O longa conta a história de Charlie, que trabalha há duas décadas como braço direito de Stan, um chefão do crime que ele considera como um pai. Quando Stan e todo o seu grupo são brutalmente traídos e assassinados por outro cartel, Charlie embarca em uma perigosa jornada de vingança, enfrentando o submundo do crime e contando com o apoio de Marcie, viúva de uma das vítimas.
O diretor Phillip Noyce é daqueles que há muito tempo entrega boas tramas dos mais diversos estilos, e aqui ele soube brincar bem com um estiloso gangster e sua busca por vingança, mas mais do que isso, como não podem sair matando os inimigos, a busca por algo que pudesse lhe dar o sinal verde para a execução, e com o estilo do diretor que costuma trabalhar ambientes mais amplos, aqui ele conseguiu segurar sua trama com uma boa entrega, com personalidade no estilo, mas também mostrou que desejava algo a mais no longa, e com isso trabalhou dinâmicas mais rápidas para que o filme tivesse um conteúdo maior e não apenas os atos de tiros jogados. Ou seja, o diretor soube usar o que tinha nas mãos para que o filme ficasse mais marcante e denso, porém não dá para aumentar um roteiro na direção, e com isso vemos atos corridos, e isso pesou um pouco na dinâmica da trama.
Quanto das atuações, Pierce Brosnan tem um estilo tão clássico de galanteio que mesmo quando estiver com 200 anos vai ter mulheres jovens que vão querer casar com ele, e aqui seu Charlie tem personalidade e estilo para matar, não sendo apenas um capanga, mas cuidando do chefe, tendo dotes de cozinheiro, e ainda sabendo entrar com classe aonde vai, ou seja, um mafioso das antigas com charme e imponência, que talvez soasse um pouco forçado pela idade do ator, mas que acabou saindo bem na tela. Em um primeiro momento achei que Morena Baccarin fosse ser apenas um enfeite cênico na trama com sua Marcie, mas depois quando volta a participar dos atos do longa até entrega bons traquejos, só exagerando em pouco na desenvoltura química com o protagonista, mas caiu bem para o que o longa pedia. Ainda tivemos alguns bons atos com os demais atores, mas a maioria foi apenas conexão para com os protagonistas, valendo um leve destaque para o principal inimigo do outro lado que Gbenga Akinnagbe fez com seu Beggar meio sem muita imposição, e claro o chefe do protagonista, que já doente entregou atos carismáticos bem marcantes na personificação de James Caan que morreu já há algum tempo realmente.
Visualmente a trama trabalhou bons atos no mundo do crime, andando por casas mais rústicas, clubes e cassinos clandestinos, e até desovas em lagos cheios de jacarés e carros abandonados, tendo poucos elementos cênicos para usarem sem ser as armas, mas tendo uma boa caça ao cofre do primeiro morto, e ex-marido da protagonista que poderia conter a prova, andando por prédios e tudo mais de uma maneira bem colocada, aonde a equipe de arte não economizou em ambientar com um clima mais de gangsteres mesmo.
Enfim, é um longa simples, mas que tem uma boa pegada para quem curte o estilo, que vindo de um diretor bem premiado poderia ter ido bem mais além, mas ainda assim funciona na tela e agrada quem quiser um bom passatempo de ação. Então fica a dica para conferir ele logo mais dentro do Canal Adrenalina Pura, e eu fico por aqui agradecendo os amigos da Sinny Assessoria pela cabine, então abraços e até logo mais.
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