Conhecemos o diretor e roteirista Andrea Di Stefano pelos muitos blockbusters que trabalhou como ator ("As Aventuras de Pi", "Nine", "Comer, Rezar, Amar", entre outros), e também pelo seu segundo trabalho na direção, "O Informante", aonde foi um pouco inseguro com os estilos e desenvolturas, e agora mostrou que evoluiu bastante em seu terceiro longa, pois mostrou pegada, trabalhou ângulos e intenções nos atos mais fortes, e acabou brincando bastante com tudo, só talvez como já disse no começo segurou um pouco a mão no fechamento, que talvez pudesse ter montado uma estrutura maior, os acontecimentos acontecendo em cadência e tudo mais, certamente o resultado ficaria incrível e chocaria bem mais com tudo, pois a ideia que dá é que talvez tudo fecha ali, mas que também ficaria feliz com um epílogo, mas como sabemos que sobrou muito pouca coisa para uma continuação valeria uns 10 a 20 minutos a mais para algo melhor formatado. Ou seja, volto a frisar que não é ruim o que o diretor entregou, só a gosto pessoal colocaria um pouco mais de cobertura no bolo para que ele ficasse lindo com o recheio bem trabalhado que foi feito.
Diria que Pierfrancesco Favino soube dominar bem a personalidade de Franco Amore, que chega a ser algo até presente na essência que entrega em cada ato, e como o começo do filme é praticamente o miolo da trama, quando volta um pouco antes acabamos entendendo bem suas expressões, ou seja, ele passou bem a ideia de um policial todo certinho no seu último dia de trabalho, que talvez pudesse ser mais light com as opções que o personagem escolheu fazer, mas o resultado do ator foi bem intenso e agrada bastante. A esposa Viviana que Linda Caridi entrega foi ao mesmo tempo desesperada, mas também bem esperta nas escolhas e desenvolturas que faz na tela, de forma que a atriz segurou bons atos com trejeitos inteligentes, e mostrou muita ambientação dupla, que funciona bastante na cena da festa, ou seja, foi bem demais na trama por completo. Ainda tivemos atos bem colocados de Francesco di Leva com seu Dino com uma marra inicial bem colocada, mas que acabou entrando numa tremenda fria, vemos Antonio Gerardi com seu Cosimo cheio de astúcia e desenvoltura, que inicialmente parecia não ter muito uso na trama, mas que acaba sendo importante no final, e até mesmo o garotinho Martin Francisco Montero Baez entregou atos bem expressivos com seu Ernesto, mostrando que o elenco em si esteve bem disposto nos personagens secundários também, mas deixando todo o filme para o protagonista desenrolar.
Visualmente a trama tem cenas bem marcadas que a equipe filmou com câmeras 360°, dando nuances e ângulos em muita velocidade, muitos drones também para pegar os atos por cima, e basicamente o filme quase que todo se passa em uma via expressa que o diretor optou por filmar realmente com carros passando em alta velocidade enquanto filmava tudo com o protagonista, então a sensação real funcionou bem ali, com tiros e muita explosão cênica, tendo também alguns atos no apartamento do protagonista com uma festa rolando, uma festa na cobertura dos chineses, e alguns atos em restaurantes, tudo bem simbolizado e funcional para a trama.
Enfim, é um filme interessante, com uma pegada bem imponente tanto no começo quanto no miolo, que fecha de uma maneira meio que simples demais, mas que faz valer o tempo de tela, ou seja, dava para ser incrível, mas o resultado completo funciona e agrada como todo bom filme policial, então fica a dica para conferir no Festival, e eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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