Diria que o diretor e roteirista Kyle Edward Ball foi muito esperto, pois em seu primeiro longa, usou toda a sua experiência com o canal de vídeos curtos que tem e através de um crownfunding (ou vaquinha como conhecemos aqui) arrecadou o dinheiro para fazer o longa e com isso seu filme teve diversos produtores mundo afora, de tal forma que o famoso boca a boca se popularizou, então não é por ser uma trama aterrorizadora de pesadelos de infância que o filme explodiu, mas sim por muitos irem indicando e com isso mais e mais pessoas querendo ver, e aí variando dos gostos, cada um enxergou algo na ideia aberta do longa e o resultado foi assim. Ou seja, a trama acabou sendo exageradamente experimental, tanto para o diretor que teve sua primeira experiência com um longa, quanto para o público, que diria ter sido usado em algo que não traz quase que nenhum sentimento, e isso é algo que pesa bastante.
Só não vou pular a parte que falo das atuações, por respeito aos meus leitores, pois o filme tem quatro atores, sendo duas crianças (Lucas Paul como Kevin e Dali Rose Tetreault) e dois adultos (Ross Paul e Jamie Hill), mas facilmente daria para fazer igual nos desenhos do "Tom e Jerry" em que os humanos não aparecem a cabeça nem o corpo direito e colocar qualquer um em cena, pois diria que consegui enxergar os jovens umas quatro ou cinco vezes por inteiro, e sem expressões quase que nenhumas, e os adultos tentam dar alguns sustos em tons de vozes e poucas aparições, ou seja, se quisesse economizar com cachê pegava uma atriz pequena e ela faria os quatro papéis.
Visualmente, o que conseguimos ver no meio das cenas bem escuras é uma casa de dois andares, vários cantos dela, um quarto de casal aonde rolam algumas cenas estranhas com uma mulher sentada na beirada, um porão e um banheiro que some a privada e precisam usar baldes (aliás a única cena com luz total que vemos bem o ambiente), e claro aonde rola praticamente o filme todo que é a sala aonde os protagonistas mirins levam suas cobertas e ficam por ali assistindo alguns desenhos antigos, além de um chão cheio de brinquedos de montar que vão sumindo, e uma mosca logo no começo que pareceu até sair de minha TV (único momento que fiquei bem tenso querendo tirar o bicho dali, devido a profundidade que deram para tudo), ou seja, a equipe de arte sofreu mesmo para se achar na casa escura, e o diretor optou por um excesso gigante de ruído na tela que acaba incomodando de uma forma bem ruim, mas é um estilo.
Enfim, é um filme completamente diferente de tudo o que já vi nesses anos de crítica, e isso é bom por mostrar criatividade, mas como já disse o gênero experimental (nem vou classificar o longa como um terror) é um dos que menos gosto, então pelo meu gosto pessoal não recomendaria a trama, mas sei que tem gente que ama o estilo, então talvez se apaixone pelo resultado, e assim sendo fica a dica para os que estão completamente malucos para ver a trama pelo hype criado na internet e nos aplicativos de vídeos instantâneos. E é isso pessoal, fico por aqui hoje agradecendo a distribuidora A2 Filmes pela cabine de imprensa, e volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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