A sinopse nos conta que quando o caderno de desenhos de uma jovem garota cai em um lago estranho, suas criações ganham vida — imprevisíveis, caóticas e perigosamente reais. À medida que a cidade se torna um caos, ela e o irmão precisam rastrear as criaturas antes que elas deixem danos permanentes.
Depois de muitos curtas, o diretor e roteirista Seth Worley conseguiu transformar um de seus últimos trabalhos em uma trama comercial longa para estrear bem no mundo dos filmes, porém precisou de alguns ajustes tanto no roteiro quanto na edição final, pois ao vender sua trama para a Angel Filmes, o curta que tinha uma pegada mais "dark" precisou dar uma maneirada para encaixar nos princípios da companhia, e claro ser lançado em grande escala, e isso é notável em alguns cortes do longa, pois temos monstros sanguinários, sedentos por mortes, que claro saíram da mente de uma garota perturbada pelo luto, e que num contexto maior ficaria algo bem mais assustador, e assim sendo, o resultado até tem certos engasgos, mas nada que atrapalhe o resultado final e o floreio escolhido para "amenizar" tudo. Ou seja, para um primeiro longa a trama é rápida e funcional, ao ponto que os cortes até funcionaram bem também para não "encher" de situações desnecessárias, agora veremos o que trará na sequência quando optar por algo mais próprio realmente.
O longa só veio em cópias dubladas, porém conseguiram manter bem os trejeitos dos personagens, e dificilmente o tom das vozes mudariam muito o resultado do filme, de modo que os adultos Tony Hale e D'Arcy Carden apenas foram enfeites com seus traquejos meio sem noção de seus Taylor e Liz, de tal forma que poderiam ser mais empáticos nas situações para convencer, e nas cenas com os monstros poderiam ter se espantado mais com o realismo para funcionar na tela. Já as crianças se jogaram por completo, com Bianca Belle trabalhando uma Amber bem séria, totalmente problemática com as situações, e sabendo se controlar pelos desenhos, com uma pegada bem marcante e cheia de imposição. Já Kue Lawrence fez de seu Jack um jovem até com uma personalidade mais adulta, mas com uma desenvoltura bem cheia de traquejos e entregas para as cenas que exigiram dinâmica e entendimento de causa para o rapazinho, e isso foi bacana de ver. Já em contraponto, Kalon Cox trabalhou seu Bowman exatamente como um pestinha deve ser, incomodando ao máximo os demais, sendo surtado de ideias malucas, e se jogando sempre a frente, chegando a irritar, mas sendo exatamente o que o papel pedia.
Visualmente já falei que o mais bacana da trama foi não criar monstros perfeitinhos, transpondo o visual dos desenhos para algo bem cheio de traçados feios e jogados na tela, de modo que parecessem realmente desenhados por crianças, e essa essência foi ainda incrementada pelos materiais (giz, lápis, canetinhas ou o que mais tivesse na composição do desenho), tendo as devidas facetas e formas de serem "apagados", brincando com o ambiente e não ficando algo muito realista, embora a violência visual funcionasse tanto para causar quanto também assustar, e assim agradou bastante todo o trabalho da computação e do misto com os atores. Aliás ao final do longa aparece um QR Code aonde os pais podem baixar o aplicativo para transformar os desenhos dos filhos em "monstrinhos", que é bem legal de usar.
Enfim, é um longa que facilmente dava para ir mais além, porém sairia do cunho lúdico que a Guilda Angel gosta de colocar em suas tramas, mas ainda assim não ficou algo chato de ver, e assim sendo a garotada na sessão curtiu o que viu, e os adultos não tiveram seus pensamentos tão poluídos pela essência de uma trama juvenil que poderia ser também bem mais cansativa, e assim sendo vale a recomendação para quem quiser levar os pequenos para um filme misto entre o infantil e o algo a mais, fazendo a transição para quem sabe um terror mais pesado depois. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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