A sinopse nos conta que Jarda e Dana são um jovem casal que vive numa pacata aldeia onde todos os moradores se conhecem bem. Com a visão de obter dinheiro facilmente, eles decidem roubar seu velho vizinho solitário, que Jarda mata no processo. Para sua surpresa, a polícia aceita quase automaticamente a morte violenta do reformado como um acidente e não se interessa mais pelo caso. Isto leva Jarda à ideia de que os idosos são vítimas fáceis não só de pequenos furtos, mas também de homicídios. Não há como voltar atrás, Dana passou a gostar do poder sobre suas vítimas e da estranha sensação de aventura de conquistar a polícia. Jarda se encontra em uma encruzilhada onde tem a chance de deixar Dana, mas falha e deve enfrentar as consequências de seus crimes. Os brutais assassinatos estavam intimamente relacionados com o seu relacionamento, um quadro de dependência e manipulação mútua, do qual nenhum deles poderia sair vitorioso.
Diria que o diretor e roteirista Petr Hátle até tentou fazer com que seu filme tivesse uma fluidez interessante com vários tipos de assassinatos e um final de reconstrução bem trabalhado aonde tudo muda um pouco dentro do desenvolvimento, porém o longa é alongado e arrastado demais, os personagens não convencem com uma paixão inexistente e a desenvoltura da trama fica exageradamente presa apenas no casal, ao ponto que todos os demais nem como coadjuvantes servem, sendo apenas meros figurantes, alguns com falas, outros nem isso, e assim sendo mesmo que a trama tenha uma pegada realista por ter sido baseada em um casal de criminosos real, o resultado não avança na tela, mostrando que faltou realmente uma direção e um desenvolvimento de roteiro melhor para funcionar.
Quanto das atuações, já falei que o casal não entregou química nem carisma, mas Jan Hajék até tentou fazer com que seu Jarda tivesse uma personalidade e uma certa adoração pela namorada, que fica claro que nunca desejou realmente ser uma mulher dona de casa e fora das festas, e que com a possibilidade de ganhos extras com os roubos/assassinatos fez o cara de capacho para resolver suas paradas, ao ponto que o jovem ator até entregou alguns olhares e trejeitos, mas não convenceu. Já Lucie Zácková trabalhou sua Dana com trejeitos bem diretos de uma pessoa interesseira e que estava disposta a arriscar tudo, desde que a culpa recaísse em outros, tendo claro seu melhor ato emocional com o policial ao entregar o marido de mão beijada, mas tirando isso não fluiu como deveria, apenas tendo múltiplas personificações.
Visualmente a trama teve bons assassinatos, casas bem antigas, e ambientes sem muito para chamar a atenção, sendo algo mais rústico por ser uma aldeia mais velha, aonde até mesmo o apartamento aonde vão morar após casarem tem um semblante antigo, ou seja, a equipe de arte não brincou com muitos elementos cênicos, mas ao menos representou o que tinha para mostrar.
Enfim, é um filme fraco demais, que sinceramente ainda não sei aonde queriam chegar na transposição da história real para o longa, aonde talvez pudessem ter criado uma tensão maior, ou uma desenvoltura mais passional para o casal, mas que ao final realmente ficamos pensando o motivo de ter dado o play nele, então estou ajudando a não gastar preciosos 100 minutos da sua vida, e fico por aqui hoje, voltando em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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