A sinopse nos conta que para tentar salvar seu filho Martin, injustamente condenado à morte na Indonésia, Carole embarca em uma luta contra os exploradores de óleo de palma responsáveis pelo desmatamento e contra os poderosos lobbies industriais.
O diretor e roteirista Édouard Bergeon quis mostrar mais a luta da mãe para salvar o filho, do que o filho em tentar se salvar, pois ficou claro que ele não pensou nele, na mãe e em nada, só queria a denúncia, mas a ideia em tem uma boa entrega, e só não diria que é melhor pelo roteiro safado com o fechamento que poderia ter sido resolvido logo de cara após a prisão do rapaz. Ou seja, é um filme que tem pegada, que mostra muito do que tem acontecido mundialmente com desmatamentos e ativistas que acabam sumindo ou caindo em golpes das grandes empresas de produção, que de certa forma funciona como um filme denúncia, aonde o diretor trabalha bem toda a parte dos julgamentos, de estrangeiros caindo como presas fáceis para o sistema de um país menor aonde tudo funciona na base do dinheiro, e também coloca boas conexões políticas ao trabalhar tudo que a mãe passa ao conversar com deputados, adidos e até influenciadores de grande porte, ou seja, é bem trabalhado na essência mostrando personalidade por parte do diretor, que conseguiu ambientar bem tudo como uma grande produção do estilo faria, mas que dava para ter melhorado um pouco o roteiro para o fechamento.
Quanto das atuações, o longa foca bastante em Alexandra Lamy com sua Carole Landreau disposta a tudo, desesperada, com trejeitos de todos os estilos para conseguir soltar o filho, ou pelo menos que não fosse executado, tendo presença cênica e chamando muito do filme para si. Félix Moati também foi bem presente com seu Martin Landreau, mostrando logo de cara o que foi fazer na comunidade, trabalhando trejeitos bem encaixados com um ar mais corrido, e quando preso pôs o desespero para jogo, ou seja, sofreu bastante. Tivemos Sofian Khammes bem político com seu Saïd Ayouche, num momento parecendo que não ajudaria tanto a mãe do rapaz, mas depois ficando bem mais presente do que a embaixada em si. Julie Chen trabalhou sua Nila Jawad como todo ativista, encantando com grandes ideias, mas quando mais se precisa desaparece facilmente. Antoine Bertrand teve alguns atos bem diretos com seu Paul Lepage, meio que jogando inicialmente nos dois lados, mas quando viu seu lado pegando fogo foi para o rumo que lhe bancava mais. E entre os demais vale um leve destaque para Michael Schnörr com seu Rudi, e claro Stéphane Pezerat com seu Antoine Poulain, totalmente negociador de marcas, não ligando para nada do que a mulher estava falando com ele.
Visualmente a trama teve uma boa entrega digna de grandiosas produções, tendo atos imponentes numa vila no meio da floresta, com direito a tiroteio, fogo e tudo mais em uma festa de casamento, tivemos um julgamento bem de cartas marcadas num país fechado para suas leis, um aeroporto simples, mas pronto para aparecer drogas em uma mala, uma prisão sucateada aonde não se tem praticamente nada (conseguiram fazer pior do que as do Brasil!), e uma outra de segurança máxima no meio de um rio tendo de ir de balsa para chegar, muitas cenas dentro das embaixadas com a mãe e um hotel simples, ou seja, vários ambientes, e um único elemento cênico importante que é o cartão de memória e a forma que os computadores abrem alguns programas.
Enfim, é um filme bem interessante, que chama muita atenção e que envolve bastante pela entrega dos personagens, de modo que talvez pudesse ir mais além na tela, mas ainda assim vale tanto como filme denúncia como um bom entretenimento, então fica a dica de conferida, e eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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