Mergulho Noturno (Night Swin)

1/19/2024 09:41:00 PM |

Olha, tem vezes que vejo alguns filmes de terror tão estranhos que fico me perguntando o motivo de assistir, e hoje foi bem dessa forma para conferir "Mergulho Noturno", pois a trama é tão sem eira nem beira que ficamos até tentando torcer para os personagens saírem do conflito todo, mas tudo acaba sendo meio bobo, com uma explicação meio sem sentido do "monstro" da água, de tal forma que até pode ser funcional toda a pegada do temagami, mas não vai muito além, sendo claro que vale a ideia de um sacrifício pelo outro, e assim o resultado ao menos flui. Ou seja, passa bem longe de ser um filme que marque quem conferir, mas dava para fazer mais sentido e/ou assustar pelo menos.

A sinopse nos conta que Ray Waller é um ex-jogador da liga principal de beisebol que foi forçado a se aposentar precocemente em função de uma doença degenerativa. Ele muda para uma nova casa com sua preocupada esposa Eve, a filha adolescente Izzy e o filho Elliot. Ray, que no fundo ainda espera, contra todas as probabilidades, voltar à liga profissional, convence Eve de que a cintilante piscina do quintal da nova casa pode ser uma diversão para as crianças e uma ótima alternativa para as sessões de fisioterapia dele. Mas um segredo sombrio do passado da casa vai desencadear uma força malévola que levará a família ao terror mais profundo e inevitável.

Diria que o diretor e roteirista Bryce McGuire até tentou entregar um suspense/terror interessante, mas se perdeu na ideia completa para que seu curta de estreia virasse um longa perfeito, pois acabou ficando alongado e estranho mesmo tendo apenas 93 minutos. Ou seja, ele pegou a ideia original e trabalhou ela com mais personagens, uma nova família e tudo mais, mas os jovens pareceram não se entregar por completo, o que acabou ficando mais abstrato que o normal, mas ao menos não deixou aberto a ideia, pois aí sim eu sairia revoltado da sessão, porém faltou talvez a explicação ser mais no começo para que a explosão funcionasse melhor.

Quanto das atuações, Wyatt Russell trabalhou seu Ray com uma pegada meio que heróica de ex jogador, cheio de pompa no treino das crianças, e foi curado bem rápido pela água da piscina, mas diria que seus atos finais poderiam impactar um pouco a mais para que tudo tivesse um certo charme, de modo que o resultado de seus trejeitos acabaram ficando mornos demais. Já Kerry Condon deu para sua Eve um certo ar desesperado que funcionou bem no que a trama pedia, mas como disse talvez se descobrisse antes, tudo poderia impactar e até às desenvolver mais, mas ao menos não ficou parada, e assim chamou atenção. Quanto dos jovens, diria que Amélie Hoeferle com sua Izzy e Gavin Warren com seu Elliot até trabalharam bem seus trejeitos de medo e espanto, criando atos intensos na piscina e fora dela, o que acabou chamando atenção e claro dando alguns arrepios, mas como não foram tão usados no contexto completo, acabaram não indo muito além. Quanto aos demais, vale apenas dar um leve destaque para Jody Long como uma velhinha inicialmente simpática nos atos finais, mas quando botou pra ferver, ficou bem feia e intensa.

Visualmente a trama não teve muitos símbolos, sendo uma casa bem tradicional americana, ampla, de dois andares, mas que praticamente tudo acaba rolando mesmo na piscina, tendo alguns atos até bem escuros, mas sem perder o foco ou precisar disso para assustar, só o monstro da água que poderia aparecer melhor e ser mais impactante, mas a equipe teve de trabalhar debaixo da água, então fizeram o que puderam.

Enfim, é daqueles filmes que poderiam facilmente ir bem mais além, mas acabou se perdendo ao transformar um curta metragem em longa, e o único que conseguiu esse feito de ficar perfeito foi "Jogos Mortais", ou seja, nunca façam isso! E assim sendo não diria que recomendo o longa, pois acabou ficando abaixo de mediano, então vamos para mais uma sessão, que quem sabe dou sorte de dormir feliz hoje, deixo vocês com meus abraços e volto mais tarde para falar o que achei dele.


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