tudo não ficasse tão abstrato para o público comum, e ainda assim a trama não se alongaria tanto, então fica sendo esse um pequeno deslize na tela.
Quanto dos personagens, como disse acima, não foram muito desenvolvidos para criamos carisma suficiente para acompanharmos eles, mas volto a frisar que o desenho e o formato de todos surpreenderam bastante, junto até de alguma textura na tela, de modo que o destaque fica para o Padre Park com seu corpo robusto, lutando com seu terço junto do chaveiro da garotinha que não conseguiu salvar no passado, tendo poderes com a cruz, a água benta e também um incensário, sendo bem imponente em seus atos, e chamando atenção nos momentos chaves. Do outro lado o Mestre Seo já desde o começo mostra seu lado mais amplo de rituais, mas quando se transforma por completo com seus vários braços e forças ficou bem chamativo para a batalha em si, tendo poderes bem marcantes na luta contra todos os demais guardiões. Quanto aos demais personagens, diria que a maioria teve algum ato chamativo para puxar a tela para si, mas não conseguiram ser tão imponentes, valendo um leve destaque para o guardião Joon, por aparecer mais no longa.
Visualmente o longa é bem puxado para tons avermelhados, mas nas batalhas cada personagem tem seu poder de uma cor mais forte bem chamativa, e como já disse, os traços dos personagens foram bem realistas com formas bem dimensionadas quase parecendo pessoas reais, mas que claro dentro de um estilo desenhado, o que deu a trama um estilo quase de videogame, mas funcional de movimentos e cheio de ambientes mais escuros e imponentes, com cenas de fogo e até contando com muito sangue na tela, ou seja, um impacto visual que a equipe de arte desenhou para chamar atenção realmente.
Enfim, é uma animação bem interessante, que surpreende pelas técnicas visuais e também pela história contada, que talvez vá fazer mais sucesso com os fãs do estilo, mas que não desapontarão quem for conferir apenas como um bom filme, então fica a dica para ir aos cinemas a partir do dia 02/10. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Cinecolor Films e da Luar Conteúdo pela cabine de imprensa, e volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.







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