O diretor Scott Waugh até tentou trabalhar as dinâmicas de ação com coreografias mais imponentes, afinal ele já foi dublê e sabe bem o que precisa mostrar para impactar o público, porém fica tão na cara o desgaste dos personagens, que a história fica sem ir para algum rumo que marcasse tanto, aliás, o filme quase que inteiro se passa dentro de um navio que parece um formigueiro de tantos capangas saindo de tudo quanto é lado, mas que são derrubados pelo "mocinho" quase que com um sopro apenas, e isso pesou demais, pois soou tão artificial que não marca, e para piorar tudo explode como se fosse um campo minado em cada canto do navio. Ou seja, confesso que aceitaria uma trama cheia de desenvoltura sem história, mas uma história fraca sem desenvolturas é inaceitável, de tal maneira que chega a ser difícil defender o que o diretor entregou, mas se posso aliviar um pouco a barra dele, acredito que a falha foi maior no roteiro que tirou de cena o protagonista da saga logo de cara (mas que era mais fácil acreditar em Papai Noel do que ele estaria morto realmente), e para piorar os demais foram presos com uma facilidade tão boba que nem em sonho imaginaria ver um "fechamento" da franquia tão insosso como o que criaram aqui.
Quanto das atuações vamos direto ao ponto, pois diferente do segundo filme que todos tiveram boas participações e chamaram a atenção para si, aqui volto no que eu falei no começo que o longa é praticamente todo de Jason Statham, e ele sabe bem usar esse estilo, tanto que segura a trama como se fosse sua, saltando de motos, fazendo trejeitos e piadas, e botando a pancadaria para jogo logo que fosse necessário, além claro de trabalhar boas coreografias cênicas, deixando seu Christmas na medida certa para chamar atenção. Outro que entrou no segundo ato, mas foi muito bem nas lutas foi Tony Jaa com seu Decha, meio que botando todo o estilo oriental de facas para jogo e sendo imponente em alguns atos, pelo menos não ficando em segundo plano. A tentativa de colocar o girl power para jogo com Megan Fox até funcionou para vermos um ar mais sensual na trama, mas não como um filme de brucutus atirando e brigando, de tal forma que até o ar histérico dela no começo acabou virando motivo de piada, ou seja, sua Gina vale como um colírio visual (principalmente em sua última cena) e nada mais. Vale um leve destaque para o vilão vivido por Iko Uwais que foi imponente com seu Rahmat e também tentaram forçar Jacob Scipio com seu Galan falador demais, mas nada que fosse muito além.
Visualmente a trama mostra um ataque imponente do vilão na Líbia, com cenas de tanques e muitas explosões, mostra o bom uso de umas estacas como arma de preferência dele, e logo depois a trama já se recorta para dentro de um navio gigante cheio de caixas espalhadas (nem são contêineres, são caixas mesmo!!), vemos perseguições com motos ali dentro, explosões, bombas, e claro tiros de todos os calibres possíveis, além de muitas armas brancas para as lutas corporais, ou seja, ao menos nesse quesito a trama não desaponta.
Enfim, é um filme que mostra um desgaste gigante da franquia, que infelizmente poderia ter entregue muito mais, sendo daqueles passatempos que alguns vão até curtir, mas não dá para esperar nem grandiosas cenas de ação, pois não conseguem fazer isso funcionar na trama que é simples demais, fora o fato que volto a citar novamente, que o coração da franquia é Stalone, e se vocês voltarem aonde falo das atuações, nem cheguei a citar ele, pois aparece somente em três cenas e nada mais. Então quem quiser se arriscar pode até ir conferir, mas não tenho como recomendar o longa para ninguém. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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