65: Ameaça Pré-Histórica (65)

3/11/2023 02:14:00 AM |

Já fui surpreendido várias vezes com filmes que entregam histórias bem diferentes do que aparentam nos trailers e sinopses, mas sempre tendo alguma base com o que esperava encontrar, porém hoje jurava que o que veria na tela era outro filme completamente diferente do que acabei assistindo, e isso foi ótimo, pois a trama de "65: Ameaça Pré-Histórica" aparentava ser muito semelhante à vários outros que vimos nos últimos meses, com viagens temporais e planetárias com elementos estranhos e tudo mais, e nada disso ocorre, pois o filme nos leva para algo bem antes de existir humanos na Terra, ou seja, os personagens são "aliens" de outros planetas que por um acaso do destino (ou melhor algo que já estudamos e que acaba sendo bem usado aqui) caem na Terra até então desconhecida por eles, em plena época dos dinossauros, tendo de descobrir uma maneira de fugir dali antes de virarem comida de répteis gigantes ou serem tostados por um gigantesco asteroide que vai destruir tudo dali. Ou seja, é uma trama bem bacana e interessante de ser vista, com a atuação tradicional de Adam Driver que sempre é bem esforçada e cheia de impacto, mas talvez um pouco mais de velocidade para as dinâmicas deixariam o longa mais tenso e cheio de nuances ainda mais fortes.

A sinopse nos conta que depois de um acidente catastrófico em um planeta desconhecido, o piloto Mills rapidamente descobre que está encalhado na Terra há 65 milhões de anos. Agora, com apenas uma chance de resgate, Mills e a única outra sobrevivente, Koa, devem atravessar um terreno desconhecido crivado de perigosas criaturas pré-históricas em uma luta épica para sobreviver.

Se formos olhar a fundo a carreira de Scott Beck e Bryan Woods nem vamos nos lembrar de suas produções como diretores, pois só fizeram algumas tramas bem pouco conhecidas, mas se entrarmos na carreira deles como roteiristas, aí a coisa já muda bastante, pois foram responsáveis por duas tramas tão intensas e grandiosas que surpreenderam a todos com "Um Lugar Silencioso" e sua devida continuação, bem como escreveram o próximo filme da saga, ou seja, sabem causar suspense e diálogos bem construídos para prender o público, então nem poderíamos esperar muita coisa diferente deles aqui, pois a história em si é bem marcante e interessante, e prende bem o espectador, porém ainda como diretores faltou criar um dinamismo maior para impactar mais e fazer a história fluir melhor, mas vão longe ainda.

Sobre as atuações, já disse isso outras vezes e não me canso de dizer que alguns atores são exageradamente secos de expressividade, e um deles é Adam Driver e isso para alguns papeis é até bem bom, mas aqui seu Mills precisava de um pouco mais de carisma para que o público se conectasse na sua história de perca, no envolvimento com a garotinha e toda a responsabilidade que ele carrega na trama, mas ao menos como já serviu o Exército soube entregar uma boa postura e cadenciou ao menos as cenas de embate de uma forma bem coerente e interessante de ver. A jovem Ariana Greenblatt foi bem marcante com sua Koa, de modo que sem falar a língua do seu companheiro de cena, trabalhou os trejeitos para dar sua voz, e conseguiu capturar bons momentos com suas atitudes, chamando muita atenção para si, o que é bom, pois tende a chamar cada vez mais produções com seu jeito contido, mas esperto. Ainda tivemos algumas participações  de Chloe Coleman como a filha do protagonista, e de cara fica marcado que está doente pelas falas iniciais, e a jovem se joga bem nas projeções, dando boas nuances e chamando para si algumas cenas, mas foi usada apenas como apoio, já que não teve tanto direcionamento com os protagonistas.

Visualmente o longa é muito bem trabalhado, de modo que os dinossauros pareceram bem realistas no estilão dos longas de "Jurassic World", aliás não duvido de ser até a mesma equipe que criou os animais, temos uma Terra bem marcada por florestas, gêiseres, montanhas, e claro o espaço totalmente "habitado" pelas pedrinhas que rodeavam a pedrona que acabou com tudo, então a equipe soube criar bons elos com o passado, brincou com pinturas nas pedras, com uma nave e armas bem tecnológicas, mas mostrou bem pouco do planeta do protagonista, que poderia dar algumas nuances maiores para tudo, e claro entendermos seu serviço de levar pessoas de um planeta para o outro, que acabou ficando bem jogado, mas isso não foi culpa da equipe de arte, então posso dizer que no que dependeu deles foram até que bem demais.

Enfim, diria que até gostei bastante do que vi na tela, fui surpreendido com algo que não estava esperando, e que é um bom passatempo que conta uma história bacana, mas que dava para causar muito mais tensão e impacto com pouquíssimas mudanças que não aconteceram, então com isso tenho de dar uma pesada na nota, mas ainda assim vale a recomendação. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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