Diria que o diretor Tseng Ying-Ting teve muita personalidade para desenvolver sua trama sem deixar pistas fáceis na tela, pois tudo é muito aberto na tela, as desenvolturas do caso são enigmáticas, e as duas investigadoras são bem opostas, e com isso ele teve espaço suficiente para que seu filme ficasse redondinho mesmo com tantas possibilidades para ficar aberto, sendo algo que tem estilo próprio e funciona na tela. Ou seja, ele conseguiu criar o ambiente, deu possibilidades para todas as nuances, desde as motivações de crime e os desenrolares, só talvez poderia ter imposto um pouco mais de estilo na investigação, pois acabou parecendo que a investigadora podia fazer o que quisesse, e a outra muito simples na tela, sendo exageradamente novata, mas de resto o resultado acaba sendo bem bom de ver.
Quanto das atuações, diria que Janine Chun-Ning Chang trabalhou bem sua Wu, criando um clima meio de luto para sua personagem que até parece meio inexpressiva em alguns atos, mas suas dinâmicas fazem muito sentido, e com isso o resultado acaba chamando muita atenção em tudo o que faz. Chloe Xiang acabou exagerando demais como uma detetive novata, sendo até boba em alguns atos, mas como isso fazia parte do papel, o resultado até acaba sendo marcante, mas sem grandes idas muito além. E claro Ethan Juan trouxe um ar meio bagunçado para seu protagonista, de modo que fiquei o filme inteiro imaginando que seria ele o assassino e que teria uma grande reviravolta surpreendente no final, afinal ele era meio que o agenciador de imigrantes ilegais, mas trouxe símbolos bem encaixados para seus trejeitos e não desapontou.
Visualmente a trama trabalhou bem a densidade de filmes de assassinos em série, tendo um local bem sinistro aonde os crimes aconteciam, alguns atos bem trabalhados na busca do assassino, atos numa delegacia bagunçada, o mercado de ilegais bem montado e claro boas perseguições de carro, mas sem dúvida o ponto alto da trama é quando vemos as imagens usadas para retratar o que o assassino fazia com suas vítimas, pois ali sim a equipe de arte brilhou muito, ou seja, é daqueles filmes que entregam simplicidade visual, mas que marca.
Enfim, é um filme que dava para ter ido um pouco mais além sem precisar recair para o lado novelesco usual, mas que como o mercado asiático tem ganhado muita notoriedade com as séries, doramas e tramas assim, o resultado acabou funcionando e fugindo para esse lado. Claro que está bem longe de ser algo que vá recomendar ferozmente, mas agradou e não cansou ao menos, então fica a dica para dar play. E é isso meus amigos, queria algo bem melhor para ser o primeiro filme do ano, mas acabou caindo esse no play, então fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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