Costumo ficar triste de falar mal de filmes nacionais, pois sei o quanto é difícil fazer algo por aqui, mas o diretor Miguel Rodrigues abusou demais de erros simples demais de resolver na tela, e isso pesou muito em sua trama, pois como falei no começo há erros básicos de uma montagem linear, há erros que poderiam ser resolvidos com a equipe de arte para não parecer tão bizarro, e o principal há erros que dava para voltar o roteiro para o roteirista e pedir melhoras, ou então como os "atores" principais são humoristas de renome no stand up pedir a opinião deles se o que estava sendo mostrado fazia alguma graça, pois uma comédia aonde você não passa a graça nem apelando para o público é falhar demais. Ou seja, tem tantas falhas que é difícil você conseguir falar algo bom, e logo de cara você já pega que o vudu vai ser usado em algum momento, pela propaganda logo após o roubo da piada, e poderiam ter feito o uso bem antes para fazer rir como fizeram na cena da TV, e só, o que é uma pena, pois é um filme que dava para ter ido mais longe.
Quanto das atuações, confesso que não reconheci o Fabio Rabin como protagonista, pois lembrava dele com outro visual lá de 2015 nada parecido com esse, mas isso não importa, o que vale a pena dizer é que ele não é ator, e seu estilo cômico é totalmente forçado, e aqui seus trejeitos e entregas como protagonista é algo que chega a ser decepcionante, sem grandes entregas, o que acabou pegando muito para o resultado final de seu João. Carol Castro se esforçou bastante como a esposa Laura, fez trejeitos de todos os estilos, e se entregou para o que o papel pedia, mas confesso que ela sofreu bastante para conseguir se encaixar com o protagonista, se dando melhor nas cenas solo. Marco Luque até se entregou bem para os atos de seu Gerson, se dando bem no palco que é a sua casa e não ficando tão artificial nas cenas familiares, mas dava para ter trabalhado um pouco mais de trejeitos para soar mais crível em alguns atos. Ainda tivemos Fafy Siqueira e Werner Schünemann tentando ter alguns momentos mais abertos, e até Ceará quase fazendo seu Silvio Santos desnecessariamente em uma cena, mas não foi muito além também.
Visualmente o longa foi praticamente todo filmado dentro de um teatro famoso de stand up, tendo alguns atos nas casas dos protagonistas, numa clínica de acupuntura que parece até algo abandonado que apenas colocaram uma faixa com um nome na frente (coisa bem de cinema amador!), vários adereços bem estranhos e bizarros como já falei do gato e do bonequinho de vudu, e tudo muito simples mesmo, que não chega a impressionar de forma alguma
Enfim, o resultado final acabou parecendo um trabalho de finalização de curso aonde apenas conseguiram alguns atores e humoristas por conhecer eles e acabaram usando, pois não tem estilo de algo comercial que realmente funcionasse, o que é uma pena, pois uma boa comédia sobre o tema dava para ter sido melhor lapidada para fazer rir realmente. Ou seja, é melhor fugir do longa que já estava em um horário ruim nessa semana nos cinemas, tendo apenas eu na sala, então nem imagino que vá seguir mais uma semana. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...