Nem precisaria disso, mas ao pesquisar sobre o diretor Uluç Bayraktar, logo de cara vemos que seu currículo é quase todo de novelas e séries de muitos capítulos, ou seja, é um estilo que domina e faz muito bem há tempos, e com seu segundo longa metragem, ele não fugiu muito de suas bases, trabalhando algo até que bem interessante de ver na tela em cima da história do livro de Mehmet Eroglu, e volto a dizer que o que vemos na tela não é algo ruim, principalmente para quem gosta desse estilo de filmes e séries, aonde o protagonista começa procurando uma coisa, acaba se envolvendo com outras, e na metade do caminho já mudou quase todo o eixo para ir brincando com o público. Mas sabiamente o diretor conseguiu fechar bem todas as histórias, e ainda por incrível que pareça agradar deixando uma segunda trama para ser desenvolvida, ou seja, esse filme é bem concluído e o resultado se encerra, não sendo o segundo filme que vem em Agosto algo que precisaria para explicar algo, mas sim uma possibilidade diferente de seguimento, e acredito pelo trailer que será interessante, então ficarei esperando para ver no que dá.
Sobre as atuações, a grande base é focada em Nejat Isler que tem tanto um ar galanteador sem ser novinho, e isso é bacana de ver pelo perfil da trama, de forma que seu Sadık tem personalidade, já tem o jogo de cintura de anos na cadeia, e a base de um bom advogado, sabendo lidar com todo tipo de pessoas que vir pela frente, e com bons olhares e trejeitos fortes encaixa suas cenas com muita sagacidade e diversão, agradando bem sem soar exageradamente falso. Ainda tivemos bons atos de Ilayda Alisan como uma ex-prostituta que vira namorada do protagonista, Ilayda Akdogan como a irmã do personagem desaparecido que vive a base de chantagens, e Erdal Yildiz como um chefão bem violento e de facetas marcantes, mas também tivemos alguns desastres como os gêmeos com uma maquiagem estranha, a ex-mulher do protagonista que vive atrás dele para ser novamente culpado por algo que fez, entre outros que foram entrando e sendo conectados na trama.
Visualmente o longa passa por muitos lugares da cidade, com boas bases no apartamento quase que abandonado do protagonista, o apartamento de sua garota mais ajeitado, vamos para restaurantes chiques e de rua, um cortiço cheio de imigrantes e pessoas traficadas, vemos algumas mansões espalhadas, e tudo muito conectado para o lado investigativo da trama, ou seja, a equipe de arte trabalhou bastante no estilo de uma grande novela mesmo, mas que coube dentro de duas horas e funcionou bem.
Enfim, é um longa que tem seu estilo bem definido e que quem gosta vai adorar, mas quem esperar algo mais trabalhado de uma forma dramática tradicional de longas de mistério talvez vai se irritar um pouco com tudo o que verá na tela. Então fica a dica já sabendo o que esperar e boa conferida para todos. E é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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