Não conhecia a diretora Gren Wells, aliás esse é apenas seu segundo longa-metragem, porém posso dizer que as escolhas que fez em cima do roteiro de Philip Beard, Marc Lhormer e Melissa Martin foi totalmente acertada, pois brincou com um tema difícil de lidar que é o luto e usando algumas bases bem tensas misturadas com um ar romanceado meio que problemático, ou seja, tudo o que poderia dar muito errado, mas que funciona bem, e por incrível que pareça, mesmo tendo muita narração o longa não tem um ar cansativo, pelo contrário, passa voando o tempo de tela e acaba sendo muito gostoso de ver. Ou seja, diria que se a diretora quiser seguir esse rumo está num nicho muito bom de ganhar público e envolver a todos, sendo que tem a mão boa para escolhas de ângulos e sendo criativa dentro de um estilo tão comum de repetições.
Sobre as atuações, posso dizer que vamos cansar de ver Sadie Sink nas telas, pois a atriz é muito boa para ficar presa em uma série, e todos os produtores já viram isso e vão usar ela em seus filmes, e aqui com sua Tess teve toda a possibilidade que ainda não lhe tinham dado de um protagonismo puro, sem depender de outros como vinha acontecendo, e ela domina o papel, trabalha trejeitos tristes com muita facilidade e chama o filme para si em alguns atos até exagerados demais, mas que ainda assim a faz brilhar, ou seja, tem domínio do que faz bem e vai voar muito. Kweku Collins fez sua estreia aqui com seu Jimmy, e foi muito gostoso de ver seu par completamente diferente com a protagonista, fazendo alguns atos mais intensos aonde precisou ser expressivo e outros mais romanceados que até foram bonitos de ver, ou seja, pode ir além e tem potencial. Theo Rossi tem costume de pegar papeis mais densos e briguentos, mas aqui seu Nick mesmo tendo problemas com a lei tem um ar emocional gostoso com a filha, foi carinhoso e bem encaixado e conseguiu ter uma química incrível com a protagonista, de forma que suas cenas têm até um certo brilho de tela, ou seja, foi bem escolhido. Tivemos ainda outros bons personagens em cena, com destaques para o ar explosivo e desesperado da mãe vivida por Jessica Capshaw, o padrasto meio que depressivo pela tragédia bem feito por Justin Bartha que quase nem precisou falar nada em cena, mas sem dúvida as garotinhas Vivien Lyra Blair com sua Emily e Mckenzie Noel Rusiewicz com sua Zoe brilharam nas cenas secundárias, e deram um bom tom para o conjunto.
Visualmente o longa foi bem trabalhado pela equipe de arte, usando alguns elementos do fatídico dia 09/11/2001, mostrando depois como foi a tragédia da família que vemos no filme quase que inteiro apenas flashes da memória da garota, tivemos todo o fato dela adorar desenhar então temos desenhos bem trabalhados de pessoas nas paredes e depois durante os créditos mostrando o caderno inteiro muito bem montado, tivemos as boas comparações de bairros mostrando a casa chique que vivia com a mãe porém destroçada pela tragédia com tudo muito bagunçado, já no subúrbio uma casa bem simples, mas com vida e mesmo tendo os diversos defeitos alegre e cheia de detalhes aonde a garota passa a ter luz, as tradicionais passagens de escada entre os sobrados, muitas cenas no parque Kennywood, e claro algumas cenas em igrejas, em comemorações e o destaque ficando para o carro do pai da garota bem marcado para o estilo de venda dele, e os lindos filhotinhos de cão pastor.
Enfim, é um filme bem interessante, gostoso de ver, jovial e totalmente funcional sem ser aqueles romances melosos e cansativos, que tem um tom dramático bem encaixado, que funciona dentro da proposta da trama e faz valer bastante a recomendação de conferida para todos. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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