O diretor e roteirista Sung-hyun Byun criou algo até que bem montado na tela, aonde vemos ações fortes e dinâmicas bem colocadas nas diversas lutas da trama, mas nos atos que precisou trabalhar a história e os diálogos o resultado acabou ficando monótono demais, sendo daqueles que você torce logo para que a protagonista se envolva em mais alguma confusão para que não precisem conversar coisas sem nexo algum. Ou seja, é daqueles filmes que até parecem ser primeiros longas de um diretor, que pegou retalhos de outros filmes e fez o seu, mas não, pois já tendo uma boa experiência anterior dava para brincar mais com tudo.
Sobre as atuações diria que Do-yeon Jeon se entregou bastante nas cenas de luta, soube fazer carões e trejeitos bem de impacto, e transmitiu um bom carisma para sua Gil Bok-soon, de modo que nos conectamos com ela, e torcemos para ela nas principais lutas, porém dava para desenvolver um pouco mais seus atos como mãe para que o filme saísse um pouco mais da base, mas é 2 minutos em casa e 50 minutos em lutas, e isso acabou sendo uma falha grande do roteiro que lhe foi dado. Kyung-Gu Sol entregou alguns atos bem densos com seu Cha Min-Kyu e deixou algumas nuances possíveis de que seria o pai da garota, mas como não foi desenvolvido isso, o resultado mostrou apenas como um bom líder de assassinos que bota a mão na massa também. E ao contrário do irmão que saiu para a luta, Esom fez as cenas de sua Cha Min-Hee com mais ironia e falsetes, criando atos bem colocados e chamando atenção pela expressividade, porém não utilizaram tanto isso, o que é uma pena. Quanto aos demais vale destacar apenas a jovem Kim Si-A como a filha da protagonista e a estagiária com grande futuro na empresa de assassinos vivida por Lee Yeon, mas nada que fosse extremamente chamativo.
No conceito visual o longa também lembra muito "John Wick", com reuniões das cúpulas de assassinos em um lugar neutro, cenas em ambientes escuros com muitas lutas e imagens sendo quebradas em slow-motion, muitas armas brancas e elementos cênicos sendo usados como armas, como hashis, machados e tudo mais que tivesse na frente dos protagonistas, e um figurino também bem dark, além de alguns atos na escola da filha da protagonista e também na Rússia junto de uma máfia local, ou seja, se apropriaram de alguns elementos e não ficou ruim de ver, mas dava para melhorar.
Enfim, é um filme até que bem interessante de proposta, mas que acabou se perdendo no miolo, não deu resoluções para a maioria das questões da trama, e cansou demais com uma história que nem é quase usada, afinal o conceito de mãe mesmo ficou bem subliminar. Então para quem curte filmes asiáticos de luta e não liga para histórias, até deve curtir a boa ação entregue, mas do contrário é melhor dar play em outro filme, pois o resultado ao menos para o meu gosto foi bem mediano, não sendo algo que recomendaria facilmente. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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