A sinopse nos conta que a tímida Fran vê sua vida transformada com a chegada de um novo colega de trabalho. Uma conexão inesperada surge entre eles, ela terá que se reinventar para, enfim, embarcar na aventura de viver.
Viajando na minha mente e pensando em várias possíveis teorias, e puxando ainda mais na peça em que o longa é baseado, "Killers", talvez até posso colocar como ideia principal a tentativa de mudar alguém que é totalmente sociopata, que nunca se conectou com ninguém, vivendo apenas sua pacata vidinha, tendo pensamentos sombrios de como morrer ou como matar alguém do chato escritório com suas piadinhas ruins entre os colegas, quando necessitou mudar com algo novo se perdeu no tino, e acredito que a diretora Rachel Lambert quis brincar com essa possibilidade na tela, porém sem muitos floreios deixou seu longa linear demais até para uma pessoa que gosta de filmes lineares. Ou seja, ela deixou tudo muito tedioso, para a protagonista viver seu tédio e não pensar tanto em mudar, e quando ela faz a chave de virada, pronto, acaba, o que é uma pena, pois talvez merecesse um algo a mais para o olhar do filme mudar também, mas são opções reflexivas, e isso o filme soube fazer.
Quanto das atuações, sempre disse que não sou fã da personagem que Daisy Ridley entregou em "Star Wars", mas lá ela se jogou e mostrou muita personalidade, diferente do que anda fazendo na maioria dos dramas que entra, que sempre fica muito em cima do muro, e aqui em um filme que ela não precisava explodir nem se entregar então, ficou morna e apática demais, ao ponto que uma figurante de um jogo numa casa aleatória conseguiu chamar mais atenção que todos do longa, ou seja, dá para pensar no que ela fez com seus trejeitos calmos demais. Não conhecia Dave Merheje, mas diria que trabalhou até que uma essência interessante para seu Robert, como o novato que chega na empresa, tenta interagir com todos, mas que quando se relaciona com alguém sem muita expressividade acaba até dormindo ao lado, e nesse sentido o ator interpretou bem o pouco que precisava fazer. Quanto aos demais, quase ninguém tentou ter algum tipo de explosão, valendo o ato final de Marcia DeBonis com sua Carol e Treasure Lunan que posso considerar como uma figurante de luxo, já que sua Bennie conseguiu chamar mais atenção que todos no jogo.
Visualmente a trama é bem básica com um escritório pequeno no cais de uma cidade, com as mesas e computadores simples e tradicionais, a casa da jovem que se limita a ser mostrada apenas pela sala e cozinha, uma floresta aonde ela se vê deitada com bichos, um ambiente vazio aonde acontecem algumas metalinguagens com pastas voando, animais andando e tudo mais, e a casa do protagonista com a maioria dos objetos ainda fechados e muitos elementos de cinema, já que o rapaz curte muito filmes, ou seja, nem precisaram ir muito além na composição gráfica para entregar algo a mais para o público.
Enfim, é um filme básico demais, que como disse no começo, conhecendo alguns amigos críticos irão criar milhões de situações e ideais para representar a vida da jovem, suas alegorias e interesses e tudo mais, mas que conhecendo o público comercial realmente, a maioria que for conferir sem saber nada sobre o longa acabará nem ficando até o final, e olha que é um filme "curto" de 96 minutos apenas. Ou seja, diria que recomendo ele apenas se você quiser filosofar sobre o tédio, sobre não ter interações, e sobre ter uma vidinha pacata e chata demais, do contrário é melhor procurar outro filme. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, agradecendo claro o pessoal da Synapse pela cabine de imprensa, mas vou correr agora para ver se vejo outro filme mais animado, senão a cabeça irá ficar pensando demais para dormir, então abraços e até logo mais.
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