A sinopse do longa é bem simples e nos conta que a complexa relação de Kraven com o pai, Nikolai Kravinoff, o leva a uma jornada de vingança com consequências brutais, o motivando a se tornar um dos maiores e mais temidos caçadores do mundo.
Diria que a maior sacada (e também acredito que a maioria das refilmagens) do diretor J.C. Chandor foi a de transformar seu filme em algo violentíssimo, com pedaços voando, ataques imponentes e muitas cenas próximas com sangue para todos os lados, pois desde quando saiu o primeiro trailer, a trama já foi motivo de piada, por um jovem mordido por um leão adquirir poderes de luta como um leão, mas como não é mostrado que não foi bem isso que deu os poderes para ele, dava para o trailer ter ficado bem mais chamativo, ou seja, o que posso falar é que o trabalho de direção de ação foi muito bem feito, já o roteiro com os diálogos, aí poderiam ter trabalhado bem mais elos e desenvolturas, criado frases de efeito mais chamativas, e até limpado algumas piadinhas desnecessárias, mas como todo filme desse estilo é assim, o resultado ao menos não ficou bobo na tela, mostrando o potencial do personagem, e claro do diretor.
Quanto das atuações diria que os atores ao menos tentaram fazer algo com os diálogos fracos que tinham para interpretar, de modo que Aaron Taylor-Johnson trabalhou bem seu Sergei/Kraven com muita desenvoltura, se jogou nas cenas mais intensas lutando bastante e fazendo muitas caras e bocas marcantes, e não deixou que seu personagem soasse bobo, mas sim alguém disposto a resolver suas indiferenças na tela, claro que dava para ter um final melhor, mas aí não é culpa sua. Fred Hechinger já pode ser considerado o trabalhador do ano com quatro filmes quase que seguidos estreando, e aqui ele fez com que seu Dimitri tivesse uma certa timidez/medo na tela, fazendo bons traquejos e até passando uma certa insegurança nos seus atos, porém ao final sua mudança não convenceu como deveria, de modo que se ele for continuar no papel vai precisar ir mais além. Sempre pensei que Russell Crowe combinava com papel de mafioso russo, e aqui seu Nikolai foi cheio de nuances bem encaixadas que até mereciam mais atos, mas que não foi muito utilizado na tela, ficando em segundo plano. Agora quanto aos vilões do filme, deveriam ter colocado muito mais importância para Christopher Abbott com seu Estrangeiro bem chamativo, expressivo e com poderes interessantes de ver na tela (acredito que dá até para criar algum filme com sua história), do que Alessandro Nivola com seu Aleksey/Rhino meio sem graça e bobinho demais, mas como não foi dessa forma, o resultado precisou de uma luta mais intensa no final para dar um gás em tudo. Ainda tivemos uma Ariana DeBose até bem colocada com sua Calypso, mas sem dar muitos floreios para sua personagem na tela.
Visualmente a trama teve um bom estilo misturando selva e cidade, de modo que o ator já pode até pedir para fazer um Tarzan caso saia um novo filme, pois pulou e escalou paredes no melhor estilo possível, tendo ambientes bem clássicos dos bares da máfia, de caçadas chamativas, dos tradicionais safáris, dos mosteiros isolados e até um ar bem frio numa prisão russa, mas tudo bem rápido, com pouco trabalho de desenvolvimento dos locais, tendo claro uma cenografia bem colocada na "toca" com muitas armas e ervas para tentar criar o soro que o deixou forte, mas sem muito aprofundamento.
Enfim, é um longa de ação simples e bem feito, que até foi bem remendado nesses muitos adiamentos para que ficasse mais vendável para os fãs das HQs, e claro inserisse bem mais violência na trama, de modo que a cena na floresta ficasse bem sanguinolenta, mas como a Sony viu que não vai seguir muito mais com seus personagens, é capaz que esqueçamos esse filme tão rápido quanto os demais, então vale a pena apenas para quem gosta do estilo, ficando assim a recomendação. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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