Praticamente todos os filmes do diretor e roteirista Tomasz Mandes pelo que vi em sua filmografia seguem a mesma base, e isso se olharmos a fundo não é algo ruim, pelo contrário, já que mostra sua assinatura, porém ele precisa entender que todo filme precisa de diálogos e histórias para se desenvolver, não ficando apenas colocando a música alta e os artistas se pegando na tela, pois isso tem outro nome no mundo do audiovisual, e aqui embora não seja algo maluco nas pegações, o resultado dentro da história acabou soando um pouco falso demais, sendo daquelas tramas que você não consegue acreditar em nada desde o começo, pois o que de início pareceu meio como uma piada num carro, logo menos vemos o cara invadir um lugar apenas de juízes e já sair transando, antes mesmo de um oi mais formal, ou seja, depois disso tudo poderia acontecer, e até temos algumas tentativas de reviravoltas, mas sempre seguindo algo meio sem dar para acreditar. Ou seja, faltou elaborar melhor o roteiro, e embora tenha um desfecho formatado, ficou parecendo que vão dar sequência na trama, o jeito será ver como a bilheteria mundial responde.
Sobre as atuações é algo meio difícil até de falar, mas como a química entre os personagens nem existiu ficou parecendo que os atores não estavam com muita empolgação nas dinâmicas (claro tirando as cenas de sexo, aonde não sei se usaram dublês de corpo, mas fizeram movimentações bem intensas), e dito isso Simone Sussina até trabalhou de forma bem sensual e emocional o seu Max, dando as devidas nuances nos olhares, e até indo um pouco além, mas seus diálogos não tem muita fluência, mostrando que ainda vai precisar muito trabalhar para conseguir papeis sem ser desse estilo, mas é seu terceiro filme apenas, então tem chão ainda. Já Magdalena Boczarska mostrou muito mais experiência nas desenvolturas de sua Olga, mas sua personagem é seca e sem impactos que chamasse a responsabilidade para si, de forma que chega a soar falso demais seu envolvimento com o protagonista. E da mesma forma a garota Katarzyna Sawczuk fez de sua Maya aquelas personagens mimadas que tanto temos raiva, e que não desenvolve sua interação com os demais, parecendo ter cortes em suas cenas, e isso é algo que dava para mascarar de uma forma melhor. Ainda tivemos outros personagens com algumas conexões como o outro juiz e o amigo que só deseja vir para o Brasil de qualquer forma, mas que nem temos grandiosas expressões, então melhor nem dar destaque para ninguém.
Visualmente a trama poderia ter explorado mais cenas na mansão da protagonista, no tribunal e no barco ao invés de focar em tantas cenas numa praia praticamente deserta, pois mesmo sendo algo paradisíaco o ambiente ficou meio sem elementos para serem usados, ou seja, a equipe de arte preparou lugares muito melhores e o diretor optou por trabalhar vários saltos de paraquedas, vários momentos nas areias e até que funciona pro ar erótico da trama, mas não como filme.
Enfim, é um filme que falha bastante, e que só funciona mesmo para quem gosta desse estilo, ou que queira ver alguns personagens nus, pois a história é fraca e os atores não são grandes nomes para conseguir dominar essa história e fazer dela algo chamativo, então diria que não recomendo ele, mas para quem quiser tentar a sorte ele estreia na próxima quinta 06/04, então fiquem a vontade. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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