Como comecei falando, o diretor Hsu Chien Hsin pode ser considerado quase um metódico do cinema indiano no Brasil, pois não desliga, e já não está mais conseguindo mostrar que tem estilo, pegando quase sempre os mesmos atores e entregando propostas na telona, e não mais histórias ou dinâmicas, o que embora seja algo interessante de falarmos que o Brasil tem uma indústria cinematográfica, mas que é ruim por não ter mais qualidade ou embasamento para entregar algo, do tipo que você vê que as pessoas vão conferir seus filmes por gostar de um ou outro ator, mas que não riem na sessão, não se emocionam, nem nada, apenas assistem, e isso desanima. Claro que seus produtores são bem espertos, pois na maior parte dos filmes sempre rola uma propaganda master, como é o caso aqui do Beach Park e das milhas da LATAM, mas então eu não paguei para ver um filme, mas sim para uma propaganda moldada na telona, e isso precisa ser revisto antes que vire uma bola de neve gigante com ele fazendo 10 filmes por ano.
Quanto das atuações, gosto de ver que Fabiana Karla sempre se entrega bem para suas personagens, e mesmo fazendo um papel que não combinei tanto com ela consegue trabalhar a mensagem e fazer algo próprio bem encaixado, e aqui ela fez certíssimo de não forçar a barra com sua Mônica, de forma que agrada com o que faz e segura o protagonismo na tela, mesmo que seja simples, mas não decepciona e se sai bem. Giulia Benite também está no outro filme do diretor que estreou nessa semana, e aqui sua Luiza é completamente diferente de todos os personagens que já fez, tanto que num primeiro momento até fiquei pensando se era ela mesmo, mas depois se entrega e vemos seus traquejos tradicionais que agradam e funcionam para a proposta do filme. Outra que quase sempre está nas produções do diretor é Danielle Winits, e aqui sua Flávia é forçada demais, tendo um ar que chega a dar pena, mas que é a proposta de uma mulher que só vive para ser Miss e nada mais, ganhando o concurso infinitas vezes e não sendo mais que isso, algo que ela sabe fazer bem, mas que não precisava. Quanto aos demais, todos tentaram ser simpáticos na tela, valendo um leve destaque para o marido entusiasmado vivido por João Baldasserini e a amiga que sabe empoderar bem a protagonista vivida por Polly Marinho, mas nada que fosse surpreendente, ou seja, todos bem básicos na tela.
Visualmente diria que dava para terem aproveitado muito mais o espaço do Beach Park, pois como já foi usado em outro filme nesse ano também fazendo pura propaganda, sabemos que tem espaços mais legais do que apenas uma piscina, uma quadra de vôlei de areia, o mar e algumas salas para convenções e concursos, ou seja, a equipe de arte deveria ter se imposto mais para que o diretor usasse os recursos que tinham.
E falando em recursos, concordo que é caro pagar trilha sonora, mas só alguns toques quase polifônicos de celular foi algo de produtor muito mão de vaca mesmo.
Enfim, volto a dizer que o que vi na tela não é algo ruim, apenas não foi um filme, e isso acabou desapontando bastante, e o outro casal que estava na sala não vi eles rindo ou expressando algo também durante o longa, pelo contrário, começaram até conversar sobre outros assuntos logo que a sessão acabou. Ou seja, minha recomendação é que se você quiser "prestigiar" o diretor e o cinema nacional, vá conferir "Morando Com o Crush", que ao menos é gostosinho de ver. E é isso meus amigos, vou encarar mais um filme hoje, pois esse não valeu, e só não vou dar uma nota menor, pois ao menos a protagonista se saiu bem nessa propaganda alongada, então abraços e até logo mais.
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