Netflix - Thelma, o Unicórnio (Thelma the Unicorn)

5/20/2024 12:15:00 AM |

É sempre bom fechar o Domingo dando uma relaxada, pois nem só de dramas e suspenses vive a vida de um crítico, então hoje foi a vez de dar o play na nova animação da Netflix, "Thelma, o Unicórnio", que a garotada com certeza vai ficar maluca com a pequena pônei sonhadora e cantora, que desanimada da vida por não conseguir que a escutem, numa jogada de sorte toma um banho de tinta rosa e gliter, e acaba desabrochando para o mundo do sucesso como uma unicórnio midiática, mas não só pelo fato visual a trama se vende bem, ou melhor, para a criançada só isso que vai importar, mas para os adultos que forem conferir a trama, dá para se pensar bem no famoso ser e parecer, pois muitos acabam apenas brilhando sem conteúdo algum, mas quem souber descascar um bom produto vai se manter no sucesso sempre, e com essa ideia profunda a trama brinca com canções bacanas tanto na versão original quanto na dublada (já disse que animação é o único estilo que confiro, e gosto, de ver assim), trabalha bem os personagens na tela e consegue divertir sem precisar forçar a barra, sendo simples de essência, pois não tem grandes cenas visuais nem tenta parecer algo maior do que é, mas é bem desenhada, tem boas texturas, e talvez até ganhe uma continuação, pois ainda dá para brincar mais com esse conteúdo na telinha.

A história acompanha as aventuras de Thelma, uma pônei com grandes sonhos de se tornar uma cantora. Seu destino muda drasticamente quando, em um momento raro e reluzente, ela se transforma em um unicórnio, abrindo as portas para a fama mundial, mas também revelando os desafios que vêm com ela. Rapidamente, Thelma se torna uma estrela internacional, envolta em uma nuvem brilhante de purpurina cor-de-rosa. Contudo, esse sucesso repentino traz consigo obstáculos inesperados, e Thelma se vê obrigada a navegar no mundo das celebridades, mantendo sua autenticidade. No auge da fama, ela percebe que estava mais feliz como a sua versão de brilho simplificado. Assim, Thelma abre mão de sua fama, se despede dos brilhos e retorna ao lar, onde seu melhor amigo a aguarda com um acolhedor abraço. É uma jornada emocionante de auto aceitação e amizade, repleta de lições sobre a verdadeira essência da felicidade.

Diria que os diretores Jared Hess e Lynn Wang souberam trabalhar o livro de Aaron Blabey com todas as letras, pois é nítido na tela que o filme já tem um bom conteúdo pré-formatado, que não precisava ir por caminhos muito explícitos para funcionar, e isso é bacana de cair nas mãos de um diretor que não queira explodir, pois a história fácil convence tanto os pequenos quanto os mais velhos, não ficando apenas como um musical simples, mas sim uma história divertida, com bons elos morais, e principalmente bem desenhado, pois nada adiantaria se entregasse personagens que não convencesse na tela, e assim sendo o resultado acaba sendo gracioso e envolvente, que funciona e mostra técnica, algo que muitos hoje tem deixado em segundo plano. Ou seja, já elogiei muitas vezes o trabalho que a Netflix tem feito com animações originais, e aqui é mais um bom exemplo de como não precisar ficar batendo na tecla do mesmo estilão, pois dá fácil para criar um universo em cima disso, e a companhia já enxergou isso, então agora é aguardar como vão agir com esses novos trabalhos.

Quanto dos personagens e suas dublagens, diria que a poneizinha Thelma foi bem entregue na tela, sendo claro uma sonhadora e que soube olhar bem rapidamente quando a fama lhe subiu pela cabeça, não se deixando cair de um jeito ruim, e isso é algo que poucos conseguem, e sua voz ficou bem bacana cantada por Leticia Soares, pois ela deu um tom forte e com boa presença cênica, não sendo apenas um cavalinho pequeno, mas alguém com um vozeirão que chama muita atenção. Os amigos foram divertidos e bem colocados em cena, com Otis e Reggie bem colocados, mas o jumentinho ser fanático por RPG foi um show à parte com toda sua ideia de jogo que muitos vão se conectar. O empresário maluco foi engraçado por mostrar até que seus dentes são falsos apenas para vender o sucesso, coisa que vemos muito por aí, e a baleia Nikki teve claro seus ares de maldade, mas que paga para que outros façam o trabalho sujo, ou seja, tudo bem "normal" de vermos mundo afora.

Visualmente como já disse o longa entregou boas texturas para os animais, e um visual bem colorido e com personagens até que estranhos na medida certa, tendo comicidade e desenvoltura sem precisar forçar o ambiente em si, tendo o campo simples, mas o mais engraçado de ver é que todos trabalham e conversam normalmente, ou seja, falar com os animais não é algo mágico em si, e isso fez com que tudo tivesse um elo maior para entregar na tela, com shows imponentes, gravadoras gigantescas e algumas mais simples, com muita referência ao mundo pop que já vimos em outros filmes e séries, mostrando que a equipe de arte pesquisou bem para brincar com tudo.

Enfim, não é a obra que você vai falar "nossa, é minha animação favorita e vou ver mais umas duzentas vezes", mas também não é daquelas que você deve pular, pois tem uma boa essência de motes morais, tem um colorido bacana com bons personagens, e tendo boas canções faz referência ao clássico estilo de animações, o que acaba valendo a indicação para todos conferirem. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais. 


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