Netflix - Luther: O Cair da Noite (Luther: The Fallen Sun)

3/12/2023 04:26:00 PM |

O estilo policial é daqueles que você fica sempre bem conectado com todas as possibilidades da trama, que se envolve com os personagens, e que como já disse outras vezes gostamos de tentar descobrir como tudo vai rolar até o final. Porém alguns longas já nos entregam o suspeito logo de cara e tudo funciona de forma inversa, aonde vamos buscar mais como o protagonista vai conseguir pegar ele e desfazer seu plano sórdido, e usando dessa base entramos no mundo do longa da Netflix, "Luther: O Cair da Noite", que muitos vão fazer a principal pergunta se é necessário ter visto a série de 5 temporadas que teve antes, e a resposta vem bem mais rápida do que o filme todo: Não, afinal como já disse também outras vezes, não gosto de séries, e embora aqui tenha alguns personagens originais de lá que quem viu entenderá tudo melhor, o resultado geral acaba sendo bem tranquilo de conferir, então quem estiver com esse medo pode dar play tranquilamente, que vai entender tudo e irá curtir cada minuto da ação desse baita investigador que é o personagem.

A sinopse nos conta que o tempo passou e Luther está atrás das grades em um grande caso na Londres moderna. Com toda a sua engenhosidade brilhante, ele consegue escapar. No entanto, seu alvo, o implacável assassino em série e psicopata cibernético David Robey, está sempre um passo à frente dele. Com um trabalho de detetive nada convencional, sufoca-se um jogo de gato e rato, pelo qual Luther não poupa meios para levar o assassino à justiça. Sob a observação constante de seu superior, o detetive superintendente Dermot Crowley, ele constantemente força os limites do trabalho investigativo da polícia.

Embora não seja o primeiro trabalho de Jamie Payne na direção de longas, seus últimos 15 anos foram somente em cima de séries, então praticamente deixou de lado as tramas mais concisas e floreou tudo em cima de personagens a exaustão, e certamente gostou muito do que fez com a última temporada da série "Luther" ao ponto de aceitar um novo roteiro mais fechado para uma trama só, e fez muito bem, afinal sabendo como deixou tudo ocorrer no encerramento, pode brincar bastante aqui com as dinâmicas do personagem, e usar e abusar do roteiro de Neil Cross que escreveu todos os episódios da série e volta aqui com sua sequência. Ou seja, vemos uma direção precisa de filme mesmo, aonde tudo se desenrola bem com um começo, meio e fim, aonde mesmo quem não conheça o personagem consiga entrar no clima e entender toda a situação da trama, o que é muito bom. Porém como sabemos produtores são grandes vampiros sanguessugas de dinheiro, e o que fizeram para fechar o longa, deram uma brecha para uma possível continuação, agora veremos se será uma série ou apenas mais um longa, o que espero com toda a força.

Sobre as atuações, é fato que os olhos se fecham para o perfil incrível de Idris Elba, afinal ele sabe como conduzir um personagem de forma intensa, sabe brincar com olhares e desenvolturas, e principalmente entrega tudo e mais um pouco em atos fechados, e com um personagem que usou por 5 anos certamente foi bem fácil voltar a usar as vestimentas e fazer os trejeitos marcantes de John Luther, e claro que deu show sem precisar se esforçar, ou seja, vamos querer ver ele mais vezes no papel. Andy Serkis sabe fazer muito bem performances chamativas, e cadenciar vilões intensos bem protagonizados, de forma que seu David Robey é muito forte e sagaz, tendo claro uma boa base de apoio para tudo o que faz, só diria que poderia ter ido ainda mais além se o diretor usasse as cenas finais de show para mais atos da trama, pois aí seu personagem impactaria com algo tão forte que o público desejaria mais força na sua caça, então quem sabe vale um longa solo sobre o personagem, e o ator certamente estará pronto para isso. Outra que caiu muito bem no papel de investigadora foi Cynthia Erivo com sua Odette Raine bem preparada para tudo, cheia de facetas e dinâmicas, e pronta para os atos mais dramáticos, que tem sido sua grande marca, veremos se será usada mais para frente, mas agradou bem com o que fez aqui. Dentre os demais tivemos muitos personagens de conexão, alguns mais importantes, outros menos, valendo claro o destaque para Martin Schenk revivendo seu um Dermot Crowley da série, trabalhando um ar pensativo e que aparentemente não está ajudando o protagonista, mas sabemos bem que não é assim, e o resultado só vendo na tela.

No conceito visual diria que trabalharam uma Londres sombria bem densa, aonde vemos os envolvidos pelo vilão fazendo atos intensos e marcantes, vemos uma prisão bem preparada, um departamento de polícia meio confuso, e cenas bem dramáticas no metrô, além claro das cenas finais num ambiente frio, cheio de neve, que não nos é identificado na trama, mas que conseguiram montar literalmente um show de horrores e mortes, que espero ver num filme solo, pois a ideia é boa.

Enfim, é um bom longa do gênero, que funciona bem dentro da proposta, e que certamente os fãs da série irão vibrar por ver seu personagem de volta a ativa com muita intensidade, e claro também quem gosta do gênero vai ficar feliz, afinal o ator soube fazer algo bem marcante na tela ao ponto de valer a recomendação. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos nesse dia que ainda tem a Festa do Oscar, então abraços e até logo mais.


0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...