O longa nos conta que passados três anos desde a última jornada marítima, um chamado de seus ancestrais leva a jovem polinésia Moana de volta para águas perigosas e distantes da Oceania com um grupo improvável de marinheiros. Com a ajuda também do semideus Maui, ela deve quebrar uma maldição terrível que um deus cruel e com sede de poder colocou sobre uma das ilhas de seu povo. Nessa grandiosa missão, Moana e sua equipe vão desbravar novos territórios e enfrentar velhos e novos inimigos, como monstros marítimos, feitiços e deuses do mal. Tudo isso em busca de reconectar sua nação e assegurar a paz dos oceanos.
O mais engraçado é que mesmo sendo três diretores no primeiro filme de 2016, passados oito anos nenhum dos três voltou para a continuação, sendo agora comandado novamente por um trio de diretores e roteiristas estreantes nas funções, mas que já trabalharam muito nas direções de arte de outros grandes filmes com David G. Derrick Jr. tendo trabalhado até na arte do primeiro longa, ou seja, soube ter noção dos traços e de onde poderia ir mais além para que seu trabalho funcionasse bem, e como a personagem é uma exploradora e navegadora, o rumo agora foi bem além do que o primeiro longa, aonde tivemos mais aventuras e histórias bem trabalhadas de uma forma mais lúdica, porém bem encaixada na tela. Ou seja, os diretores quiseram brincar com facetas do mundo da exploração marítima e conseguiram trabalhar traços tão interessantes que chega a dar até um certo tom de realismo, mas claro sem perder a magia de uma animação da Disney, o que torna tudo mais belo, cheio de texturas e facetas que empolgam demais.
Quanto das dublagens e personagens, novamente Any Gabrielly deu um show com a voz e a personalidade que passou para sua Moana, de modo que não ficamos nem com vontade de ver o longa em versão original, sendo ela a nossa protagonista, que aqui está bem mais experiente e determinada, com mais imposição e desenvoltura, mas também com receios, afinal agora tem alguém lhe esperando demais que é a irmãzinha, ou seja, vemos muitas dinâmicas, canções e interações bem entregues pela protagonista que domina o filme. Saulo Vasconcelos também brincou bem com seu Maui dando uma boa imponência e com algumas adaptações nos diálogos que só o Brasil faz, colocando boas sacadas e dinâmicas no grandalhão. Ainda tivemos na equipe da navegadora a construtora de barcos Loto que Éri Correia falou e cantou na velocidade acelerada em nível máximo, o intérprete de culturas Moni completamente aficionado por Maui que Ítalo Cruz entregou muito bem nas dinâmicas, e o agricultor ranzinza Kele que Walter Cruz acabou soando bem engraçado com seus medos. Num primeiro momento a Matangi que Lara Suleiman dublou pareceu meio vilanesca, mas depois deu bons estímulos para a garota e acabou agradando com o que fez na tela. E claro que eu não poderia esquecer da graciosa Sinea que Lara Paciello trabalhou num tom de voz infantil tão gostoso de ouvir que valeria ter até mais cenas da pequenina.
Visualmente o longa é um deslumbre a parte, com cores vibrantes e bem colocadas, personagens desenhados com um primor de traços e texturas que beiram o real, mas ainda assim funcionando com características de desenho mesmo, cenários bem colocados, e muitas dinâmicas velozes com um mar em fúria, além de grandes ambientes marcantes, com raios, furacões e tudo mais, ou seja, a equipe pesquisou bem para elaborar algo grandioso na tela, e funcionou demais. Agora quanto ao 3D, por ter conferido na sala Imax confesso que vi poucos atos com muita coisa saindo para fora da tela, o que sempre espero mais, porém na composição de sombras para que os personagens tivessem uma boa profundidade de campo, o resultado funciona.
A trilha sonora também contou com canções bem dinâmicas que deram movimento ao longa e claro por ter uma pegada musical como a maioria das animações da Disney, o resultado acaba tendo muita explicação e determinação no trabalho, e aqui eu deixo o link tanto com as canções originais, quanto com as dubladas no país, algo raro de ver!
Enfim, é um filme que não é perfeito, mas que agrada bastante, e que consegue envolver do começo ao fim, valendo demais a conferida, e acredito que vai movimentar bastante as salas dos cinemas, pois tanto a garotada vai se divertir quanto os mais velhos que viram o original oito anos atrás estarão dispostos de entrar no clima novamente dessa princesa mais destemida da Disney. Então fica a dica, e eu fico por aqui hoje, voltando em breve com mais textos, então abraços e até lá.
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