Amazon Prime Video - O Jogo do Disfarce (Role Play)

1/14/2024 08:14:00 PM |

Classificar um estilo de filme é uma tarefa que depende muito do gosto do programador do streaming, do diretor e até mesmo do site, pois o longa da Amazon Prime Video, "O Jogo do Disfarce", na plataforma está como comédia romântica, no IMDB está como ação romântica e em alguns sites nacionais está como suspense de ação, e eu colocaria como romance policial bobinho, pois a trama tenta criar uma dinâmica de assassinos, com uma pegada meio que jogada na tela, aonde não vemos nada de comicidade, quase nada de romance, e muito menos um suspense propriamente dito, sendo algo comum entre duas pessoas, que mantém um segredo grande do marido e quando descobre vemos que é a própria família da moça que está querendo matar ela, meio que quase a mesma ideia que vimos em "Plano em Família", só que lá tudo acaba sendo mais divertido, tudo tem mais interação entre os personagens, enquanto aqui é tudo tão rápido e meio que direto demais, que nem chegamos a criar carisma com os personagens, e isso acaba sendo chato, pois nem fazer rir realmente faz, ou seja, faltou tudo para que fosse algo chamativo realmente, sendo mediano apenas pelas boas atuações em alguns atos de luta, mas nada que impressione na tela.

A sinopse nos conta que Emma leva uma vida comum com o marido Dave e seus dois filhos em Nova Jersey. Porém, a mulher esconde um segredo chocante: ela é, na verdade, uma assassina de aluguel. Uma noite, querendo apimentar a relação, o casal decide ir até um bar - eles só não esperavam que seus caminhos cruzassem com o de um homem misterioso que sabe sobre a vida dupla que Emma tenta esconder. Quando a verdade vem à tona, a assassina passa a ser perseguida tanto pelas autoridades como por outros criminosos, mas David está disposto a fazer de tudo para salvar a esposa.

Diria que o diretor francês Thomas Vincent não entendeu muito da comicidade americana do roteiro de Seth W. Owen e acabou entregando um filme que não se desenvolve na tela, sendo praticamente uma resolução direta e não tão funcional, e para piorar, como falei no parágrafo inicial, o longa tem muito da ideia de outro filme lançado nesse ano, só que muito melhor, de tal forma que ficou parecendo que aqui apenas tiveram a ideia e lá resolveram ela, ou seja, faltou criar dinâmicas, desenvolver mais a personalidade do casal e da assassina, mostrar mais casos seus e aí sim no final explodir tudo, pois basicamente a moça conta tudo no café e pronto, já vão presos pra casa da madrasta e acontece tudo, sendo apenas uma leve surpresa a cena do abraço, pois ali eu não pensei na possibilidade, e então ficou chamativo ao menos. Ou seja, faltou um pouco de tudo para que o filme saísse de algo mediano e realmente chamasse atenção, e infelizmente a culpa não foi dos atores, mas sim de um roteiro fraco e de uma direção não muito inspiradora.

E falando das atuações, é notável que Kaley Cuoco se entregou bem para sua personagem Emma/Anna, criando atos bem explosivos, se jogando em lutas corporais e mandando ver nos olhares e trejeitos no ato que é realmente a marca do nome do filme que é o jogo dela com o marido no hotel, mas depois sua síntese acaba sendo rápida demais com a madrasta e acaba não fluindo tanto, de modo que ela apenas fica correndo e atirando. David Oyelowo até tentou trabalhar um pouco sua comicidade com seu Dave, mas não é bem seu estilo, então acabou sendo apenas alguém que fica na dependência da protagonista e não fluiu muito na tela, claro que por parte de um texto ruim que lhe deram. Agora quem surpreendeu e deveria ter tido mais tempo de tela é Bill Nighy com seu Bob, de modo que seus atos no hotel foram intensos e bem colocados, com o ator trabalhando ares mais sacados e bem encaixados para que sua comicidade não ficasse jogada, e isso funcionou muito bem na tela. Ainda tivemos muitos outros personagens secundários, mas claro que a dinâmica maior acabou recaindo para Connie Nielsen com sua Gwen, de modo que tentou aparecer um pouco em alguns atos, mas não chamou atenção.

Visualmente a trama até teve alguns atos interessantes, mostrando a casa dos protagonistas aparentemente normal, sendo bem bacana quando o jovem acha o baú com todas as coisas dela, e cartões de serviços com os telefones em cada país, tivemos uma boa perseguição num bar/boate, alguns atos interessantes no hotel com um bar tradicional e um quarto aonde rolam algumas dinâmicas bem encaixadas, e claro toda a casa da madrasta cheia de floresta e elementos bem chamativos para dar um charme ao filme, mas como disse tudo é muito cortado, então não flui, nem chama atenção como deveria.

Enfim, é um filme que tinha um certo potencial para ir mais além, mas que acabou sendo meio que jogado na tela, parecendo que quando viram que teria um filme muito parecido resolveram lançar ele sem estar pronto, e dessa forma o resultado acabou não indo muito além, sendo que até serve como um passatempo, mas não espere algo que chame a atenção. E é isso meus amigos, fica assim sendo minha recomendação para hoje, e volto amanhã com mais dicas, afinal hoje tem Critics Choice Awards para conferir no fim da noite, então abraços e até logo mais.


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