Embora não seja o primeiro trabalho de Jamie Payne na direção de longas, seus últimos 15 anos foram somente em cima de séries, então praticamente deixou de lado as tramas mais concisas e floreou tudo em cima de personagens a exaustão, e certamente gostou muito do que fez com a última temporada da série "Luther" ao ponto de aceitar um novo roteiro mais fechado para uma trama só, e fez muito bem, afinal sabendo como deixou tudo ocorrer no encerramento, pode brincar bastante aqui com as dinâmicas do personagem, e usar e abusar do roteiro de Neil Cross que escreveu todos os episódios da série e volta aqui com sua sequência. Ou seja, vemos uma direção precisa de filme mesmo, aonde tudo se desenrola bem com um começo, meio e fim, aonde mesmo quem não conheça o personagem consiga entrar no clima e entender toda a situação da trama, o que é muito bom. Porém como sabemos produtores são grandes vampiros sanguessugas de dinheiro, e o que fizeram para fechar o longa, deram uma brecha para uma possível continuação, agora veremos se será uma série ou apenas mais um longa, o que espero com toda a força.
Sobre as atuações, é fato que os olhos se fecham para o perfil incrível de Idris Elba, afinal ele sabe como conduzir um personagem de forma intensa, sabe brincar com olhares e desenvolturas, e principalmente entrega tudo e mais um pouco em atos fechados, e com um personagem que usou por 5 anos certamente foi bem fácil voltar a usar as vestimentas e fazer os trejeitos marcantes de John Luther, e claro que deu show sem precisar se esforçar, ou seja, vamos querer ver ele mais vezes no papel. Andy Serkis sabe fazer muito bem performances chamativas, e cadenciar vilões intensos bem protagonizados, de forma que seu David Robey é muito forte e sagaz, tendo claro uma boa base de apoio para tudo o que faz, só diria que poderia ter ido ainda mais além se o diretor usasse as cenas finais de show para mais atos da trama, pois aí seu personagem impactaria com algo tão forte que o público desejaria mais força na sua caça, então quem sabe vale um longa solo sobre o personagem, e o ator certamente estará pronto para isso. Outra que caiu muito bem no papel de investigadora foi Cynthia Erivo com sua Odette Raine bem preparada para tudo, cheia de facetas e dinâmicas, e pronta para os atos mais dramáticos, que tem sido sua grande marca, veremos se será usada mais para frente, mas agradou bem com o que fez aqui. Dentre os demais tivemos muitos personagens de conexão, alguns mais importantes, outros menos, valendo claro o destaque para Martin Schenk revivendo seu um Dermot Crowley da série, trabalhando um ar pensativo e que aparentemente não está ajudando o protagonista, mas sabemos bem que não é assim, e o resultado só vendo na tela.
No conceito visual diria que trabalharam uma Londres sombria bem densa, aonde vemos os envolvidos pelo vilão fazendo atos intensos e marcantes, vemos uma prisão bem preparada, um departamento de polícia meio confuso, e cenas bem dramáticas no metrô, além claro das cenas finais num ambiente frio, cheio de neve, que não nos é identificado na trama, mas que conseguiram montar literalmente um show de horrores e mortes, que espero ver num filme solo, pois a ideia é boa.
Enfim, é um bom longa do gênero, que funciona bem dentro da proposta, e que certamente os fãs da série irão vibrar por ver seu personagem de volta a ativa com muita intensidade, e claro também quem gosta do gênero vai ficar feliz, afinal o ator soube fazer algo bem marcante na tela ao ponto de valer a recomendação. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos nesse dia que ainda tem a Festa do Oscar, então abraços e até logo mais.
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