A sinopse nos conta que uma escritora viaja até o complexo de um ícone pop que desapareceu anos atrás. Cercada por seu culto aos bajuladores, bem como por um grupo de colegas jornalistas, ela logo descobre seus planos distorcidos para a reunião.
Diria que a estreia do diretor e roteirista Mark Anthony Green em longas foi até bem chamativa, pois ele se posicionou forte no dimensionamento de como o líder iria se posicionar, como as multidões o seguiriam fortemente, todo o seu vínculo midiático, e do outro lado posicionou a jovem escritora como alguém fora da curva, que não se influenciou nem pelos peixes grandes, nem por tudo o que estava acontecendo ao seu redor, sendo bem direta e explosiva, de modo que o filme até lembra um pouco "Corra" pela pegada em si, mas usando um vértice diferente de estilo, aonde vemos toda a inquietação da protagonista por não se conectar com o que está ocorrendo, e ainda mais vendo todos os rumos que a "seita" vai rolando, o resultado acaba caindo em um gosto interessante, e mesmo sendo um pouco lento de dinâmicas ao final tudo se encaixa bem na tela, mostrando que o diretor tem personalidade e futuro no gênero.
Quanto das atuações, John Malkovich entregou seu Alfredi Moretti cheio de personalidade, com piadas até bobas demais, mas que encaixadas no estilão do protagonista acaba funcionando bem demais, afinal o ator sabe fazer bem papeis esquisitos, e aqui ele convence ainda mais com figurinos exagerados, traquejos abertos, e claro como já disse, um fechamento direto e marcante. Ayo Edebiri trabalhou sua Ariel com muita imponência, pois a jovem logo de cara já vê que algo normal não está acontecendo ali, e usando de um jornalismo investigativo vai enfrentando tudo e todos até seu limite máximo, e consegue dar as devidas nuances expressivas para que tudo fosse intenso e chamativo. Ainda tivemos outros bons personagens, mas diria que a maioria apenas riu enquanto podia, até ver que o molho azedava, mas sem dúvida quem fez trejeitos mais marcantes foi Amber Midthunder com sua Belle perseguindo a protagonista das formas mais insanas possíveis, e isso acabou dando destaque para ela, mesmo não figurando entre os personagens principais da trama.
Visualmente o longa é completamente maluco, pois vemos coisas da época da discoteca, vemos uma redação de uma revista bem tradicional, mas logo em seguida os personagens são levados para uma colônia completamente isolada, com nuances e regras próprias, com dinâmicas meio que surtadas e intensas, misturando algo meio ruralista com algo de seita mesmo, mas com propostas marcantes envolvidas pela mídia em si, ou seja, algo assustador, com cores fortes e figurinos bem chamativos.
Enfim, é um filme com uma proposta diferenciada, que muitos irão comprar a ideia achando ser até outra coisa, e por vezes até pode ser que desistam antes do final, porém vale a dica de ficar até o final e refletir em tudo o que acontece, pensando na proposta maior, e assim sendo o resultado acaba agradando mais do que o imaginado. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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