Amazon Prime Video - A Filha do Prisioneiro (Prisoner's Daughter)

3/19/2024 12:49:00 AM |

Muitas vezes o pessoal reclama de filmes clichês, mas o que é um clichê senão uma definição de um estilo próprio? Claro que quando falamos que um filme vai além de sua definição, conseguindo emocionar por algo, ou expressar muitas vezes algo fora do padrão, aí sim temos uma obra chamativa, mas é sempre bom ver um filme clichê para saber que o mundo ainda anda normal sem grandes obras mundo afora. E o longa que dei play hoje tenho certeza que se ainda não existisse as mil e quinhentas plataformas de streaming, passaria pelo menos umas duas vezes no ano na Sessão da Tarde, pois tem toda a pegada clássica do estilo, e se chama "A Filha do Prisioneiro", e pode ser conferido na Amazon Prime Video, entregando a base tradicional de um pai que está preso há anos, e quando está no fim da vida, vai morar com a filha e com o neto mudando a vida conflitiva deles. Ou seja, com certeza você já viu algum filme assim nas suas mudanças de telas, e não tem nada que impressione nesse aqui, mas ele é gostosinho de conferir, tem boas atuações e dinâmicas, e passa o tempo tão bem que vale recomendar, pois a ideia é sempre boa, de se você pode ajudar de alguma forma a mudar a vida de alguém, vá e faça, e sendo assim o resultado funciona na tela, e acaba agradando bem.

O longa acompanha Max, que recebe liberdade compassiva após cumprir 12 anos de prisão com a condição de morar com sua filha distante, Maxine e o neto que nunca conheceu. Quando o ex-marido abusivo e viciado em drogas de sua filha reaparece, o passado sombrio e violento de Max volta para assombrar a todos.

Diria que a diretora Catherine Hardwick não quis ir muito além, pois esse é seu estilão de filmes, de trazer o simples e comum para a tela e convencer com esse formato, de tal forma que ela pegou o roteiro de Mark Bassi que também costuma fazer tramas mais simples, e o encaixe acabou ficando perfeito na tela, pois vemos exatamente o que desejaríamos ver na tela em um filme como esse, de uma família problemática superando alguns obstáculos, e claro alguns sacrifícios para que o melhor acontecesse. De tal forma que talvez o lance das drogas, de algumas doenças e de algumas situações possa até criar alguns gatilhos, mas de uma forma mais ampla o resultado supera essa ideologia e acaba sendo algo tranquilo de se conferir, sem esperar muito dele.

Quanto das atuações, Brian Cox é daqueles atores que tem personalidade e sabem entregar personagens simples com um charme a mais, de forma que seu Max não é explosivo, não traz cenas com um impacto marcante, mas quando entra em cena chama tudo para si, e assim agrada mesmo fazendo trejeitos de velhinhos com dores tradicionais demais. Kate Beckinsale também sabe brincar bastante com as personalidades dos personagens que lhe é entregue, de tal forma que sua Maxine é a tradicional mãe que sofreu muito na infância com os pais, que quer dar o melhor para o filho, mas que não tem como, e seus olhares conseguem ser comoventes e bem encaixados nos atos mais emocionais, que acaba agradando bastante. O jovem Christopher Convery conseguiu ser daqueles jovens adolescentes que falam aos montes com seu Ezra, tendo estilo e sendo bem pegado, além claro de trabalhar bem os atos da doença sem ser tão apelativo, o que conseguiu dar a ele nuances próprias, simples, mas bem colocadas. Ainda tivemos Tyson Ritter como o pai drogado e problemático do garoto, com cenas fortes, mas bem tradicionais, e o amigo lutador do protagonista, vivido por Ernie Hudson sempre bem imponente, mas sem grandes atos para focarmos neles.

Visualmente o longa não usou muito da equipe de arte, tendo uma casa simples, uma escola, um presídio e uma academia de boxe, mas sem grandes trabalhos cênicos, não tendo tantos elementos para representar cada ato, apenas contando com o básico para mostrar a vida simples e difícil da família, o pai drogado que vive num aglomerado de músicos e pessoas com problemas, e alguns atos nos trabalhos da moça, ou seja, o simples bem feito.

Enfim, é o famoso básico que entrega um algo a mais para não ser apenas jogado como um passatempo, que como disse passaria facilmente nos canais da TV em horários da tarde, e teria um público presente do começo ao fim, principalmente por não ser alongado, então dê o play sem esperar muito que vai acabar agradando. Claro que não é um primor que recomendo que todos saiam correndo para ver, mas funciona dentro do que se propõe e não incomoda, o que já está de bom tamanho depois das bombas que vi nos últimos dias, aliás o motivo do nome é usado na frase final do filme, então não se incomode com isso. Então é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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