Se lá em 2014 o diretor Vic Armstrong trabalhou um lado bem mais ficcional e impactante em cima do roteiro Paul Lalonde, agora os produtores optaram por um diretor digamos mais cristão que focasse mais em cima das palavras da Igreja e menos em loucuras explosivas, de forma que Kevin Sorbo que já dirigiu outras obras religiosas pegou algo que muitos acreditam estar chegando, no caso o arrebatamento de pessoas, e trabalhasse mais as ideias da trama enfatizando motivos de alguns pastores de almas não sumirem, de que a mídia está apenas tentando enganar a todos com o anticristo, que a ciência e os fatos são todos falsos e só a Bíblia está correta, e por aí vai, de tal maneira que o filme até traz conteúdo para esse público que certamente sairá da sessão orando e falando muitas coisas (aliás de apenas uma olhada nos comentários do trailer no Youtube que já vai ficar por dentro do público-alvo). Ou seja, não diria que o filme seja algo ruim, mas que mudou completamente o vértice e ficou agora somente para o público religioso, isso aconteceu com todas as letras.
E se estamos falando de um filme que caiu bem mais para um cunho religioso o que acaba acontecendo fronte às atuações? Sim, eliminaram praticamente todos os atores conhecidos do filme anterior e vieram com atores das produções religiosas cristãs, que sabemos que não são lá grandes chamarizes nem para filmes comerciais, muito menos impactando em algo que nos convença do que estão mostrando na tela, e assim sendo ao menos o diretor Kevin Sorbo não ficou como protagonista, já que seu Ray acaba ficando apenas dentro da igreja tentando descobrir coisas que não viu quando sua mulher e filho desapareceram, analisando a Bíblia do começo ao fim em poucas horas e querendo divulgar a palavra para todos os possíveis, ou seja, básico e sem grandes expressões. O filme é inteiramente narrado pelo Pastor Bruce Barnes, vivido aqui por Charles Andrew Payne, que chega a cansar com o tanto de ideias que planta na trama, e nos atos que apareceu ficou meio que secundário demais em cena, ou seja, o que vale são suas palavras e não seus trejeitos. Agora falando do protagonista da trama, o jornalista Buck Williams que aqui foi feito por Greg Perrow até tentou ser impactante nas dúvidas conspiratórias, trabalhou quase que 80% do filme com um ar investigativo bem pautado em cima de tudo, sem crer muito na religiosidade, mas bastou a namorada vivida por Sarah Fisher dar um crucifixo para ele e ele ver algo numa fala, e pronto, lá estava rezando no banheiro e pronto para evangelizar todo o mundo, não convencendo com o estilo de personificação que fez. Quanto aos demais, tivemos muitos personagens que dão as conexões para a trama, sem grandes chamarizes ou expressionismos que chamassem a atenção, valendo destacar apenas Paul Cowling como Cothran, uma espécie Elon Musk das mídias querendo ter o controle de tudo, e Bailey Chase como Nicolae, um político da Romênia que deseja se tornar o único líder mundial através da ONU, ou seja, a velha briga Igreja versus política que sempre dá em algo, mas com atuações bem básicas que valem mais os personagens do que os atores realmente.
Visualmente se no primeiro filme explodiram o orçamento lá em cima apenas com o salário de Cage de 3,5 milhões, aqui a produção teve menos que esse valor para fazer tudo, e são muitos atores em cena, ou seja, sobrou algo bem básico para uma reunião da ONU ser num anfiteatro sem nenhum detalhe, tendo uma igreja inteiramente fechada apenas com alguns bancos e tudo ao redor destruído, um sala de um hacker menor que meu quarto, e um jornal aonde só vemos realmente a bancada e alguns elementos de lado, além disso uma casa simples, um consultório sem grandes elementos e um minúsculo avião apenas para no final jogar alguns folhetos, não sendo algo ruim, afinal muitos filmes simples foram muito bem com pouco, mas ficou parecendo faltar tudo na tela para chamar mais atenção.
Enfim é daquelas obras que foram feitas e muitas vezes nem sabemos o real motivo, mas como já disse lá fora a Igreja Cristã tem muitos filmes lançados por ano, e conseguem mostrar suas palavras no cinema, o que as vezes funciona também mundo afora, então nesse caso, o filme vai agradar esse público, do contrário é melhor nem passar perto, pois não vai funcionar com você como acontece com o jornalista do filme. E é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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