O longa nos mostra que uma jornalista francesa encontra o icônico artista surrealista Salvador Dalí em várias ocasiões, para um projeto de documentário cuja realização se revela bem difícil e cheia de surpresas.
O mais engraçado é que tivemos dois filmes abstratos do diretor e roteirista Quentin Dupieux nesse ano no Festival Varilux, e em ambos ele conseguiu trabalhar de formas tão diferentes, que nem parece o mesmo comandante, de modo que aqui ele acabou brincando demais com sotaques, com a percepção temporal e até mesmo o próprio estilo ousado e abstrato do pintor, não deixando margens para que virasse um filme simples de ver na tela, tendo pegada e intensidade, e principalmente podendo não deixar tudo muito redondinho, de forma que mesmo quando você acha que acabou ele ainda brinca mais algumas vezes com você, ou seja, um trabalho ousado, porém extremamente cômico e divertido na medida certa, mostrando que é um diretor para ficarmos bem atentos.
Visualmente a trama não podia ter outra estética senão tudo bem próximo do surrealismo do pintor, com personagens esquisitos, corredores intermináveis de um hotel, animais em quartos, TVs antigas, entrar com um carro na praia, além de muitos objetos bem coloridos, mas sem sair da base centrada, ou seja, é daqueles filmes que a equipe de arte elaborou muito bem tudo o que precisava no roteiro e não mudou uma vírgula de lugar, e assim sendo acaba agradando bastante.
Enfim, fazia tempo que não ria tanto em uma comédia de festivais, pois sempre acabam sendo boas sacadas, mas não algo que fizesse uma diversão completa, então recomendo com certeza essa loucura para todos conferirem. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas já vou para mais uma sessão do Festival Varilux, então abraços e até daqui a pouco.
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