Netflix - Lift: Roubo Nas Alturas (Lift)

1/13/2024 06:37:00 PM |

É até engraçado ficarmos pensando nas milhas que a equipe da Netflix junta quando entrega suas produções gigantescas, pois na maioria das vezes seus filmes mais chamativos de ação se passam em pelo menos umas 6 cidades diferentes aonde tudo vai ocorrer e impactar. E o nome da vez é "Lift: Roubo Nas Alturas" que entrega uma trama interessante de assalto por uma gangue especializada, aonde tudo é bem trabalhado dentro das nuances do estilo, com a seleção de membros, a negociação, o ato em si e claro toda a desenvoltura que muda tudo dentro das perspectivas pensadas pelo espectador. Claro que o filme tem cenas gigantes, muita intensidade e toda uma história até que bem desenvolvida, mas é basicamente um grande passatempo, daqueles que as cenas acontecem e entregam toda uma trama interessante, mas sem nada que fosse realmente marcante, ou seja, é daqueles que fazem o tempo de tela valer, divertem bastante, mas que no final foi apenas algo legal de ver, não sendo algo que vamos esperar uma continuação ou que tivesse sido marcante em nossas vidas, mas que vale o play ao menos num dia chuvoso como o de hoje.

A produção segue um grupo de criminosos internacionais liderado por Cyrus e contratados por sua ex-namorada, Abby, uma agente federal, para que cumpram uma missão ambiciosa: roubar meio bilhão de dólares em barras de ouro que estão sendo transportadas para uma célula terrorista. Para deixar tudo ainda mais insano, a carga está sendo transportada em um Boeing 777 que parte de Londres rumo a Zurique, e eles devem roubá-la em pleno vôo.

O diretor F. Gary Gray é daqueles que gosta de desafios cheios de intensidade, tanto que fez "Velozes e Furiosos 8" ser um sucesso mesmo após toda a explosão do longa anterior, e aqui lhe deram uma ideia bem pautada com um estilo misto entre muitos outros que já foram feitos pela Netflix, colocando roubo de artes, assalto com grande risco e toda uma pegada policial por várias cidades do mundo, e claro que ele não desapontou trazendo tudo para sua realidade expansiva e fez jus ao grande orçamento para brincar com o público em algo que de certo modo parece elaborado até demais para os atores escolhidos, mas que ele conseguiu fazer tudo ficar mais simples e objetivo ao ponto de ficar leve e gostoso. Ou seja, ele pegou algo que poderia virar um dramão pesado de assalto e fez uma ação divertida e inusitada, aonde o público certamente irá curtir cada ato esperando o próximo ser ainda maior, e claro tendo um desfecho que poucos iriam pensar, mas que funcionou muito bem para a ideia completa.

Quanto das atuações, um grande ponto positivo na mudança da carreira de Kevin Hart foi sair das comédias bobas e se entregar para tramas com mais ação, pois ele ainda pôde colocar suas piadas na desenvoltura e tem um estilo bem marcante de líder como fez aqui com seu Cyrus, de modo que acaba entregando boas dinâmicas, lutou até que bem e convenceu com o que fez na tela. Diria que papeis de agentes caem bem no estilo de Gugu Mbatha-Raw, pois ela tem uma personalidade meio que policial, e aqui sua Abby chama bem a atenção na tela e consegue segurar a atenção junto do protagonista, fazendo bons atos. Só achei que faltou desenvolver um pouco mais os demais personagens da equipe, pois eles parecem apenas jogados, fazendo suas esquetes e aparecendo para dar as devidas quebras, mas sem fluir muito na tela, de modo que já temos um perfil clássico de arrombadores de cofre para a Netflix, com Billy Magnussen fazendo um Magnus bem semelhante ao outro jovem dos filmes do Snyder na companhia, Úrsula Corberó bem encaixada como a piloto Camila e Yun Jee Kim bem encaixada como a hacker Mi-Sun, já Vincent D'Onofrio acabou forçando um pouco demais com seu Denton e Viveik Kalra acabou ficando bem em segundo plano com seu Luke. Quanto dos vilões Jean Reno tem jeitão de chefão do mal com seu Jorgensen que poderia ter ido mais além, e Burn Gorman trouxe boas lutas para seu Cornac, mas nada de surpreendente no estilo. Ainda tivemos Sam Worthington como chefe da agente, mas com algumas cenas bem jogadas, que não mostraram nada demais que o ator sabe fazer.

Visualmente eu sei que é caro fazer filmagens nos ares com aviões, mas o pessoal da computação gráfica precisa dar uma melhorada em algumas modelagens para que algumas cenas não fiquem falsas demais, mas tirando esse detalhe em alguns atos externos, tivemos muita criatividade nas cenas internas mostrando um avião riquíssimo de várias classes, vemos um outro jato todo tecnológico com telas, e tudo mais controlado por controle remoto, e claro leilões riquíssimos, muitas cenas em várias cidades e desenvolturas, um pouso na neve e numa ilha, ou seja, tudo bem preparado para chamar atenção na tela.

Enfim, é um filme que segue bem o padrão das tramas de ação da Netflix, colocando comicidade, muitos personagens que são pouco usados e uma intensidade bem colocada na tela para divertir seu público com muita interação nos atos, que talvez daqui alguns dias nem lembremos direito dele, mas que como um bom passatempo funciona, então fica a dica para dar o play. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas hoje ainda devo ver mais um filme, então abraços e até logo mais.


0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...