A Vida de Chuck (The Life of Chuck)

9/06/2025 03:23:00 AM |

Sabe quando você ama diversas partes de um filme, mas que ao juntar no todo você fica na dúvida se realmente apenas gostou do que viu ou se simplesmente o resultado não foi entregue como esperado? Essa certamente é a minha dúvida hoje ao acabar o longa "A Vida de Chuck", pois já começou de uma forma ao meu ver totalmente errônea de trás para frente para criar um mistério interessante que depois vamos praticamente colocando como algo meio puxado para um Alzheimer ou algo do tipo, pois os personagens desconhecem quem é Chuck, porém conviveram com ele na sua juventude e adolescência, ou seja, apenas estão perdidos com todo o fim iminente, depois o excessivo uso da narração para tudo, que até dá um certo charme para a trama, mas é irritante em alguns momentos como se falasse: "Coelho está digitando agora!" enquanto estou vendo o que está rolando, mas por vezes acaba com um tom bem contado que agrada, e por fim as belas cenas de expressividade do protagonista são tão belas e cheias de nuances que em contraponto com a ideia minimalista e ao mesmo tempo gigante com o calendário de Carl Sagan, e comparando arte com Matemática acaba tudo bagunçado demais dentro de um contexto todo. Ou seja, é daqueles filmes que vamos ver citações aos montes nas redes sociais, veremos as cenas inteligentes e bem alocadas, mas se um dia perguntarem o que achamos do longa é capaz de nem lembrarmos direito o que vimos, pois ao mesmo tempo que é reflexivo, também não agrega muito em nossa vasta caixa separada pelas orelhas, e assim sendo é uma pena, pois dava para ir bem mais além com tudo o que tinham tanto em história quanto em elenco.

O longa apresenta a extraordinária história de um homem comum. A jornada de Charles "Chuck" Krantz é contada de forma única e emocionante, misturando gêneros para explorar os altos e baixos da existência humana. Ao longo de sua vida, Chuck vive o encanto do amor, a dor da perda e descobre as muitas facetas que existem dentro de cada um de nós.

Confesso que é estranho demais ver um diretor tradicional de filmes e séries de terror como Mike Flanagan e um roteirista de tramas densas como Stephen King trabalhando juntos em um drama com pegadas romantizadas, pois é algo quase impossível de se imaginar dando certo, mas de certo modo conseguiu vender muito bem pelo trailer, afinal parecia ser uma história lúdica, emocionante e que nos levaria quase a florear na sala depois de uma alta brisa de cogumelos, porém esqueceram de dizer que quem comeu os cogumelos foi o diretor, e ele nos entrega algo meio que confuso e conflituoso demais para uma trama com filosofias e símbolos, aonde as devidas intensões até chamam atenção, mas que pelos motivos que citei no começo não trazem o sentimento forte para o espectador em si, e assim sendo saímos da sessão esperando aquele algo a mais que não acontece, e por si só já desanima, o que é uma pena, afinal fui esperando sair maravilhado com tudo, e apenas sonhei com as belas cenas que a trama tem (e que não são poucas!).

O mais engraçado é pensar que o longa poderia ter ido muito mais além com o elenco que tinha, afinal contando com o protagonista Chuck sendo interpretado por um Tom Hidlestone dançando como nunca, mostrando um carisma sério, porém cheio de grandes facetas, o jovem Benjamin Pajak dançando melhor ainda, e tendo conversas cheias de nuances na tela com todos os demais personagens, parecendo ser até adulto demais com tudo o que aconteceu, mas tendo um sentido artístico perfeito, e Jacob Tremblay que sabemos o quanto é maravilhoso, porém pegando o momento da juventude do personagem aonde está mudando sua forma de tudo, e assim apenas deu as devidas entregas expressivas para os momentos mais fechados do papel, não tinha como ter falhas, afinal o trio encantou. Ainda tivemos The Pocket Queen como a baterista Taylor numa entrega rítmica tão marcante e chamativa que imprimiu uma cena grandiosa fazendo o que mais sabe fazer. E falando nessa cena, parecia que Annalise Basso entregaria uma Janice totalmente depressiva, mas se jogou por completo na dança com o protagonista e agradou demais com a desenvoltura. Os papeis de Chiwetel Ejiofor com seu Marty Anderson, Karen Gillan com sua Felicia Gordon e Carl Lumbly com seu Sam Yarborough no terceiro ato (que é o primeiro a ser mostrado) tiveram uma pegada de fim do mundo tão intensa, que chegamos a entrar no clima com eles e ao sermos transportados acabamos envolvidos no que desejavam passar, não recaindo para traquejos fáceis, mas também não se doando nos diálogos e sim na forma marcante do desespero pelo fim, fora não reconhecerem o rapaz que conheciam do passado. E por fim claro que temos de falar das poucas, mas belas cenas de Mia Sara com sua Sarah Krantz e Mark Hamill com seu Albie Krantz que trabalharam doçura nelas, sendo bem marcantes tanto para a vida futura do garoto na dança, na contabilidade e na vida.

Visualmente a trama teve uma pegada bem interessante com o terceiro ato mostrando um fim do mundo extremamente depressivo e cheio de nuances, com o apagar das estrelas, da energia, do colapso mundial da natureza, mas ainda assim conectando algumas pessoas e claro com as devidas homenagens estranhas para o tal Chuck, aparecendo nos lugares mais improváveis possíveis até mesmo nas janelas das casas. Já no segundo ato o detalhe ficou para a charmosa rua com a bateria dominando o ambiente e os jovens dançando, depois uma bela fonte, mas tudo sem detalhes minuciosos, apenas um grande público, e o show acontecendo. E no primeiro e último ato, tudo se fecha na escola e na casa vitoriana, com as muitas aulas de dança, o baile tradicional e claro o sótão fechado com toda a história macabra. Ou seja, a equipe de arte teve um trabalho bem mostrado, mas talvez pudesse ter sido mais simbólica nas nuances e acrescentado algo a mais para chamar melhor a atenção do público.

Enfim, é um filme melancólico, que conta com cenas belíssimas, porém que esquece do principal que é fazer o público sentir algo no fechamento, e nem a reflexão completa consegue isso, o que é uma pena, pois o longa valeria ter ido muito mais além. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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O Rei da Feira

9/05/2025 09:46:00 PM |

Costumo dizer que é raro ser surpreendido por filmes nacionais com pegada cômica, pois ou exageram demais para ficar dentro do pastelão forçado ou então acaba virando uma novela que não faz rir ou o pior estilo possível quando recai para o lado de esquetes, mas pelo trailer, "O Rei da Feira", não parecia se encaixar em nenhum desses tipos, então eis que fui conferir para saber qual era a pegada, e cá estou hoje digitando bem feliz com o que vi na telona, pois tem toda uma boa entrega investigativa de um modo bem sacado, sem forçar a barra para fazer rir, e deixando que o longa flua sozinho, tendo dinâmica e principalmente não sendo parecido com nada que já assistimos, ainda mais no cinema nacional. Ou seja, é um filme diferenciado que soube brincar com as facetas que tinha, sem entregar algo necessariamente caro, com pouquíssimas locações, mas que não falha em ser simples, aonde até mesmo as dinâmicas que pareciam ser forçadas se desenvolvem e agradam na tela. Pena que não caiu no gosto popular, pois na sala só tinha eu, pois acredito que muitos outros vão entrar na onda e curtir a entrega.

A sinopse nos conta que quando um feirante é misteriosamente assassinado, entra em cena Monarca, um detetive nada convencional, que mistura seu faro investigativo com dons paranormais... e um certo talento para se meter em confusão. Ao lado do espírito tagarela da própria vítima, o Bode, ele vai encarar uma investigação cheia de barracos, fofocas e revelações no meio da feira mais agitada do Brasil.

O bacana do diretor Felipe Joffily é que estando no meio cômico já há um bom tempo, ele sabe aonde desenvolver mais ou menos cada situação na tela, e conhecendo bem o protagonista também pode brincar com o básico bem feito, mas o que foi mais interessante aqui foi sair do eixo tradicional, pois a trama de Gustavo Calenzani pedia algo que brincasse com o lúdico/paranormal sem que ficasse bobo demais, mas também sem ser sério, e a escolha pelo traquejo social acabou sendo a melhor opção para que tudo chamasse atenção e divertisse sem causar danos morais também. Ou seja, é o famoso pacote que sai do comum, mas que tendo pegada agrada demais na tela.

Quanto das atuações, volto a frisar que quando Leandro Hassum emagreceu aos montes acabou ficando chato, perdendo sua veia cômica, e agora nessa opção de filmes variados, vem voltando para algo que chamasse atenção e agradasse divertindo com uma boa pegada que seu Monarca acaba tendo na tela, sendo intenso e cheio de boas facetas expressivas. Outro que não conhecia, mas que brincou e agradou demais foi Pedro Vagner com seu Bode cheio de boas sacadas, com personalidade nos trejeitos, e que principalmente não deixou que ficasse artificiais os seus momentos, parecendo realmente conhecer desse meio mais interiorano cheio de sotaques, e que sendo um belo incômodo para o protagonista acaba se desenvolvendo na tela e chamando o filme para si a todos momentos. Ainda tivemos outros bons personagens feitos com intensidade por cada um dos atores da trama, mas não tendo algo chamativo em si por suas atuações, e sim mais pela personalidade entregue aos devidos papéis, com destaque para a jovem maluca do necrotério que faz suas lives abrindo os cadáveres e explicando de forma inusitada como aconteceram as mortes.

Visualmente a trama foi bem simples na tela, tendo a base na feira com poucas barracas, mostrando mais a de carnes do protagonista bem rodeadas de moscas, o bar aonde ele come seu almoço deixando a buchada para ser feita, e um velório festivo no melhor estilo do churrascão aonde o investigador interroga os suspeitos da feita, além claro do necrotério, mas tudo sem grandes detalhes ou chamarizes para funcionar mais pelo roteiro em si do que pelos elementos usados, sendo tudo bem moldado para as dicas, e o resultado acabando aparecendo fácil.

Enfim, é algo que realmente não esperava gostar tanto do que vi, que até tem seus leves defeitos, mas que se encaixa tão bem na tela, com uma trilha sonora bem pegada e interessante para dar o clima, que ao final já estamos até bem íntimos dos personagens curtindo a entrega na tela. Então fica a dica para a conferida, e que venham mais filmes diferenciados dentro do nosso cinema nacional, pois já cansamos das mesmices. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas ainda vou conferir mais um longa hoje, então abraços e até logo mais.




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Invocação do Mal 4: O Último Ritual (The Conjuring: Last Rites)

9/05/2025 01:29:00 AM |

Quem me conhece sabe que gosto daqueles terrores que fazem você sair da sessão do cinema arrepiado na última sessão com medo de ir pegar seu carro no estacionamento, olhando para todos os lados antes de seguir, mas também sou fã daqueles com conteúdo histórico ou o famoso baseado em fatos reais, como é o caso da franquia "Invocação do Mal", porém com o detalhe de que gosto bem mais dos dois primeiros dirigidos por James Wan, do que o último e esse que ficaram nas mãos de Michael Chaves, não por serem ruins, muito pelo contrário, ambos são bem interessantes, com o anterior sendo bem tenso, e esse novo algo mais histórico e cheio de facetas para dar uma visão da vida dos demonologistas conectando eles de um dos seus primeiros casos até o "último" que é mostrado na tela, porém o motivo de ser apaixonado pelos primeiros é o acontecer, os sustos, as dinâmicas em si, o que para o novo diretor não é tão primordial. Ou seja, se você morre de medo dos espíritos, demônios e tudo mais que casualmente lhe faça fugir do estilo, esse seria um bom exemplar para conferir sem causar tanto em sua vida, mas do contrário, apenas vá para ver o "encerramento" ao menos das histórias com os protagonistas, afinal já foram bem gastos, e tiveram seus principais casos mostrados, com os demais sendo menos explosivos.

Neste último capítulo, os Warren enfrentam mais um caso aterrorizante, desta vez envolvendo entidades misteriosas que desafiam sua experiência. Ed e Lorraine se veem obrigados a encarar seus maiores medos, colocando suas vidas em risco em uma batalha final contra forças malignas.

Diria que o diretor Michael Chaves até foi bem moldado e conseguiu seguir os passos de James Wan, porém aqui ele precisava ter trabalhado mais os sustos e as dinâmicas para causar, afinal o público fã da franquia quer ter medo, quer sair impactado da sala, e aqui ele contou história demais, ao ponto que seu filme tem praticamente dois filmes, com o primeiro desenvolvendo toda a história da filha, do casal e tudo mais, e da casa em si, para depois tudo se conectar e o milho começar a explodir da pipoca, o que não é ruim, afinal já falamos tantas vezes reclamando da falta de história em terrores, mas como esse caso foi colocado como sendo o último da franquia, faltou não ser apenas uma homenagem aos demonologistas, e sim algo que ficasse memorável na mente dos fãs, e esse não é o estilo do diretor, tanto que até comentei com um amigo, que a mesma história nas mãos de Wan ou qualquer outro bom diretor de terror, faria o público sair tremendo da sala do cinema, enquanto o que ocorreu foi apenas um bacana, vamos pra casa. 

Quanto das atuações, o estilo e a química de Vera Farmiga e Patrick Wilson é perfeito demais para seus Lorraine e Ed Warren, de tal forma que eles não querem mais tanto focar nos personagens em suas carreiras, mas facilmente se os diretores e produtores vierem com carinho arrumariam mais alguns casos tensos para mostrar nas telonas, pois ambos entregam personalidade, força expressiva e olhares como nenhum outro consegue fazer tão facilmente, e assim sendo será até triste nos despedirmos deles nos papeis. As versões jovens dos protagonistas feitas por Orion Smith e Madison Lawlor também foram bem chamativos, conseguindo dominar o ambiente e dosar expressões, com o rapaz sendo incrivelmente parecido com Patrick, mesmo sem ter nenhum parentesco. A jovem Mia Tomlinson nos cansou um pouco com seu diálogo repetitivo para fugir dos demônios, mas expressivamente ela soube se entregar bem nos atos de sua Judy, sendo doce de estilo e surtada quando precisou, conseguindo chamar bastante atenção em sua estreia nas telonas. Ainda tivemos Ben Hardy trabalhando seu Tony com uma leve insegurança que o papel pedia, mas sabendo ser coeso e cheio de traquejos quando precisou, Steve Coulter voltou com seu Padre Gordon de tantos outros filmes da franquia para um ato bem marcante e intenso, e claro temos de falar da família Smurl muito bem representada por Elliot Cowan, Rebecca Calder, Beau Gadsdon e Kila Lord Cassidy nos papeis do pai, mãe e as duas filhas mais velhas que vão sofrer com o demônio e fizeram boas caras de espanto nos devidos atos.

Visualmente a trama foi muito bem elaborada, de modo que chegamos a sentir os anos 80 na tela de um modo bem interessante, e que claro usando efeitos práticos, os movimentos chegam a ser ainda mais assustadores conforme vão acontecendo na tela, mostrando bem uma festa na casa dos Warren, seu museu de objetos endemoniados, e do outro lado a casa dos Smurl (ou melhor sua primeira casa, pois segundo o caso real, eles mudaram várias vezes até conseguir ter o exorcismo liberado pela Igreja, o que não é mostrado no longa!). O bacana que a equipe de arte do filme fez foi dar um ar envelhecido para tudo, além claro de muitos objetos e roupas da época, brincando com os tons e que sem precisar puxar para um lado mais escuro causar na tela. Ou seja, a dinâmica entre arte e fotografia funcionou bastante, e representou com seus devidos símbolos e mensagens.

Enfim, é o famoso filme de homenagem e fechamento que muitas franquias dramáticas e/ou românticas gostam de entregar, ao ponto que tudo tem seu desfecho bem encaixado, todo o lance do casamento, do novo dono do museu e tudo mais, mas que para uma franquia de terror talvez um algo mais marcante chamaria muito mais atenção e causaria como deveria. Volto a frisar que não ficou ruim, muito pelo contrário, é algo bonito de se ver na telona, mas que passa longe de ser uma trama que indicaria quando alguém me pedisse um terrorzão. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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Amazon Prime Video - Missão Resgate: Vingança (Ice Road: Vengeance)

9/04/2025 01:47:00 AM |

É interessante ver que continuações podem fluir de forma tão aleatória quanto o imaginário dos diretores, pois a origem do longa "Missão Resgate" era dos caminhoneiros tentando chegar em uma mina para levar canos pelo gelo de forma complexa para salvar os mineiros, até aí beleza, aconteceu, mas teve outras confusões no meio do caminho, e originalmente o longa chamava Ice Road, ou seja, Estrada de Gelo. Pois bem, vamos a continuação que surgiu do além na Amazon Prime Video, sem nenhuma propaganda, chamariz ou coisa do tipo, vindo como "Missão Resgate: Vingança", e você fica pensando aonde está o resgate, é vingança de que, afinal o protagonista está indo para o Everest levar as cinzas dum irmão morto em combate, que nada tem a ver com o primeiro filme, a confusão se dá com um mercenário que está caçando a família de um dono de terras de lá, e não estão resgatando ninguém, nem vingando ninguém, ou seja, o pessoal se perdeu nos nomes de filmes, apenas colocando o personagem Mike McCann e não sabiam como chamar, e jogaram isso na tela. Pronto, feito meu desabafo sobre o nome do filme, vamos ao que é entregue na tela, afinal é um bom passatempo para quem curte as tramas corridas contendo Liam Neeson, cheio de presepadas malucas (aqui os mecânicos de ônibus/caminhão irão ter um surto coletivo, já adiantando que o protagonista troca um eixo inteiro em menos de duas horas, detalhe não de filme, mas sim de tempo que o cara fala que durou o espaço-cênico, com um rapel tirando o eixo de outro veículo que caiu em um precipício), mas que no final acaba sendo bacana de conferir, então não é nada impressionante, porém bem trabalhado se não for conferir esperando uma continuação do original.

No longa vemos que Mike McCann é um caminhoneiro de carga pesada que, ainda sofrendo com um trauma, viaja até o Nepal para cumprir o último desejo do irmão mais novo: espalhar suas cinzas no Monte Everest. A bordo de um ônibus comandado por Dhani, uma habilidosa guia turística, Mike pretende realizar a travessia perigosa da Estrada para o Céu, que leva ao alto da montanha. O que, porém, deveria ser uma despedida familiar se transforma num pesadelo quando o caminhoneiro esbarra nos planos de um grupo de mercenários inescrupulosos. Agora, junto com sua guia, Mike precisa lutar para sobreviver e proteger os passageiros, impedindo uma ameaça maior do que imagina envolvendo as terras de um povoado local.

O mais interessante é que em 2021 já tinha falado que o diretor Jonathan Hensleigh não era muito conhecido pelas suas direções, mas tinha seu nome assinado em produções incríveis do passado, mas aí ele me vem e faz uma continuação de sua obra, sem ser uma continuação efetivamente e nos dá uma mancada dessa? Claro que a ideologia do cara ser um caminhoneiro de nível máximo lhe dá o gabarito de pilotar bem um ônibus, saber alguns elementos de mecânica e tudo mais, mas o que ele põe aqui em suma apaga completamente tudo o que vimos quatro anos atrás, e simplesmente vemos algo novo, que volto a frisar de não ser ruim, mas mudasse o nome, isso é tão fácil, já vimos outras histórias que o personagem principal reaparece, já vimos ideias aonde tudo se encaixa em multiversos, mas trazer algo sem conexão com o mesmo nome, apenas por envolver o personagem e seu jeito de pilotar caminhões e ônibus foi forçar a barra. Dito isso, nem vou falar que espero um desfecho de trilogia que ele deixou ponta, pois é capaz de agora se rolar um casório vai pegar e consertar um navio em movimento.

Sinceramente já nem sei mais quando Liam Neeson está atuando ou está brincando em cena, pois depois que acabou funcionando em uma comédia, aqui seu Mike McCann até soa leve, e até destoa no sentido de um filme ter o subtítulo vingança, pois poderia ter demonstrado mais seu lado revolto que já vimos em outros filmes, de forma que sua nova versão bom moço, meio calmo demais para a idade não é tão imponente, mas claro que ele atirou bastante, deu uns bons socos e fez o que precisava pro filme ter ao menos sua assinatura. A atriz Bingbing Fan já mostrou em outros filmes que luta demais, e aqui sua Dhani tem também uma pegada meio calma, que quando os bandidos vem pra cima não desaponta, e assim sendo consegue chamar a atenção para o que deveria, mas claro que sem trabalhar muitos diálogos, o que é uma pena. Ainda tivemos Saksham Sharma com seu Vijay sendo a famosa vítima que apanha bem, mas não morre, e Grace O'Sullivan que acostumou tão rápido com a morte de seu pai em cena, que não sei se a personagem ainda não descobriu, ou simplesmente estava ali esperando acontecer, pois logo em seguida já está aprendendo a lutar, mas sem dúvida o vilão vivido por Mahesh Jadu é o famoso fala muito e faz pouco, não empolgando e nem sendo imponente em tela, ou seja, o elenco de apoio não apoia o filme.

Visualmente a trama fica bem dentro do ônibus, que é bem chamativo para aparecer bem nas cenas intensas do Everest, com suas estradas minúsculas na beira do precipício, tivemos muitas coisas improváveis de se ver acontecendo como a troca de eixo rápida, a desmontagem quase que inteira, as explosões e tiros sem pegar em quase ninguém, alguns casebres, e claro toda a rampa enorme que o ônibus e o carro descem com cabos, sendo tudo interessante de se pensar, mas difícil de acreditar.

Enfim, é o famoso passatempo que talvez funcionasse melhor na telona, pois em casa você não entra tanto no clima como aconteceu com o primeiro filme, fora toda essa loucura de uma continuação que não usa praticamente nada do seu antecessor, e assim sendo tem de conferir relevando muita coisa para não reclamar de tudo, e assim sendo fica uma dica meio que em cima do muro. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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