Dupla Explosiva 2 - E a Primeira Dama do Crime (Hitman's Wife's Bodyguard)

7/23/2021 01:14:00 AM |

Antes de mais nada, vou confessar que lembrava bem pouco do primeiro filme, então fui dar uma olhada em algumas cenas e no que escrevi dele quando vi em 2017, e olha que foi algo que curti apesar de toda a apelação, ou seja, não era para ter esquecido por completo de algo com três grandes atores, mas acontece, então eis que se lá pareceu que os atores não estavam tão entrosados para toda a bagunça, aqui já vieram com a química bem engatada, e então tudo literalmente vai pelos ares em algo completamente insano, cheio de boas sacadas, mas que também não vai muito além de um vilão maluco que quer destruir toda a Europa, e colocam para combater ele três malucos piores ainda, e assim sendo a diversão de "Dupla Explosiva 2 - E a Primeira Dama do Crime" até é boa de ver, mas acredito que daqui um tempo assim como o primeiro não lembrarei nem de ter conferido.

O longa nos conta que o casal estranho mais letal do mundo - o guarda-costas Michael Bryce e o assassino de aluguel Darius Kincaid - estão de volta em outra missão com risco de vida. Ainda sem licença e sob vigilância, Bryce é forçado a entrar em ação pela esposa ainda mais volátil de Darius, a infame vigarista internacional Sonia Kincaid. Enquanto Bryce é levado ao limite por seus dois protegidos mais perigosos, o trio se mete em uma trama global e logo descobre que eles são tudo o que está no caminho de um louco vingativo e poderoso.

O diretor Patrick Hughes volta a comandar a equipe após 4 anos e mostra que tem a segurança nos atos, e que principalmente estava bem disposto a se divertir com os personagens independente do que fosse rolar, e criou diversos momentos bem sacados, trabalhou as dinâmicas com interação máxima de estilo, e principalmente ousou em muita ação do começo ao fim, não dando nem tempo para os respiros casualmente colocados para diálogos, ao ponto que o roteiro acabou deixando de lado as conexões mais calmas, e botou para jogo tiros, explosões, corridas, e muita sincronia tanto por parte dos atores, como certamente dos dublês que encararam tudo ao máximo. Ou seja, é daqueles filmes que se você for parar para pensar no que a história conta nem vai saber direito, mas tudo é tão bagunçado que acaba agradando de certa forma, e como uma sequência acabaram encaixando a ideia toda, botado uma loucura desenfreada, e funcionou como algo divertido e gostoso de ver, mas longe de ser impressionante.

Sobre as atuações, se no primeiro filme Salma Hayek apenas apareceu, aqui ela praticamente despontou do começo ao fim chamando a responsabilidade para si quase que integral, ao ponto que sua Sonia é divertida, bem colocada, completamente insana e com diálogos bem afiados que acabam encaixando muito dentro da proposta, sendo uma grata entrega e que até valeria mais ela como protagonista do que a dupla realmente. Ryan Reynolds tem seu estilo de fazer graça, e aqui seu Bryce é o tradicional que já vimos em todos seus filmes, com uma pegada meio que bagunçada, mas também divertida, e que consegue encaixar as nuances sérias sem perder o tom cômico, já indo para algo bem marcado, o que faz rir no exagero, e se entrega com caras e bocas bem marcadas. Samuel L. Jackson é famoso claro pelos seus xingamentos e gritos, e aqui a personalidade de seu Kincaid é completamente a sua cara, brincando do começo ao fim em tom irônico com as cenas, se jogando para tudo, e praticamente tirando sarro com as coisas que ocorrem, soando divertido ao mesmo tempo que funciona como complemento para os demais, o que é bem bom de ver. Agora Antonio Banderas como o vilão Aristotle Papdopoulos foi um charme técnico de expressividade, mas meio que mal sacado, afinal sabemos o quão espanhol ele é para interpretar um grego de origem, daqueles que está defendendo sua pátria na trama, e mesmo sendo um bom ator, isso é algo que acabou sendo estranho de ver, mas ele foi intenso e claro brigou muito com técnica e bons momentos. Ainda tivemos as participações de Morgan Freeman como um guarda-costas mais experiente (põe experiente nisso com 90 anos), Tom Hopper como o grandioso guarda-costas classe A, Magnussom, e Frank Grillo como o agente Bobby O'Neall, mas todos sem grandiosos momentos chamativos, apenas encaixando bem as devidas nuances e agradando no que tinham para mostrar.

Visualmente o longa foi bem recheado de ação, com muitos momentos na rua com perseguições, várias cenas com muitos tiros e explosões em diversos locais como na praia, na boate, na fazenda, e aonde pensássemos, muita interação nas cenas finais dentro do navio, e cenografias bem pensadas para ter as diversas nuances, mas claro sempre exagerando em sangue, exagerando em coisas bizarras, e claro em muitos tiros improváveis, ou seja, a equipe de arte brincou bastante com tudo, ousando nas escolhas para que o filme ficasse intenso, com cores bem fortes e muitos detalhes para cada momento ficar marcante.

Enfim, é daqueles filmes extremamente exagerados, que a comicidade até funciona de certa forma, mas assim como ocorreu com o primeiro filme, tenho a certeza absoluta que não irei lembrar dele daqui a alguns dias, não por ser um filme ruim, muito pelo contrário ele é divertido dentro do que se propõe, mas é tão bagunçado de ideias que o resultado não surpreende, e assim sendo só recomendo ele pelas boas cenas de ação, mas vá sem esperar nada, pois a chance de curtir é maior. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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