Amazon Prime Video - Jolt: Fúria Fatal (Jolt)

7/27/2021 01:33:00 AM |

E não é que a dona Amazon Prime Video está se especializando em filmes próprios de ação! Sejam eles encomendados ou comprados, estão nos presenteando cada dia com novos exemplares insanos, e o resultado é que certamente devam chamar cada vez mais assinantes para a plataforma. E o lançamento da semana "Jolt - Fúria Fatal" embora completamente exagerado vem com uma dinâmica tão bem colocada e insana, que acabamos nos envolvendo muito e até torcendo para que a protagonista soque muitos vilões, porém forçaram a barra com a finalização para algo meio que desse uma proposta de continuação, o que não necessitava, e também uma luta final meio que vamos acabar assim e seja feliz, pois tudo rolava até que bem dentro da loucura, mas a reviravolta final surpreendeu e poderia ter ido além, mas do nada a pessoa surgiu com algo e pronto. Ou seja, é uma ideia bem doida e bacana, que nos faz lembrar dos filmes "Lucy" e "John Wick", meio que uma mistura dos dois, incrementando a raiva/ódio como uma doença, e assim o resultado até vai além, mas desejarem criar uma personagem própria meio que uma vingadora ou algo do tipo para continuações acabou sendo demais, o que poderiam ter minimizado dentro de tudo.

O longa nos conta Lindy é uma mulher bonita e sarcasticamente engraçada com um segredo doloroso: devido a um raro distúrbio neurológico, ela tem impulsos assassinos esporádicos que só podem ser interrompidos quando se choca com um eletrodo especial. Incapaz de encontrar amor e conexão em um mundo que teme sua condição bizarra, Lindy finalmente confia em um homem por tempo suficiente para se apaixonar, e o encontra morto no dia seguinte. Com o coração partido e enfurecido, ela embarca em uma missão cheia de vingança para encontrar o assassino, enquanto também é perseguida pela polícia como principal suspeita do crime.

Diria que a trama criada por Scott Wascha e dirigida por Tanya Wexler até é bem trabalhada, tem toda uma intensão forte e é bem desenvolvida, sendo daqueles que acabamos empolgados com tudo, e mesmo que tenhamos uma apresentação rápida acabamos conectados com o estilo, o que é muito bom de acontecer, porém acabaram pecando um pouco na finalização, pois acreditaram demais no potencial e esqueceram que mesmo uma ficção precisa ter um cerne preciso para que o público também acredite naquilo, e filmes que possuem algum tipo de vilão vamos no estilo videogame passando as fases para termos um final glorioso e surpreendente, e até tivemos um leve susto ao ser mostrado, porém vemos acontecer diversos atos anteriores aonde a moça praticamente não fica mais com a sua bolsa, para aí aparecer tudo de mão beijada ali na sua frente e resolver de uma forma impossível acabou sendo apelação demais até para o maior fã de quadrinhos impossíveis. Ou seja, o que vemos na tela se relevado o abstrato é até bem bom, serve de passatempo e funciona, e certamente com o fechamento irão pensar em uma continuação, mas poderiam ter sido mais críveis para que o resultado fosse bem melhor.

Sobre as atuações, sabemos do potencial de Kate Beckinsale com personagens de filmes de ação, já tendo inclusive suas próprias dublês de gênero desenvolvidas e prontas para atacar, e aqui sua Lindy vem com tudo, faz trejeitos fortes, impacta nas lutas e marca um estilo bem interessante que funciona demais com o que a personagem necessitava, e assim sendo seu resultado valeu a pena. Jai Courtney conseguiu surpreender bem com seu Justin, fazendo ares fofos misturados com uma certa ironia, o que deu um um tom bem bacana e chamativo para o personagem, sendo certeiro no que o papel pedia do começo ao fim. Stanley Tucci entregou para seu Munchin uma personalidade tão divertida e bem colocada que chega a ser daqueles secundários que gostaríamos até de mais cenas. Bobby Cannavale e Laverne Cox trabalharam também de uma maneira bem icônica seus Vicars e Nevin, ao ponto que entregaram conexões boas com a protagonista, tiveram cenas engraçadas e bem colocadas, e funcionaram sem precisar chamar atenção para si, e isso é muito bom de ver em personagens secundários. Quanto dos vilões, embora tivessem ares clássicos de crueldade nos trejeitos, nem Steven Osborne com seu Barry, nem Ori Pfeffer com seu Delacroix, muito menos David Bradley com seu Garret chamaram a atenção, tendo o segundo um pouco mais de desenvoltura nas lutas, e o último com um pouco mais de atitude nos diálogos e no ambiente, mas acabaram ficando secundários perto do fechamento escolhido para a trama. E quanto os demais, vale uma referência estranha para aparição final de Susan Sarandon na cena final e a jovem Sophie Sanderson como a hacker Andy, mas nada que fosse surpreendente de ver na tela.

Visualmente o longa tem boas locações, muita intensidade visual, explosões, tiros, corridas de carros (aliás arrumaram uma McLaren verde que é mais bonita e veloz que os da franquia Velozes), vários objetos cênicos sendo usados como arma na mão da protagonista, um bom uso das maquiagens e dos sangues cenográficos, e um envolvimento artístico bem marcado para dar o ar e o estilo de filmes de quadrinhos com vilões e heróis, sendo algo que mostrou tanto a boa técnica quanto o bom gosto cênico e figurado da equipe de arte.

Enfim, é daqueles filmes que acabam sendo empolgantes de conferir, que tem uma proposta bem maluca, mas interessante de ver, porém foi finalizado de uma forma meio que exagerada demais, ao ponto que quem não ligar muito para os excessos vai assistir vibrando e curtindo bastante, mas se procurar qualquer errinho vai achar aos montes. Sendo assim digo que recomendo como uma boa diversão, não sendo um filme impressionante, mas que acaba sendo algo agradável e que dá para dar boas risadas. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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