O Astronauta (L’astronaute) (The Astronaut)

11/09/2023 06:19:00 PM |

Em alguns momentos da minha infância sonhei em ser astronauta, e hoje vendo esse maravilhoso filme francês chamado "O Astronauta" no Festival Varilux de Cinema Francês, tive a experiência maluca de ver algo que nem é possível explicar, como um apaixonado pelo espaço, que virou engenheiro espacial e não passou pelos testes para virar piloto montou seu próprio foguete amador e foi para o espaço cumprir uma promessa de vida. Diria que o filme é daqueles que você entra no clima, se vê desesperado com as coisas acontecendo, teme pela explosão, mas que funciona demais do começo ao fim. Claro que espero que ninguém resolva fazer o que o filme mostra em casa, mas a trama é tão emocionante e gostosa de ver que os olhos até brilharam com o fechamento.

A sinopse nos conta que o engenheiro de aeronáutica na empresa Arianespace, Jim se dedicou durante anos a um projeto secreto: construir seu próprio foguete e realizar o primeiro voo espacial tripulado amador. Mas para realizar seu sonho, ele deve aprender a compartilhá-lo.

Diria que o diretor, roteirista e protagonista Nicolas Giraud foi brilhante com as escolhas para mostrar em seu filme, pois trabalhou detalhes técnicos tão bem encaixados, usando tão poucos efeitos que chegamos até pensar que ele realmente construiu tudo o que é mostrado na tela, pois sua trama tem vivência, tem emoção, e principalmente tem estilo de uma ficção bem dramatizada, ao ponto de termos cada conexão do roteiro bem presa na tela, sem que tivessem furos ou algo que atrapalhasse a trama. Ou seja, é a junção de uma boa ideia com uma direção segura e que acaba emocionando com perfeição no resultado final que vemos na tela.

Agora falando de Nicolas Giraud como ator e protagonista da história, diria que seu Jim Desforges é tão maluco quanto emocional, sabendo trabalhar todos os trejeitos fortes que o longa pedia, desenvolvendo estilo e presença na tela, e criando toda a dinâmica para que seu personagem não ficasse monótono, ou seja, impressionou do começo ao fim, e deu show dentro do que o filme propunha, pois pode até parecer sério demais, mas agradou com o que fez. Outro que trabalhou bem na tela foi Mathieu Kassovitz com seu Alexandre Ribbot, servindo de exemplo, conselheiro e amigo nas dinâmicas com o protagonista, manteve também um bom brilho no olhar e agradou com estilo e personalidade. Ainda tivemos Hélène Vincent com sua Odette Desforges, mostrando uma vozinha bem carismática, mas muito orgulhosa do neto, sabendo dar as devidas nuances para cada momento seu e agradando demais na tela. E claro que não posso esquecer de Bruno Lochet com seu André Lavelle, criador do combustível da missão e amigo do protagonista, a matemática Ayumi Roux com sua Izumi Sayako dispostas tudo e querendo demais estar presente, além de Hyppolyte Girardot com seu Dominique que acaba entrando na onda do projeto, entre muitos outros bons atores que apenas deram algumas conexões, e claro agradaram sem atrapalhar a trama.

Visualmente como disse foram muito precisos com tudo o que colocaram na tela, parecendo muito real todo o projeto, mesmo sendo algo maluco de se construir um foguete amador e ainda sair da Terra, mas a equipe de arte foi bem precisa nos detalhes, e o resultado foi impressionante de ver, desde a construção até os atos mais explosivos.

Enfim, foi um tremendo filmaço que valeu ver na telona, que certamente muitos vão achar uma insanidade por completo, mas que certamente vão se emocionar com o resultado final, então é claro que recomendo com todas as forças para todos que tem sonhos e vão até o fim para conseguir executar eles. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas já vou para outra sessão do Festival Varilux, então abraços e até logo mais.


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