O longa nos apresenta Liane, 19 anos, ousada e cheia de energia, vive com sua mãe e sua irmãzinha num bairro empoeirado de Fréjus. Obcecada pela beleza e pelo desejo de se tornar famosa, ela enxerga na televisão uma oportunidade de ser amada. O destino finalmente parece sorrir para ela quando é pré-selecionada para o reality show “Miracle Island”.
Diria que faltou ousadia para a diretora e roteirista estreante Agathe Riedinger, pois seu filme tem uma boa presença, tem uma garota solta e nem disposta a se entregar para a essência que o filme pedia, mas faltou para ela o poder de concisão em alguns atos, e talvez desenvolver um pouco mais outros, de modo que o filme até tem uma certa dimensão dentro do formato escolhido, mas não consegue se desprender da tela e despertar a curiosidade do público pelo algo a mais que a garota poderia render, sendo realmente um diamante bruto a ser lapidado, então o resultado final acabou ficando só no básico mesmo, de modo que fiquei o tempo inteiro pensando em como o longa poderia ser fechado, e dito e feito, fecharam com um nada a mais.
Quanto das atuações, diria que Malou Khebizi foi bem ousada e disposta com sua Liane Pougy, de modo que a jovem não se segurou em nenhum ato, se jogando por completo com corpo e com atitudes, de modo que sendo bem bonita, também mostrou que teria um algo a mais para entregar, mas não foi muito usada pela diretora nesse sentido, então apenas fez bem o que tinha de fazer, sem ir além. O jovem Idir Azougli mostrou um certo carinho a mais pela jovem com seu Dino, de modo que foi em busca de querer um algo a mais para ela, fez trejeitos de apaixonado e chamou para si alguns atos a mais. Como o longa focou bem na protagonista, não teve praticamente abertura para nenhum outro personagem ir além, e assim o foco ficou só nos dois que já citei, tendo um pouco de uso da garotinha que faz a irmã, mas sem ir muito além também.
Visualmente a trama mostrou um pouco do bairro pobre aonde a jovem mora, passeou por algumas mansões aonde pessoas fazem vídeos, foi num parque aquático abandonado, e teve algumas cenas de correria e roubos por parte da garota em shoppings, mas tudo bem básico, contendo apenas com roupas, e perfumes e claro seus cabelos para se destacar além do corpo da jovem.
Enfim, é um filme básico demais que tinha até um pouco mais de proposta para ir além, mas como a ideia era mostrar bem a ideologia superficial mesmo, acabou ficando por ali, e não fluiu muito além. Então fica a dica para quem sonha em ir mais além nesse mundo da influência para não fazer as loucuras da jovem, afinal se for pra ser, será! E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas lá vou eu para o meu penúltimo filme do Festival Varilux de Cinema Francês, então abraços e até daqui a pouco.
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