Reclamei bastante do primeiro filme da diretora e roteirista Anita Rocha da Silveira, "Mate-Me Por Favor", mas diria que nesse novo ela foi bem melhor nas dinâmicas e criou algo que conseguimos enxergar dentro da proposta, e o melhor causando sensações diferentes de tudo. Claro que o filme tem uma ideologia que muitos nem irão entender, outros irão ficar aborrecidos por parecer com algo que vê diariamente, mas diria que toda a essência foi bem colocada na trama e o resultado geral impressiona bastante, mostrando uma segurança de estilo, e claro falando alto que seu gênero é esse, então aceitem ou não todo o restante vai ser bem alocado. Ou seja, o que vemos na tela é uma realidade distópica bem trabalhada em cima de algo bem realista, que encaixando ainda a proposta do mito da beleza de Medusa ficou bem direto e marcante, e assim embora não seja um filme perfeito, o resultado geral acaba chamando muita atenção dentro do estilo terror.
Sobre as atuações, diria que as protagonistas foram bem conectadas dentro da trama e representaram bem os papeis que tinham para colocar, de modo que vemos algumas leves derrapadas para forçar o estilo, mas que não incomodam, sendo diretas e expressivas. Mari Oliveira foi bem sagaz nas cenas de sua Mariana, criando possibilidades e trejeitos fortes para sua personagem, chamando a responsabilidade cênica para si, e ousando por não seguir uma linha tradicional de espanto nem terror falseado, e assim o resultado acaba sendo até que bem interessante de ver na tela. Da mesma forma chega a ser assustador o que Lara Tremouroux faz com sua Michele, e não por ser atos assustadores de violência, mas por passar a mensagem de perfeição maior que tudo, e a atriz quando se solta muda completamente os ares e chama muita atenção com a reviravolta completa, sendo marcante e agradando bastante. Quanto aos demais, a maioria fez apenas conexões, tendo leves destaques para alguns atos de Felipe Frazão com seu Lucas, Thiago Fragoso como Pastor Guilherme e apenas uma leve participação de Bruna Linzmeyer como Melissa, mas a montagem completa funciona para todos.
Visualmente diria que o longa é ainda mais estranho do que parece, pois trabalhando ruas escuras com apagões e mulheres belíssimas num coral estanho dentro de uma igreja com luzes neon em rosa e azul com seus vestidinhos perfeitos, quando saem dali colocam máscaras e viram uma gangue que chuta quem acha ser pecaminosa, tendo um hospital aparentemente abandonado com pessoas em coma todos juntos em catarse, fora o que ocorre nos apagões com os personagens lá, uma rave no meio da floresta maluca com pessoas com máscaras de animais, ou seja, tudo muito simbólico para marcar e chamar atenção, sendo representativo dentro do contexto da trama, que dá para conectar com tudo e entender bem a ideia da diretora.
Enfim, está longe de ser um filme perfeito como as mulheres ali se julgam, mas é um terror interessante que alguns vão adorar toda a ideia e outros vão sair xingando completamente, porém vale a mensagem e diria que é um bom filme de certo modo, então fica a recomendação para quem gosta de um terror diferenciado conferir a partir do dia 16/03 que é quando ele entra em cartaz nos cinemas. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos.
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