Amazon Prime Video - Dezesseis Facadas (Totally Killer)

10/08/2023 02:15:00 AM |

É tão bom quando você imagina que vai ver um filme que tem cara de ser extremamente tosco, e o resultado final te surpreende mesmo entregando algo que você não é fã de ver! E nessa semana já é a segunda vez que ocorre, ou seja, Outubro veio com tudo mesmo! Digo isso, pois se tem um subgênero do terror que mais costuma me irritar é o slasher misto com adolescentes, do tipo que vão pra festas e o assassino sai correndo atrás de alguém, matando apenas por matar, e quando vi o trailer do lançamento da Amazon Prime Video, "Dezesseis Facadas", já me veio a ideia de uma sátira de "Pânico" ou algo do estilo, mas souberam me fazer ter a curiosidade de dar play colocando um outro lado que adoro demais ver que são filmes com viagens temporais, aonde tudo pode ser bagunçado e virar algo completamente maluco. Então eis que dei o play, e meus amigos que filme divertido, cheio de boas sacadas e ainda toda as insanidades dos anos 80, aonde a protagonista se vê tendo de ver tudo o que hoje é abominado pelas pessoas e lá era super normal, e claro com um fechamento bem encaixado aonde vemos os motivos das coisas estarem acontecendo, ou seja, sem ser mortes apenas por matar, o que funcionou muito bem.

No longa vemos que trinta e cinco anos após os chocantes assassinatos de três adolescentes, um infame assassino retorna na noite de Halloween para fazer uma quarta vítima. Jamie, de 17 anos, fica cara a cara com o maníaco mascarado, mas acidentalmente viaja no tempo de volta a 1987. Forçada a navegar por uma cultura desconhecida, Jamie se une com sua mãe adolescente para acabar com o psicopata de uma vez por todas.

Diria que a diretora Nahnatchka Khan foi muito sagaz nas escolhas de como desenvolver seu longa, pois filmes com vertentes temporais dá para brincar de inúmeras maneiras, e ela escolheu bem o mais óbvio que provavelmente veio pronto do roteiro, e com isso conseguiu literalmente brincar com as possibilidades sem forçar a trama para algo que necessitasse pensar muito, e nem por isso seu filme ficou fácil e bobo, tendo estilo, tendo muita personalidade, e mais do que isso sendo funcional, pois muitas vezes inventam mil coisas malucas, colocam teorias absurdas na trama, e de certa forma ficam até mais bonitos de ver, mas não encantam o público, já o que ela fez aqui foi divertido na medida sem forçar o riso, foi tenso com toda a possibilidade do assassino sair de qualquer lugar, e ainda deu o tom investigativo, afinal você quer descobrir também junto da garota quem e qual a motivação, já que um grupo em particular que merecia morrer pelas ações não tão boas que faziam na escola, e se era exatamente isso o que rolava. Ou seja, é daqueles filmes simples, porém tão bem completos que agradam do começo ao fim, e mais do que isso, no fim ainda fica com muitas novas sacadas, afinal mexeu-se no espaço-tempo, e nada fica igual.

Quanto das atuações, Kiernan Shipka entregou uma Jamie bem disposta, cheia de traquejos e estilos, conseguindo ser determinante em suas cenas sem precisar se impor, o que é bem legal de ver na tela, de tal forma que embora seja a protagonista, deu voz para quase todos que se conectaram a ela em sua busca pelo assassino, e foi bem carismática para que torcêssemos por ela no que foi fazendo, ou seja, soube chamar atenção sem precisar pendurar uma melancia no pescoço como costumam dizer. Ainda tivemos bons atos de Troy Leigh-Anne Johnson disposta a ajudar a jovem a criar a máquina temporal no passado, entendendo toda a loucura da jovem e fazendo bons atos; do outro lado no presente a jovem Kelcey Mawema com sua Amelia correu também contra o tempo para conseguir ajudar a amiga no passado; isso sem falarmos na versão teen da mãe da protagonista que Olivia Holt bem sacada conseguiu demonstrar estilo e passar todos os vértices clássicos dos grupinhos de escola dos anos 80 junto de Liana Liberato, Stephi Chin-Salvo e Anna Diaz, isso sem falar do maluco Charlie Gillespie que viraria o pai da protagonista e ela viu como ele era charmoso jovem.

Visualmente a trama foi bem desenvolvida nos anos 80, mostrando os parques de diversão clássicos, os figurinos e penteados dos jovens, o estilo das festas, além de algumas alegorias tradicionais da época como colchões de água e queimada nas aulas de educação física (aonde as pessoas tentavam literalmente sobreviver ali), o visual do assassino com um cabeção estranho (que aliás depois que descobrimos quem era a pessoa, ficamos pensando como colocou aquilo no primeiro assassinato!), entre muitos outros detalhes que foram bem sacados e funcionaram bastante de forma representativa da época.

Enfim, diria que não esperava uma trama tão descontraída e gostosa de ver, sendo daquelas que certamente se passasse na sessão da tarde pararíamos para conferir, iríamos rir de tudo e quando víssemos novamente faríamos tudo da mesma forma, pois funciona de um modo descontraído, sem precisarmos ficar trabalhando ideias malucas, e os personagens são bem colocados, o que acaba agradando mais ainda, então digo que recomendo bastante para todos, mesmo tendo alguns leves furos (como o que disse da cabeça do assassino, entre outros). E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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