Netflix - Virgem Maria (Mary)

12/08/2024 11:14:00 PM |

Como vejo muitos filmes, algumas vezes começo um longa no streaming e preciso pausar para ver se realmente não vi ele em alguma cabine, cinema ou qualquer coisa do tipo, pois algumas ideias são tão requentadas que acabam entregando situações muito semelhantes, e hoje aconteceu de eu precisar parar duas vezes, pois tinha a certeza absoluta que já tinha visto o lançamento da semana da Netflix, "Virgem Maria", mas não aqui temos uma dramatização mais tensa e complexa da história de Maria, que se assemelha demais ao musical que vi quase na mesma data no ano passado, "Jornada Para Belém", ou seja, ainda não estou ficando maluco de ver o mesmo filme duas vezes, e o que posso falar dessa recriação é que tem uma boa pegada, mas por ser tão semelhante a outros filmes e ter quebras meio que forçadas, o resultado acaba não fluindo tanto quanto poderia. Claro que passa bem longe de ser ruim, afinal é uma superprodução da empresa de streaming, mas dava para ser mais dinâmico e contar um pouco mais além até o período da crucificação para tudo ficar mais colocado na tela.

O longa conta a história mais antiga do mundo, dessa vez, porém, pela perspectiva de Maria, mãe de Jesus. Acompanhamos a história dessa jornada milagrosa que levou ao nascimento de Jesus, conhecendo a vida de Maria desde o seu nascimento, sua infância e adolescência até o momento em que é escolhida para dar a luz ao profeta. Quando Herodes pede a morte do recém-nascido, movidos pela fé e pela coragem, Maria e José fogem para salvar suas vidas. O filme procura honrar a figura de Maria mostrando sua trajetória repleta de amor e esperança, apesar das dúvidas e dos obstáculos que aparecem em seu caminho.

Uma das coisas que tem acontecido muito em 2024 é alguns diretores mudando completamente seus estilos de filmes, algo meio impensado nos últimos anos, e aqui D.J. Caruso que costuma trabalhar com longas de ação e dinâmicas bem ficcionais resolveu atacar uma trama bíblica de uma forma tão diferente, mas que ainda no fundo tem sua pegada, tanto que vemos alguns atos violentos e marcantes, que por vezes nos demais longas bíblicos acabaram amenizando, ou seja, vemos bem a história de uma mulher que foi bem forte ao receber todas as notícias que lhe eram dadas, superando os pensamentos contrários à sua ideologia, e que defendeu demais a sua cria ante todos os desafios que precisou passar, que claro temos de ver o longa com toda a história bíblica que conhecemos, senão quem não acreditar vai ver algo ainda mais ficcional na tela, e felizmente o diretor não quis mexer muito no que tinha para mostrar.

Quanto das atuações, Noa Cohen soube seguir uma linha bem densa de sua Maria, com um olhar bem presente e um envolvimento bonito de acompanhar, da mesma forma que a jovem Mila Harris que fez a versão jovem da personagem trabalhou sendo segura de tudo o que tinha em sua jornada e envolvente de uma forma coerente sem soar explosiva. Ido Tako trabalhou seu José de uma maneira meio que direta demais, sem ter dúvidas, sem questionar nada, ao ponto que valeria trabalhar um pouco mais isso, pois mesmo que você tenha toda a fé do mundo, ouvisse de um anjo que sua mulher irá parir o filho de Deus, e sendo um trabalhador de obras (no caso do filme aqui), com todos os amigos zoando e provocando, o cara tem de ser muito forte, e o jovem poderia ter pirado um pouco mais nos trejeitos ao menos para sentir o ar da dúvida. Quem teve cenas bem colocadas e imponentes foi Susan Brown como a profetisa Anna, bem serena e determinada, e o sempre marcante Anthony Hopkins como Herodes, de modo que sobrou também um pouco de espaço para Ori Pfeffer e Hilla Vidor como os pais de Maria (Joaquim e Anne), mas quem botou banca no estilo expressivo mesmo foi Dudley O'Shaughnessy com seu Gabriel meio diferentão.

Visualmente a trama foi recheada de locações e cenários bem trabalhados na tela, tendo templos e casas imponentes e cheias de detalhes, toda uma plantação de oliveiras gigantesca, grandiosas obras de construção e figurinos na medida para ser bem representativo na tela, além de algumas lutas e linchamentos bem marcantes, que talvez pudessem até ter desenvolvido mais na tela, mas o resultado acaba sendo funcional.

Enfim, é um filme meio que repetitivo pelo tanto de histórias que já tivemos do estilo, mas que ainda assim é interessante de ver pela proposta entregue, que alguns vão gostar mais do que outros, principalmente os fãs de histórias bíblicas, então fica a dica, só volto a dizer que dava facilmente sem precisar ficar tão detalhado ido até os 33 anos do filho em um desenvolvimento maior e mais chamativo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...