Netflix - Ainda Estou Aqui (The In Between)

4/11/2022 10:40:00 PM |

Muitos devem estar até surpresos de ver um romance da Netflix aparecendo aqui nos meus textos, pois geralmente fujo deles por saber que vão virar quase uma série com mil continuações intermináveis que só vão piorando, mas o tema de "Ainda Estou Aqui" me deixou bem curioso e resolvi arriscar dar o play por dois motivos principais, o primeiro de a história parecer com "Ghost - Do Outro Lado da Vida", que quem não assistiu pelo menos umas 5x na TV não viveu nos anos 90/2000, e o segundo motivo é que a vi um filme há um bom tempo atrás que o livro de continuação da história parecia ser esse, então estava pensando que poderia ser a continuação, mas não bateu muito, então vou manter apenas o primeiro motivo mesmo. Dito isso, dei sorte, pois a história é bacana, tem uma montagem interessante, uma ótima trilha sonora, e os atores não decepcionaram no que fizeram na tela, tendo até mesmo uma boa sacada de fechamento que surpreende um pouco, e claro, não tem como fazer uma continuação, então funcionou bastante e vale tanto para quem gosta de uma história simples de romance pós-morte com as nuances antes claro do acontecido, e também para aqueles que choram fácil com emoções bobinhas desse estilo de filme.

O longa acompanha a jovem Tessa, que passou sua infância entre abrigos para menores, e não acredita que pode viver um amor verdadeiro. Tudo muda quando ela conhece e começa a namorar Skylar, um morador da cidade vizinha bem romântico. Juntos, eles passam por um acidente de carro que tira a vida de Skylar. Depois da morte do amado, a jovem passa a acreditar que ele está tentando se comunicar com ela do outro mundo.

Passaram-se oito anos desde que o diretor Arie Posin fez seu último longa bem chatinho ("Uma Nova Chance Para Amar"), e diria que esse tempo foi suficiente para que ele estudasse mais o mundo dos romances e conseguisse encontrar um roteiro interessante para filmar e entregar uma paixão bonita e interessante de ser vista como a que o escritor e roteirista Marc Klein fez, pois o estilo de ambos se conectou de uma forma bem trabalhada e que usando de um artifício que alguns julgam existir realmente de uma possibilidade de conversar com alguém que já morreu, e brincando ainda mais com toda essa forma de sentimento, o resultado até impressiona bastante (claro tirando alguns efeitos fantasmas exageradíssimos que foram usados para que o carro chegasse aonde queriam no final!). Ou seja, é um filme bonito e até gostoso de conferir, que tem uma pegada romântica, tem um ar de suspense, e é bonito dentro da essência que desejavam mostrar, sendo um roteiro simples e efetivo, que o diretor não quis ousar demais e fez dar certo, valendo tanto para o público cativo dos romances da Netflix, quanto para quem curte algo não tão docinho, e assim agrada a todos.

Sobre as atuações como citei no começo o clássico "Ghost", fiquei até surpreso com a semelhança do protagonista Kyle Allen com Patrick Swayze no filme em questão, e o jovem entregou bons atos de seu Skylar, com cenas e falas clássicas de galã juvenil, e que sem forçar exageros que saíssem muito do que o papel pedia acabou envolvendo bem a jovem protagonista para si, mostrando um ar simples, porém bem colocado, o que acaba agradando sem ser algo surpreendente demais, no qual o rapaz que já está acostumado com outros longas do estilo demonstra que vai ainda muito longe. Já Joey King é a rainha dos romances da companhia, e aqui sua Tessa não ficou tão ingênua de estilo, com uma personalidade mais fechada para romances, sem conseguir dizer a frase tradicional de todo filme do gênero por tudo que viveu, e a jovem se sai bem com esse ar mais fechado, tendo boas desenvolturas, passando sensações, e agradando com isso, ou seja, vai fazer muitos outros romances e deve agradar mais, afinal sabe cativar e tem carisma para isso. Quanto aos demais, vale o destaque para a divertida amiga da protagonista Shannon vivida por Celeste O'Connor por desejar viver uma caça-fantasma junto da amiga, e também para Donna Biscoe que dá as devidas nuances de espíritos para a protagonista, tendo um envolvimento rápido, porém bem conectado com tudo.

Quanto do visual da trama, como estamos falando de um longa que trabalha fotografia, espiritismo e romance, foram perfeitos nas escolhas das locações, das luzes de contraplano para dar as nuances envolventes das imagens, e trabalhando desde um hotel abandonado, um lago bem bonito e amplo, cenas na praia, em um farol, um restaurante simples e bonito, um cinema de rua clássico, e também contando com cenas em hospitais e num estúdio de fotografia no quarto da jovem, tudo passa a fazer parte do ambiente, todos os elementos são bem encaixados, e o resultado flui demais nesse sentido, ainda que brinque com elementos em preto e branco fazendo um bom sentido também para a trama.

Outro ponto bem interessante da produção ficou a cargo da trilha sonora incrível que deu ritmo para o filme e também muito envolvimento nas escolhas, e assim sendo deixo aqui o link para todos curtirem após a conferida.

Enfim, é um filme que quem gosta do estilo vai curtir bastante, e que funciona bem dentro da proposta, dando destaque criativo para o fechamento explicativo que a garota dá para as devidas nuances do que são fantasmas nas sua vida e nas suas fotos, que envolve demais na forma escolhida. E dessa forma recomendo o longa para todos, não sendo algo memorável, mas que tem um bom envolvimento e um bom funcionamento do começo ao fim. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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