Eu nem precisaria ter pesquisado a filmografia do diretor Daniel Jaroszek para saber que essa é sua estreia como diretor, pois o filme tem as devidas falhas de um estreante na posição, mas nada que incomode, pois ele soube pegar o bom roteiro de Nacueh Jraszewski e desenvolver toda a trama de uma maneira bem simbólica, mostrando as desenvolturas de um homem que já tinha os seus problemas físicos, mas ainda procurava passar um bom sentimento para todos os próximos que necessitassem de sua ajuda, e diria que o estilo da trama tem uma pegada leve e bem trabalhada, contando com símbolos bem encaixados e dinâmicas bem colocadas, sendo uma homenagem sincera e interessante que ao final quando comparamos os personagens reais ficaram ainda mais evidentes a felicidade por saber que conseguiu mostrar tudo. Claro que poderia ser mais impactante, ter um desenvolvimento mais forte e conciso, mas não era a proposta da trama, e assim posso dizer que para um primeiro trabalho até que o jovem fez bem tudo o que podia fazer.
Sobre as atuações, antes de mais nada temos de parabenizar a equipe de maquiagem, pois Dawid Ogrodnik não se parece em nada com o padre Jan Kaczkowski, mas foi tão bem colocado que nas cenas finais que mostram o verdadeiro, acabou ficando muito parecido, e o ator soube pegar a essência, fazer movimentos corporais dificílimos que deve ter cansado à beça, e com olhares e diálogos bem encaixados conseguiu envolver com muita simplicidade, carisma e simpatia, ou seja, acertou em cheio com tudo o que precisava fazer. Piotr Trojan também se jogou na personalidade de seu Patryk, criou as devidas desenvolturas e olhares, e foi mudando gradualmente seus trejeitos conforme ficava mais na casa assistencial, de forma que mesmo ainda entregando alguns atos mais tensos de crimes, deu as nuances certas para o seu devido momento, ou seja, o ator soube segurar bem a intensidade e soar marcante. Ainda tivemos outros bons personagens de conexão, cada um aparecendo bem pouco com tudo, mas sem dúvida vale o destaque para Maria Pakulnis com sua Hanna inicialmente bem fechada e não gostando do garoto, mas depois sendo quase como sua melhor amiga ali, tendo um envolvimento de olhares bem bonitos de se ver.
Visualmente o longa foi simples de locações, mas conseguiu mostrar bem o asilo do padre com vários idosos e doentes, mostrou uma cozinha bem montada aonde o jovem descobriu sua paixão, tivemos alguns atos de julgamentos e até a igreja aonde o padre pregava, além de algumas cenas em shows e na TV, ou seja, conseguiram simbolizar bem os principais atos do verdadeiro padre para dar uma boa essência para a trama, inclusive com alguns atos bem divertidos dentro do carro dele, aonde as pessoas precisavam rezar para pedir para sobreviver até o fim da viagem com o jeito de dirigir do padre. Ou seja, a equipe pesquisou bem os atos e foi bem simbólica sem precisar de nada muito chamativo.
Enfim, não é daqueles filmes que você vai se surpreender, mas é um bom passatempo para conhecer um homem simples e suas atitudes para com os próximos, tendo cenas que alguns vão se emocionar, mas a essência completa é mais de homenagem, sendo algo bem simbólico e bacana de ver, então para quem gosta fica a dica desse bom filme polonês. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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